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Lula: “A economia vai dar certo porque o povo está participando do crescimento”

gov.br/planalto

O legado que quero deixar é o da autoestima do povo brasileiro, é o emprego com salário justo, o empreendedorismo cada vez mais profissional, é a sociedade ter possibilidade de estar na escola, fazer universidade e ter emprego melhor”

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou em entrevista ao programa Podk Liberados (RedeTV), neste domingo, 10 de novembro, o empenho federal para fomentar ainda mais a economia, com aumento da geração de empregos formais e apoio aos pequenos e médios empreendedores individuais. “A economia vai dar certo porque o povo está participando do crescimento desse país. Sabemos fazer política social para as pessoas que mais necessitam, sem esquecer aqueles que não estão abaixo do CadÚnico e que precisam ser tratadas pelo governo”, disse Lula.

No programa apresentado pelos senadores Jorge Kajuru e Leila Barros, o presidente ressaltou o compromisso de deixar um legado de prosperidade para o país. “O legado que quero deixar é o da autoestima do povo brasileiro, é o emprego com salário justo, o empreendedorismo cada vez mais profissional, cada vez ganhando um pouco mais, e é a sociedade ter possibilidade de estar na escola, fazer universidade e ter emprego melhor”.

Lula detalhou os pontos que o fazem ter certeza de que a atual gestão alcançará avanços significativos. “É só pegar os números. Veja quantas pessoas estavam andando de avião e quantas estão agora. Quanto era o salário mínimo e quanto é agora. E neste ano vai crescer outra vez. Quando o salário mínimo cresce, é dinheiro distribuído, é gente consumindo mais, comércio vendendo, fábrica fabricando, povo comprando e a economia vai em frente. É esse o país que quero. O legado de prosperidade para 210 milhões de brasileiros e brasileiras”, pontuou.

Confira abaixo alguns outros trechos de respostas do presidente:

ECONOMIA — Eu não entro para governar um país para fazer a economia decrescer. Eu entro para fazê-la crescer. Somente o crescimento econômico, com a distribuição correta do resultado do crescimento, é que faz com que o país possa dar certo.

EMPREGOS — Eu estou convencido que estamos vivendo hoje o melhor momento da geração de emprego nesse país. Estamos com 6,4% de desemprego, que é um padrão extraordinário.

EMPREENDEDORES — Temos que cuidar dos chamados pequenos e médios empreendedores individuais, que são as pessoas que não querem ter um chefe, que querem trabalhar por conta própria, acreditar em si e crescer. Então, temos que pensar em fazer crescer a economia formal e crescer esse lado da economia, que tem milhões de brasileiros e brasileiras que querem trabalhar por conta própria. E nós, então, precisamos fazer com que essas pessoas tenham todo o incentivo do governo.

SEGURANÇA — Quero deixar esse país com o povo comendo mais, estudando mais, vivendo mais feliz, mais otimista, com mais segurança pública. É por isso que fiz a reunião com os governadores para a gente discutir qual é a responsabilidade de cada ente federado para cuidar da segurança pública. Quero saber onde é que o Governo Federal pode entrar para ajudar os governadores, porque, na verdade, quem cuida da polícia é o governador, da Polícia Militar e da Polícia Civil. E a gente só pode entrar quando eles requisitam. Então, o que queremos é fazer uma PEC discutida com os governadores.

FEDERALISMO — O Governo Federal não quer se intrometer nos estados, o que a gente quer é compartilhar responsabilidades para fazer com que a sociedade possa viver mais tranquilamente na periferia e no centro. Que não haja tanto roubo de telefone celular, que não haja feminicídio, que não haja violência contra os pobres, que não haja esse excesso de morte das pessoas pobres da periferia, na maioria negra. Esse país tranquilo é o que eu quero deixar.

DEMOCRACIA — O charme da democracia são duas pessoas antagônicas conversarem, estabelecerem regras e viverem bem, cada um cuidando daquilo que acredita, sabendo que o seu limite para respeitar a democracia é não adentrar ao direito dos outros.

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA — Nessa questão da transição energética, o Brasil é imbatível pelo tamanho do território, pela quantidade de sol, de vento, porque vamos fazer muita energia solar, eólica, biomassa e hidrogênio verde. A gente vai ter tudo o que o mundo precisa. A gente vai ter biodiesel e etanol de terceira geração. E agora o carro elétrico. O Brasil pode servir de exemplo para o mundo. É isso que quero mostrar na cidade de Belém, no Pará, no ano que vem. Faz tempo que o mundo fala da Amazônia. Quando decidimos colocar Belém como sede da COP30, é porque a gente quer que a Amazônia fale para o mundo.

DESMATAMENTO — É um compromisso do governo brasileiro que até 2030 a gente vai chegar a desmatamento ilegal zero. E temos que convencer a sociedade que manter a floresta em pé pode ser mais rentável do que derrubar árvores para criar bois ou para plantar soja. A gente precisa provar para a sociedade isso, precisa mostrar o resultado.

PROTEÇÃO ÀS FLORESTAS — O mundo rico precisa pagar porque já terminou com a floresta no seu país, já polui o planeta há 200 anos, e estamos começando agora. O que queremos é que os países em desenvolvimento, sobretudo os que têm floresta, como os oito países da Amazônia, como a Indonésia e como o Congo, que recebam benefícios para manter a floresta em pé. Quando a gente mantém a floresta em pé, a gente não está apenas cuidando de nós, estamos cuidando do planeta. Então, a responsabilidade tem que ser do mundo inteiro.

CONGRESSO — Estamos aprovando tudo, porque estamos mandando coisas e compartilhando com o Senado aquilo que é melhor para o Brasil. E na questão ambiental, o Senado e a Câmara estão evoluindo para perceber o seguinte: espera aí, o bom fazendeiro não quer desmatar. O bom criador de gado sabe que tem que vender a carne para o exterior e tem que saber que precisa cuidar. O cara que planta soja, milho, feijão, ele sabe que ele quer vender para o exterior, vai tomar cuidado. Então, esses empresários estão ficando mais modernos, mais democráticos, humanistas e ambientalistas.

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