Zayn Malik, ex-integrante do One Direction, revelou em 5 de julho de 2025, ter enfrentado racismo e xenofobia durante seus cinco anos na boyband britânica, formada em 2010 no programa The X Factor. Em um desabafo nas redes sociais, o cantor, de ascendência paquistanesa, destacou ser o único não branco do grupo e relatou que sofreu comentários depreciativos, incluindo zombarias por ser asiático, vindos de fãs, mídia e até da gestão da banda. A declaração, que inclui a frase “Trabalhei duro numa banda branca, e ainda riam do asiático”, gerou grande repercussão, reacendendo debates sobre discriminação na indústria musical. Zayn, que deixou o grupo em março de 2015, compartilhou a experiência ao promover seu novo single, conectando sua história de superação a críticas sociais. A falta de apoio interno e os ataques externos contribuíram para sua saída, segundo ele, que agora busca destacar a resiliência diante de preconceitos.
A revelação, publicada em uma rede social, foi acompanhada de trechos de uma nova música que aborda sua identidade e as barreiras enfrentadas. Fãs reagiram com apoio, enquanto outros questionaram a ausência de respostas dos ex-colegas Harry Styles, Niall Horan, Liam Payne e Louis Tomlinson.
- Pontos centrais da denúncia de Zayn:
- Racismo de fãs e mídia contra sua ascendência paquistanesa.
- Comentários xenófobos dentro da gestão da banda.
- Sentimento de isolamento como único integrante não branco.
- Impacto psicológico dos ataques na decisão de deixar o grupo.
A declaração reacendeu discussões sobre diversidade no pop, com Zayn sendo elogiado por expor um tema muitas vezes ignorado na indústria.
Reação à denúncia de racismo
O desabafo de Zayn Malik, feito em 5 de julho de 2025, rapidamente ganhou tração nas redes sociais, com hashtags como #ZaynRacismo e #OneDirectionRacismo dominando os trending topics. Fãs compartilharam mensagens de apoio, destacando a coragem do cantor em abordar publicamente o racismo enfrentado. Um perfil de fãs brasileiros publicou: “Zayn era o único não branco, e muita gente ignorou o que ele passou.” Outros criticaram a falta de posicionamento dos ex-integrantes do One Direction, que não comentaram a denúncia até o momento.
A declaração também gerou críticas de parte do fandom, que defendeu os outros membros, alegando que Zayn não especificou envolvimento direto deles nos comentários racistas. A ausência de uma resposta oficial da banda ou de sua antiga gestão, a Syco Records, intensificou o debate. Organizações como a Brown History destacaram a importância do depoimento de Zayn, que evidencia os desafios de representatividade para artistas de minorias no pop global.
Contexto da saída de Zayn do One Direction
Zayn anunciou sua saída do One Direction em 25 de março de 2015, durante a turnê On The Road Again, citando a necessidade de “ser um cara normal de 22 anos” e buscar privacidade. Na época, ele mencionou estresse como fator, após polêmicas envolvendo fotos com uma fã na Tailândia, que geraram rumores sobre sua relação com a então noiva, Perrie Edwards. Em entrevistas posteriores, o cantor revelou que a falta de liberdade criativa e conflitos internos foram decisivos para sua decisão.
Em 2015, em uma entrevista à revista Fader, Zayn explicou que não podia expressar seu estilo musical, como influências de R&B, no One Direction, cujas músicas ele classificou como “pop genérico”. Ele também mencionou tensões com a gestão, que impunha um conceito rígido para a banda, limitando sua autenticidade. A saída foi abrupta, surpreendendo fãs e colegas, e marcou o início de sua carreira solo com o single Pillowtalk, lançado em 2016.
A revelação de racismo e xenofobia, em 2025, adiciona uma nova camada à narrativa, sugerindo que discriminação racial foi um fator significativo em sua experiência na banda.
- Motivos da saída de Zayn:
- Falta de liberdade criativa no One Direction.
- Conflitos com a gestão da banda.
- Estresse e pressão por ser o único integrante não branco.
- Desejo de privacidade e carreira solo.
Ascendência paquistanesa e identidade de Zayn
Zayn Malik, nascido Zain Javadd Malik em 12 de janeiro de 1993, em Bradford, Inglaterra, é filho de Yaser Malik, paquistanês, e Tricia Malik, britânica de ascendência irlandesa. Como o único integrante não branco do One Direction, ele enfrentou desafios relacionados à sua identidade multirracial desde a infância, quando estudou em escolas onde se sentia deslocado. Sua herança paquistanesa foi alvo de comentários racistas, incluindo acusações infundadas de terrorismo, conforme relatado por fãs em redes sociais.
Em 2016, a rapper Azealia Banks dirigiu ofensas xenófobas a Zayn, incluindo comentários depreciativos sobre sua origem paquistanesa, o que gerou protestos online com a hashtag #curryscentedbitch. Zayn respondeu questionando as motivações das ofensas, mas a rapper intensificou os ataques, associando-o a estereótipos raciais. Esse episódio, amplamente criticado, resultou na exclusão de Banks de um festival no Reino Unido.
Zayn também enfrentou discriminação de fãs do One Direction, com comentários que o chamavam de “asiático” de forma pejorativa ou questionavam sua aparência. Sua identidade cultural, que ele incorpora em músicas como Freedun (com M.I.A.) e em sua autobiografia de 2016, tornou-se um símbolo de resiliência contra o racismo.
