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Combate à mandarová e boas práticas de cultivo de mandioca são tema de orientações durante a Expoacre

Agencia de Notícia Gov do Estado do Acre

Seguindo o cronograma de palestras da semana do Workshop da Agricultura, técnicos da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) realizaram na manhã desta quarta-feira, 4, no auditório do Idaf, palestras sobre Combate à mandarová e boas práticas de cultivo de mandioca, para aproximadamente 50 produtores do Acre.

Famosa na culinária brasileira, a mandioca também é conhecida, de acordo com a região do país, como aipim, castelinha, uaipi e macaxeira. Mas para dona Raimunda Nonato Ferreira dos Santos, moradora do ramal Dezoito, a 50 km do município de Manoel Urbano, não existe diferença alguma. Ela conta que seu pai parou de cortar seringa e resolveu plantar mandioca na propriedade da família como um auxílio para aumentar a fonte de renda da família: “Desde criança eu observava meu pai indo para o roçado, plantando e colhendo a mandioca. Era um meio de nos alimentar e sobreviver”.

“A mandioca virou uma fonte de renda para a minha família e tem suprido nossas necessidades”. Foto: Luã Garcia/Idaf

Aos 42 anos, com mãos calejadas, mãe de oito filhos e com uma história de luta e sobrevivência, há três anos ela resolveu investir na produção do famoso “Pão do Brasil”, porque percebeu que é possível viver da produção.

“É uma tradição de família e, mesmo que não desse tanto dinheiro, é o que a gente sabe fazer, e é o que nos mantém bem alimentados. Por isso, faço questão de participar de palestras e cursos para aprender sobre os benefícios e as prevenções para a produção da mandioca”, explica Raimunda Nonata.

São histórias como essa que motivam o governo do Estado, por meio do Idaf, a promover ações de educação sanitária para prevenção e combate às pragas que assolam a produção da leguminosa, como a lagarta mandarová. Dessa forma, colabora para ampliar e apoiar a produção no estado.

“Estava desempregado, sem perspectiva de nada, foi então que o meu sogro me chamou para ajudá-lo no roçado. Estou há sete meses dando esse apoio, e com o dinheiro que recebo estou conseguindo amparar as necessidades da minha família. Mas, recentemente, percebi a invasão da lagarta no campo, que infelizmente causou um dano absurdo. Por isso, estou aqui nesta palestra, para me preparar e entender as fases da lagarta e adotar medidas contra ela”, disse Sérgio Cavalcante, produtor de Sena Madureira.

No Acre, a mandioca é a principal cultura agrícola e desempenha importante papel econômico e social. Embora apresente produtividade média de 23,7 toneladas por hectare, superior à média nacional de 15 toneladas por hectare, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estudos da Embrapa apontam que o potencial produtivo da cultura pode ser melhorado com adoção de práticas adequadas de manejo do solo e de uma agricultura sem fogo. As variedades utilizadas pelos produtores rurais são bem adaptadas ao clima e solo da região.

Idaf explica estratégias utilizadas para detectar a chegada da praga na lavoura, como observação da presença de mariposas em lâmpadas próximas. Foto: Luã Garcia/Idaf

Segundo Gabriela Tamwing, engenheira agrônoma do Idaf, a equipe vem intensificando ações educativas para capacitar os produtores quanto ao monitoramento e prevenção da lagarta mandarová, que é considerada a principal praga da cultura, pelos danos e prejuízos causados.

“Nessas ações, que estão sendo realizadas em todo o estado, têm-se observado o interesse dos produtores em conhecer as técnicas de monitoramento e controle. Isso mostra que a produção da mandioca tem sido um bom investimento para as famílias acreanas”, afirmou.

A lagarta passa por cinco estágios que duram aproximadamente de 12 a 15 dias, período em que consome, em média, 70 folhas na plantação. Foto: Luã Garcia/Idaf

A mandiocultura é uma importante cadeia da agricultura acreana, e gera empregos e renda ao produtor rural, tanto pela comercialização da mandioca de mesa, como também de seus subprodutos, mas o Idaf alerta para que o produtor monitore regularmente seu roçado para identificar a mandarová nos primeiros instantes, quando é mais fácil de ser controlada.

“Orientamos o uso correto de agrotóxicos registrados para a praga, seguindo as recomendações presentes nos receituários agronômicos, emitidos por responsáveis técnicos”, ressalta Gabriela Tamwing.

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