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Cesárea Humanizada: mais do que uma cirurgia, uma experiência de cuidado na Maternidade Bárbara Heliodora

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São nove meses da espera do grande amor da sua vida. Logo ele chegará ao mundo e há uma enorme expectativa, meses de planejamento. E como será o parto? Pode ser natural, com ou sem anestesia, pode ser que tenha uma doula, aquela profissional que oferece apoio emocional, físico e informacional a mulheres durante a gravidez, parto e pós-parto, se será na água, entre várias outras opções, e não pode faltar a família. Mas mesmo sem planejar, a mulher pode ter que ser levada ao centro cirúrgico para uma cesárea. A cena já é conhecida. Um centro cirúrgico frio, a mãe coberta por um tecido, as vezes verde ou azul. Durante o procedimento, o obstetra narra o que está acontecendo, mas a mãe não consegue assistir a todos os passos do parto do seu amor.

Governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde do Acre, já é referência na prática da cesárea humanizada. Foto: Luan Martins/Sesacre

Contudo, pensando em humanizar esse momento, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde do Acre, já é referência na prática da cesárea humanizada. A Maternidade Bárbara Heliodora, uma unidade que possui o selo Hospital Amigo da Criança (IHAC), aplica um modelo de atendimento que prioriza a empatia, o respeito e o bem-estar de cada gestante, fazendo com que o momento do nascimento seja uma experiência significativa para a mãe e o bebê.

O que é uma cesárea humanizada?

A cesárea humanizada vai além de uma simples cirurgia, ao adotar práticas baseadas no diálogo e na escuta ativa, assegurando que a gestante seja tratada com empatia e respeito durante todo o processo. É uma abordagem fundamentada em evidências científicas e focada nas necessidades individuais da mulher, especialmente quando a cesárea é indicada por razões médicas.

Cesárea humanizada vai além de uma simples cirurgia, ao adotar práticas baseadas no diálogo e na escuta ativa. Foto: Luan Martins/Sesacre

O primeiro passo para uma cesárea humanizada é a comunicação clara e acolhedora sobre a indicação do procedimento, especialmente para gestantes que tinham a expectativa de um parto natural e podem sentir-se frustradas ou ansiosas com a necessidade de uma cirurgia. Além disso, a mulher tem o direito a um acompanhante de sua escolha durante o parto, fortalecendo o apoio emocional.

A mulher tem o direito a um acompanhante de sua escolha durante o parto, fortalecendo o apoio emocional. Foto: Luan Martins/Sesacre

A experiência humanizada envolve também um ambiente acolhedor, onde o “frio” do centro cirúrgico é minimizado. Na Maternidade Bárbara Heliodora, a sala de cirurgia é preparada com iluminação suave e temperatura adequada, proporcionando um ambiente mais confortável e seguro, que reduz o estresse da mãe e favorece o vínculo com o bebê.

Como é o nascimento na Cesárea Humanizada?

Na cesárea humanizada, com a mãe e o bebê estáveis, o contato pele a pele é iniciado. Foto: Luan Martins/Sesacre

Na cesárea humanizada, com a mãe e o bebê estáveis, o contato pele a pele é iniciado. Essa prática não só fortalece o vínculo afetivo, como também estimula a amamentação precoce e a adaptação metabólica do recém-nascido, além de promover benefícios como a formação do microbioma intestinal, essencial para o desenvolvimento imunológico do bebê.

Quando a Cesárea é indicada?

A cesárea humanizada é indicada em situações em que há risco materno ou fetal, priorizando sempre a segurança e o bem-estar da mãe e do bebê. O parto cesáreo por conveniência, sem indicação médica, é desencorajado, pois o parto natural oferece benefícios à saúde da mãe e do bebê. Entretanto, quando o casal opta pela cesárea, é recomendável aguardar sinais de maturidade do bebê, como o início do trabalho de parto.

Para o médico ginecologista e obstetra Paulo Favini, o contato pele a pele é um momento essencial. Foto: Luan Martins/Sesacre

Para o médico ginecologista e obstetra Paulo Favini, o contato pele a pele é um momento essencial: “A cesárea humanizada aqui realizada fortalece o vínculo materno-fetal e proporciona tranquilidade à mãe, que tem a oportunidade de acolher seu bebê nos primeiros instantes de vida. Isso não apenas ajuda na amamentação, como também facilita a transição do bebê para o mundo externo”.

“O contato pele a pele fortalece o vínculo entre mãe e bebê”, destacou a supervisora do centro cirúrgico, Andressa Crislei Freitas. Foto: Luan martins/Sesacre

A supervisora do centro cirúrgico, Andressa Crislei Freitas, destaca o empenho da equipe para tornar essa prática uma rotina. “O contato pele a pele fortalece o vínculo entre mãe e bebê, acalmando os batimentos cardíacos do recém-nascido e ajudando na adaptação à vida extrauterina”, explica, reforçando o compromisso da equipe em transformar o nascimento em um momento positivo e acolhedor.

Secretário de Saúde, Pedro Pascoal enfatizou a importância da humanização no atendimento obstétrico  Foto: Luan Martins/Sesacre

O secretário de Saúde do Acre, Pedro Pascoal, enfatiza a importância da humanização no atendimento obstétrico: “Implementar práticas humanizadas, como a cesárea humanizada, é fundamental para garantir que as gestantes recebam um atendimento de qualidade, respeitoso e centrado em suas necessidades. Nosso compromisso é proporcionar uma experiência positiva e segura para mãe e bebê”.

Uma mãe, uma experiência emocionante

Priscila Katriny de Moura, deu à luz ao seu segundo filho Heitor Lucas na Maternidade Bárbara Heliodora. Foto: Luan Martins/Sesacre

Priscila Katriny de Moura, que deu à luz ao seu segundo filho Heitor Lucas na Maternidade Bárbara Heliodora, relatou a emoção de vivenciar uma cesárea humanizada: “Apesar de ter precisado de uma cesárea, saber que meu filho estará em meus braços logo após o nascimento me traz paz e uma felicidade indescritível”, declarou. Heitor nasceu e foi direto para o peito da mamãe, pele a pele desde o primeiro minuto.

O papel da iniciativa Hospital Amigo da Criança

A Maternidade Bárbara Heliodora, certificada como Hospital Amigo da Criança pelo Ministério da Saúde, segue rigorosamente os dez passos para o sucesso do aleitamento materno, além de garantir um cuidado respeitoso e humanizado. Entre os requisitos estão o direito da mãe e do pai a acompanharem o recém-nascido internado, o cumprimento da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças na Primeira Infância (NBCAL), e o suporte integral à amamentação.

 

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