O Ministério Público do Acre abriu investigação por crime de racismo contra jogador do Galvez. Denúncia pode gerar punições severas aos envolvidos.
Denúncia foi registrada após partida com ofensas racistas em campo
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) instaurou um inquérito para apurar um possível crime de racismo cometido contra um jogador do Galvez durante uma partida oficial. O atleta, cuja identidade está sendo preservada, teria sido alvo de ofensas racistas vindas da torcida adversária.
Segundo o MPAC, a investigação visa responsabilizar os autores e coibir práticas discriminatórias nos eventos esportivos locais. “Não podemos normalizar ofensas racistas. Elas são crimes e serão tratados com o rigor da lei”, declarou o promotor encarregado do caso.
A Federação de Futebol do Acre também se pronunciou, afirmando que colaborará com a apuração dos fatos e reiteraé o compromisso com o combate à discriminação no esporte.
O caso ganha destaque num momento em que o racismo no futebol volta a ocupar o centro do debate nacional. A investigação deve ouvir testemunhas, coletar imagens e buscar identificar os responsáveis pelas ofensas.
Especialistas em direito esportivo apontam que, se confirmadas as ofensas, os envolvidos podem ser processados criminalmente e sofrer sanções civis. “O esporte não é uma bolha à parte da sociedade. A legislação precisa ser aplicada com todo seu peso para garantir o respeito e a dignidade de todos os atletas”, explicou a advogada Ana Beatriz Freitas.
Campanhas de combate ao racismo também estão sendo reforçadas nos estádios. Clubes locais começaram a adotar protocolos de denuncia rápida e punição exemplar em casos semelhantes. A repercussão do caso tem gerado apoio ao jogador nas redes sociais e pressão por mudanças no comportamento das torcidas.
O Clube Emitiu a Seguinte Nota:
O Galvez Esporte Clube lamenta profundamente os episódios ocorridos durante a partida desta terçaria, 17 de junho, contra a equipe do Santa Cruz.
O Galvez Esporte Clube reconhece que o resultado em campo não se justifica por essas atitudes, mas reafirma de forma inegociável que não tolera nenhuma forma de racismo no esporte ou fora dele. Já estamos em contato com o nosso departamento jurídico e tomaremos todas as medidas cabíveis para que os responsáveis sejam punidos com o rigor que a situação exige.
Nos solidarizamos com o nosso atleta Erick e reforçamos nosso compromisso com o respeito, a igualdade e a luta contra qualquer forma de discriminação.
Ressaltamos que este posicionamento não representa um ataque à instituição Santa Cruz Acre, a qual respeitamos profundamente — desde seu presidente até o último funcionário. Nosso protesto se dirige exclusivamente às atitudes isoladas de determinados atletas, que precisam ser responsabilizadas de forma individual.
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Direto da Redação