Sala ‘O Acre existe’, sala de saúde emocional, jogos matemáticos, planetário, experimentos, coletiva seletiva; tudo isso faz parte da primeira feira de conhecimentos que está sendo realizada pela escola São Pedro I, localizada na região do Benfica, nesta sexta-feira, 27.
O professor Marco Antônio Belo, diretor da escola, explica que já aconteceram outras feiras, como a cultural e a de matemática, mas uma que englobasse todas as áreas do conhecimento é a primeira. ‘É uma forma de trabalharmos a parte prática com os alunos”, explica.
A escola tem em torno de 470 alunos, nos três turnos e em todas as etapas de ensino: fundamental anos iniciais, fundamental anos finais e ensino médio. O professor explica que os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) também estão prestigiando o evento.
“Uma parte desses alunos da EJA também são pais de alunos e estão prestigiando a feira de conhecimentos e, dessa forma, envolvem os alunos que são os protagonistas, e o que é mais importante: promovem o despertar dessas crianças, o gosto pela ciência, o gosto pela leitura e o gosto pela matemática”, afirma.
Entre os trabalhos apresentados na feira de conhecimentos está um acerca da energia renovável. O trabalho é orientado pela professora Leusa Cássia Moraes Gomes. “Surgiu a possibilidade de coordenar esse trabalho. Tomamos a iniciativa e acabamos gostando muito desse tema”, disse.
A aluna Ana Beatriz Pimentel de Lima, do 9º ano, participou do trabalho sobre energia eólica. “Aprendemos que é uma energia que precisa do vento para gerar energia e que tem suas vantagens e desvantagens. É uma energia barata, mas a desvantagem é que os pássaros acabam se chocando nas turbinas”, disse.
Outro trabalho importante apresentado durante a feira da escola São Pedro I é sobre os experimentos, como a lava vulcânica e a lava colorida. A professora Yvely Silva, de Ciências, explica que é utilizada uma mistura de vinagre com bicarbonato de sódio para simular a lava vulcânica.
Também tem o espaço dos jogos matemáticos, coordenado pela professora Leilane Cristina Souza. Os alunos foram responsáveis pela criação dos jogos. Felipe da Silva Carmo, do 3º ano, criou o tabuleiro matemático. “São jogos que envolvem as quatro operações e mostram que é possível aprender brincando”, disse a professora.
Coleta seletiva
O trabalho de coleta seletiva é coordenado pelas professoras Lidiane Maria de Andrade e Suane Costa e envolve os alunos do ensino fundamental, anos iniciais, do primeiro ao quinto anos. No trabalho são apresentados jogos e também brinquedos recicláveis.
De acordo com a professora Suane Costa, reciclar é uma forma de manter o meio ambiente. “Temos esse clima seco, de fumaça. Tem a questão das queimadas. Então, os alunos aprendem a reciclar e ajudam o meio ambiente a ficar menos poluído. Eles já crescem com essa consciência. Por quê temos que queimar, se podemos reciclar”, afirma.
Saúde emocional
Um espaço que chama a atenção dentro da feira de conhecimentos da escola São Pedro I é a sala de saúde emocional. A sala, que é climatizada, é coordenada pela professora Mayra Preto de Mesquita. Tem o cantinho do chá, o cantinho da oração, o cantinho da yoga, além de jogos educativos.
“Nesse espaço, na sala emocional, estamos trabalhando a parte do equilíbrio emocional dos alunos, como eles podem lidar com as suas próprias emoções. Ela está sendo muito procurada, e esses jogos ajudam os alunos a distrair a mente”, explica a professora.
Quem gostou muito da sala de saúde emocional foi a estudante Érica Santos, do 3° ano do ensino médio. “Gostei muito. Me senti mais relaxada, mais calma. Deveria ter mais vezes”, disse. Quem também gostou foi Paulo Cristiano Saboia Pereira, do 7º ano. “Gostei da experiência. Recomendo para outros alunos”, frisou.
Sala ‘O Acre existe’
Outro espaço que chamou muito a atenção na feira de conhecimentos foi a sala “O Acre existe – cultura indígena acreana”. A professora Elizete de Lima, de Letras, coordenadora da sala, explica que é muito importante estudar para aprender a respeitar a cultura indígena.
“Essa parte da nossa cultura não pode ficar esquecida, pois a cultura indígena tem as suas representações nos mais diversos espaços da nossa sociedade e tem também os seus defensores”, disse.
Dentro da sala ‘O Acre existe’ também há um espaço para os termos e expressões tipicamente acreanos, como “pisa”, “arrudiar” e “pixé de pôdi”. “Isso para mostrar que a nossa linguagem é diferenciada, que temos a nossa forma de falar, de nos comunicar e isso mostra a diversidade da nossa língua”, destacou.
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