As inscrições para a segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) 2025, aberto em 2 de julho, oferecem 789 vagas no bloco 1, voltado para saúde, assistência social e previdência social, com salários que podem chegar a R$ 16 mil. Organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o certame reúne oportunidades em órgãos como INSS, Ministério da Saúde e Forças Armadas, com provas marcadas para 5 de outubro em 228 cidades. O processo seletivo, conhecido como “Enem dos concursos”, atrai candidatos pela possibilidade de concorrer a múltiplos cargos com uma única inscrição. A alta concorrência exige preparação estratégica, focada em eixos temáticos como seguridade social e organização do Estado brasileiro, além de familiaridade com o estilo exigente da FGV.
O bloco 1 concentra cargos de nível superior, com destaque para especialidades médicas e funções no INSS, como analista do seguro social. A escolha do bloco é uma etapa crucial, pois define os cargos e conteúdos a serem estudados.
- Principais características do bloco 1:
- 789 vagas em saúde, assistência social e previdência.
- Provas objetivas e discursivas com foco em eixos temáticos.
- Salários iniciais variam conforme titulação acadêmica.
- Inscrições até 20 de julho, com taxa de R$ 70.
A preparação para o CNU exige planejamento, especialmente para o bloco 1, que combina conhecimentos técnicos e gerais.
O que define o bloco 1 do CNU
O bloco 1, intitulado “Seguridade Social: Saúde, Assistência Social e Previdência Social”, é um dos mais disputados do CNU 2025, com 789 vagas distribuídas em órgãos como o INSS, Ministério da Saúde, Comando da Marinha, Comando do Exército, Hospital das Forças Armadas (HFA), Fundacentro e Ministério da Gestão e Inovação (MGI). A diversidade de cargos inclui médicos de diversas especialidades, analistas do seguro social e assistentes sociais, todos exigindo nível superior e, em alguns casos, registro no conselho de classe.
Os cargos médicos, como os de anestesiologia, cardiologia e psiquiatria, têm atribuições que variam entre atividades assistenciais e administrativas, dependendo do órgão. Já os analistas do seguro social, com 300 vagas no INSS, atuam no atendimento aos beneficiários, elaboração de pareceres e desenvolvimento de projetos sociais. A remuneração inicial, que pode ultrapassar R$ 16 mil com titulações como mestrado ou doutorado, atrai profissionais de diferentes formações.
Estrutura das provas no bloco 1
As provas do CNU para cargos de nível superior, incluindo o bloco 1, são divididas em duas etapas: objetiva, em 5 de outubro, e discursiva, em 7 de dezembro, apenas para os aprovados na primeira fase. A prova objetiva, com duração de cinco horas, contém 90 questões, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos, organizadas em cinco eixos temáticos com pesos variados.
A prova discursiva, por sua vez, exige duas questões baseadas exclusivamente nos conteúdos específicos do cargo. Especialistas destacam que os conhecimentos específicos representam dois terços da prova objetiva, tornando essencial o domínio de temas como seguridade social e políticas públicas.
- Eixos temáticos do bloco 1:
- Seguridade social: fundamentos, objetivos e evolução legislativa.
- Estado brasileiro: proteção social e organização administrativa.
- Financiamento e orçamento da seguridade social.
- Gestão e políticas públicas na saúde e assistência social.
Como a FGV organiza as questões
A Fundação Getulio Vargas, banca organizadora do CNU 2025, é conhecida por elaborar questões que valorizam interpretação crítica, domínio técnico e articulação entre teoria e prática. Os enunciados, frequentemente longos, exigem atenção aos detalhes, com alternativas que testam a capacidade de evitar “pegadinhas”.
Mirela Barreto, professora do Estratégia Concursos, explica que a FGV prioriza questões que conectam conceitos teóricos a cenários práticos, especialmente em temas como seguridade social e administração pública. Resolver provas anteriores da banca, especialmente de concursos de nível superior, é uma estratégia recomendada para entender o formato e a profundidade das cobranças.
Estratégias para uma preparação eficiente
A preparação para o bloco 1 exige um cronograma bem estruturado, com foco nos eixos temáticos de maior peso. Fernanda Feitosa, do Gran Concursos, sugere que os candidatos priorizem o estudo de seguridade social, abrangendo desde os conceitos fundamentais até a legislação vigente. A evolução histórica da proteção social no Brasil, incluindo marcos como a Constituição de 1988, também é um tema recorrente.