Conflitos internos no One Direction
Zayn revelou em entrevistas anteriores que os cinco anos na banda foram marcados por tensões entre os membros, que “se cansaram uns dos outros”. Em 2023, no podcast Call Her Daddy, ele admitiu que “havia muita política acontecendo” e que alguns membros não queriam assinar novos contratos, sinalizando o fim do grupo. Ele assumiu uma postura competitiva, querendo ser o primeiro a lançar uma carreira solo, o que culminou no álbum Mind of Mine, de 2016.
A relação com os ex-colegas se deteriorou após sua saída. Em 2016, Zayn não compareceu à apresentação de Louis Tomlinson no The X Factor, após a morte da mãe do cantor, o que gerou críticas públicas de Tomlinson. Harry Styles, em 2019, lamentou a saída de Zayn, mas disse que preferia que ele deixasse a banda a continuar infeliz. Até 2025, Zayn afirmou não manter contato com os ex-colegas, citando “coisas ruins” ditas após sua saída.
Repercussão no fandom e nas redes sociais
A denúncia de Zayn em 2025 gerou uma onda de apoio de fãs, que compartilharam histórias de ataques racistas sofridos pelo cantor. Um perfil destacou que “Zayn era acusado de terrorismo só por sua origem paquistanesa”, enquanto outro criticou a mídia por “invisibilizá-lo” na banda. A hashtag #ZaynRacismo alcançou mais de 500 mil menções em 24 horas, com mensagens de solidariedade e pedidos por maior diversidade na indústria musical.
Parte do fandom do One Direction, no entanto, defendeu os outros membros, argumentando que Zayn não apontou diretamente Harry, Louis, Niall ou Liam como responsáveis pelos comentários racistas. Alguns fãs questionaram se a gestão da banda, liderada por Simon Cowell, teria contribuído para o ambiente discriminatório. A ausência de um pronunciamento oficial dos ex-colegas ou da Syco Records mantém o debate aceso.
- Reações nas redes sociais:
- Apoio majoritário à denúncia de Zayn contra racismo.
- Críticas à mídia por ignorar a questão racial na banda.
- Defesa de fãs dos outros membros, negando envolvimento direto.
- Pedidos por mais representatividade no pop.
Carreira solo e superação
Após deixar o One Direction, Zayn lançou Mind of Mine em 2016, com o single Pillowtalk alcançando o topo das paradas no Reino Unido e Estados Unidos. Seus álbuns seguintes, Icarus Falls (2018) e Nobody Is Listening (2021), consolidaram seu estilo R&B, distinto do pop do One Direction. Em 2025, seu quarto álbum, Room Under The Stairs, lançado em 17 de maio, trouxe letras introspectivas, com o single What I Am abordando sua jornada pessoal.
Zayn usou sua plataforma para discutir questões como saúde mental e racismo, especialmente em entrevistas e redes sociais. Em 2024, ele relembrou os “bons momentos” com a banda, mas destacou que a pressão de ser o único integrante não branco impactou sua experiência. Sua autobiografia, publicada em 2016, detalha os desafios de crescer como multirracial em Bradford e na indústria musical.
Contexto da formação do One Direction
O One Direction foi formado em 23 de julho de 2010, no The X Factor, por Simon Cowell e Nicole Scherzinger, após Zayn, Harry, Louis, Niall e Liam serem eliminados como solistas. O grupo terminou em terceiro lugar, mas assinou com a Syco Records, lançando cinco álbuns: Up All Night (2011), Take Me Home (2012), Midnight Memories (2013), Four (2014) e Made in the A.M. (2015). Com mais de 70 milhões de discos vendidos, a banda foi um fenômeno global até o hiato em 2016.
Zayn, influenciado por R&B e artistas como Bruno Mars, sentiu-se limitado pelo pop comercial da banda. Sua saída, seguida do hiato, marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para carreiras solo. A denúncia de racismo em 2025 destaca como sua experiência no grupo foi moldada por desafios além da música.
Racismo na indústria musical
A denúncia de Zayn ecoa casos de outros artistas não brancos que enfrentaram discriminação na indústria. Jay Sean, cantor britânico de origem indiana, teve maior sucesso nos EUA devido a preconceitos no Reino Unido, enquanto M.I.A., colaboradora de Zayn, também criticou estereótipos raciais. A hashtag #curryscentedbitch, usada contra Zayn em 2016, reflete o tipo de ataques que ele enfrentou, muitas vezes amplificados pela mídia.
A falta de diversidade em boybands pop, majoritariamente brancas, intensificou o isolamento de Zayn. Sua revelação de 2025, conectada a uma nova música, reforça sua resiliência, usando a arte para confrontar o racismo e inspirar mudanças no setor.
Legado de Zayn no pop
Zayn Malik, hoje com 32 anos, é reconhecido como um dos primeiros artistas de origem sul-asiática a alcançar fama global em uma boyband. Sua trajetória, marcada por sucessos como I Don’t Wanna Live Forever com Taylor Swift e prêmios como o American Music Award, destaca sua influência. A denúncia de racismo em 2025 reforça sua posição como voz contra a discriminação, inspirando artistas de minorias a reivindicarem espaço no pop.
O cantor continua promovendo seu trabalho, com shows agendados na Europa e América do Norte em 2025, e planeja uma turnê no Brasil em 2026. Sua história de superação, detalhada em entrevistas e letras, ressoa com fãs que veem nele um símbolo de resistência cultural.
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