A Iniciativa Amazônia+10 divulgou nesta sexta, 4, os resultados preliminares das propostas de pesquisa aprovadas no Edital Expedições Científicas, lançado em novembro de 2023 pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ao todo, foram selecionados 20 projetos, orçados em R$ 78.2 milhões, que vão mobilizar 77 grupos de pesquisadores vinculados a 18 Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) e também às agências estrangeiras Research and Innovation (UKRI), do Reino Unido, e Swiss National Science Foundation (SNSF), da Suíça.
Segundo o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Acre (Fapac), Moisés Diniz, cada uma das propostas é liderada por pesquisadores de pelo menos duas FAPs, ou agências estrangeiras, sendo um deles obrigatoriamente vinculado a instituições de ensino superior, ou pesquisa com sede nos Estados da Amazônia Legal (Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso). “O edital também previa a inclusão na equipe de pesquisa de pelo menos um integrante dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais (PIQCT)”, acrescentou Diniz
“Estamos satisfeitos com o êxito da Chamada Expedições, tanto pela demanda altamente qualificada, quanto pela sua composição envolvendo parceiros nacionais e internacionais”, afirma a diretora de Cooperação Institucional, Internacional e Inovação do CNPq, Dalila Andrade Oliveira.
A chamada apoiará expedições científicas voltadas à ampliação do conhecimento sobre a sociobiodiversidade e a biodiversidade amazônica.
As propostas selecionadas estão alinhadas ao objetivo do edital, de preencher duas lacunas importantes do conhecimento científico sobre a região, sendo uma geográfica e outra taxonômica, além de expandir as pesquisas sobre a diversidade sociocultural dos povos e comunidades tradicionais da Amazônia.
Os 20 projetos aprovados consideram mais de 61 localidades pouco abordadas pela comunidade científica, que serão estudadas. Entre elas, terras indígenas, reservas de desenvolvimento sustentável e extrativistas e outras regiões de difícil acesso.
“A Amazônia ainda possui muitos segredos que a ciência precisa desvendar e neste edital, iremos apoiar projetos que trarão mais luz sobre essa biodiversidade e sobre os tesouros ancestrais. Esperamos que num futuro bem próximo, sejamos capazes de compreender melhor essa região fantástica e contribuir para a sua preservação e desenvolvimento socioeconômico de forma sustentável”, explicou Marcel Botelho, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Pará (Fapespa).
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