Além disso, a prática regular de questões é indispensável. Resolver pelo menos 50 questões por semana, com base em provas anteriores da FGV, ajuda a desenvolver agilidade e familiaridade com o estilo da banca. Estudo de temas transversais, como língua portuguesa e realidade brasileira, também é crucial, pois compõem as 30 questões de conhecimentos gerais.
Dicas específicas para cargos médicos
Para candidatos a vagas médicas no bloco 1, a preparação exige atenção às atribuições específicas de cada especialidade. Algumas funções, como as do Ministério da Saúde, têm perfil assistencial, enquanto outras, no HFA, podem envolver pesquisa ou gestão.
- Estratégias para médicos:
- Estudo detalhado do edital para entender as competências do cargo.
- Foco em temas transversais, como políticas públicas de saúde.
- Treino de questões discursivas com base em estudos de caso.
- Revisão de legislações específicas, como as do SUS e do INSS.
Mirela e Thaysa Vianna, do Estratégia Concursos, recomendam que os candidatos analisem o peso de cada eixo temático no edital, direcionando os estudos para os tópicos mais relevantes.
A importância da escolha regional
As 789 vagas do bloco 1 estão distribuídas em diversas regiões, com maior concentração em Brasília, mas também com oportunidades no Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Belém. Candidatos devem considerar a localização das vagas ao se inscrever, já que alguns cargos permitem atuação em unidades regionais, enquanto outros exigem lotação em sedes nacionais.
Escolher regiões com maior oferta de vagas pode aumentar as chances de aprovação, especialmente para cargos concorridos como os de analista do seguro social. No entanto, a análise das atribuições e perspectivas de carreira em cada órgão é igualmente importante, já que alguns, como o INSS, oferecem planos de carreira mais estruturados.
Cotas e inclusão no CNU 2025
O CNU 2025 ampliou as políticas de cotas, reservando 35% das vagas para ações afirmativas: 25% para pretos e pardos, 3% para indígenas, 2% para quilombolas e 5% para pessoas com deficiência. Um mecanismo inédito também garante paridade de gênero na segunda fase, convocando mais mulheres caso o percentual de classificadas seja inferior a 50%.
Essas medidas visam aumentar a diversidade no serviço público, mas exigem que os candidatos indiquem sua autodeclaração no momento da inscrição, até 20 de julho. A confirmação das cotas ocorre após a prova objetiva, com envio de documentação entre 13 e 19 de novembro.
Cronologia do processo seletivo
O CNU 2025 segue um calendário rigoroso, com etapas bem definidas. As inscrições, iniciadas em 2 de julho, encerram-se às 23h59 de 20 de julho, com pagamento da taxa de R$ 70 até 21 de julho. Candidatos podem solicitar isenção da taxa até 8 de julho, caso sejam inscritos no CadÚnico, bolsistas do ProUni, financiados pelo Fies ou doadores de medula óssea.
- Principais datas:
- Prova objetiva: 5 de outubro de 2025, das 13h às 18h.
- Convocação para prova discursiva: 12 de novembro de 2025.
- Prova discursiva: 7 de dezembro de 2025.
- Resultados finais: a partir de 30 de janeiro de 2026.
Preparação para a prova discursiva
A prova discursiva, exclusiva para os aprovados na objetiva, é um diferencial do CNU 2025. Para o bloco 1, ela aborda temas específicos, como políticas de seguridade social ou gestão em saúde. Treinar redações e estudos de caso semanalmente é fundamental, especialmente com base nos temas da edição anterior do CNU.
Letícia Bastos, professora do Estratégia Concursos, sugere que os candidatos pratiquem a escrita de textos com até 30 linhas, respeitando a estrutura exigida pela FGV: introdução, desenvolvimento e argumentação clara. A análise de provas anteriores também ajuda a identificar padrões nos temas cobrados.
Saúde mental e rotina de estudos
A preparação para o CNU exige dedicação, mas também equilíbrio. Especialistas recomendam incluir pausas na rotina, praticar exercícios físicos e manter uma alimentação saudável. Dividir o tempo de estudo entre teoria, prática de questões e revisão é uma estratégia eficaz para evitar sobrecarga.
Com 789 vagas e alta concorrência, o bloco 1 do CNU 2025 é uma oportunidade única para profissionais da saúde e assistência social. A combinação de planejamento, prática e familiaridade com a banca pode fazer a diferença na conquista de uma vaga no serviço público federal.
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