Nascida em Londres, Mia Goth transformou seus 13 anos de carreira em uma trajetória de sucesso, consolidando-se como uma das maiores estrelas do cinema de terror contemporâneo. Com um patrimônio estimado em R$ 12 milhões, a atriz britânica, neta da renomada atriz brasileira Maria Gladys, conquistou o público e a crítica com papéis marcantes na trilogia de Ti West, composta por X, Pearl e MaXXXine. Sua habilidade de transitar entre personagens complexos e intensos, aliada a uma conexão especial com o Brasil, a tornou um fenômeno global, especialmente entre os fãs brasileiros, que celebram seu talento e sua herança cultural.
Aos 30 anos, Mia Goth já acumula uma filmografia impressionante. Sua estreia no cinema ocorreu em 2013, com Ninfomaníaca: Volume 2, dirigido por Lars von Trier, mas foi no gênero de terror que ela encontrou seu espaço. Filmes como Suspiria (2018), A Cura (2017) e Piscina Infinita (2023) destacaram sua versatilidade, enquanto a trilogia de Ti West a elevou ao status de “rainha do grito”. Além disso, a atriz mantém uma relação próxima com suas raízes brasileiras, frequentemente mencionando a influência de sua avó, Maria Gladys, uma figura icônica do cinema e da televisão no Brasil.
Apesar de sua ascensão, Mia enfrentou desafios pessoais e profissionais. Sua infância foi marcada por mudanças frequentes entre Brasil, Inglaterra e Canadá, e sua família viveu momentos de instabilidade financeira. Recentemente, a situação de Maria Gladys, que enfrentou dificuldades em Santa Rita de Jacutinga, Minas Gerais, trouxe Mia de volta aos holofotes no Brasil, reacendendo discussões sobre sua relação com a avó. Mesmo com polêmicas, a atriz continua a brilhar, com projetos ambiciosos no horizonte, como Frankenstein e Blade, do universo Marvel.
Início no mundo da moda e primeiros passos no cinema
Antes de se tornar um nome reconhecido em Hollywood, Mia Goth trilhou um caminho no mundo da moda. Aos 14 anos, foi descoberta pela fotógrafa Gemma Booth durante o Underage Festival, em Londres. Contratada pela Storm Model Management, ela estrelou campanhas para marcas de prestígio, como Miu Miu e Vogue, ganhando visibilidade no cenário internacional. Essa experiência inicial moldou sua presença cênica, que mais tarde se tornaria uma de suas marcas registradas no cinema.
A transição para a atuação veio aos 16 anos, quando Mia decidiu explorar novas oportunidades. Sua estreia em Ninfomaníaca: Volume 2 foi um marco, embora o filme, conhecido por sua abordagem provocadora, tenha colocado a jovem atriz em um ambiente desafiador. Dividindo a tela com nomes como Charlotte Gainsbourg e Shia LaBeouf, com quem mais tarde se casaria, Mia demonstrou coragem e talento, mesmo em um papel secundário.
O período inicial de sua carreira foi marcado por participações em projetos menores, como a série The Tunnel e o filme Everest (2015). No entanto, sua determinação em buscar papéis mais expressivos a levou ao gênero de terror, onde encontrou oportunidades para personagens femininas complexas. Essa escolha estratégica pavimentou o caminho para sua ascensão meteórica nos anos seguintes.
- Primeiros passos de Mia Goth na carreira:
- Descoberta aos 14 anos no Underage Festival, em Londres.
- Campanhas para Miu Miu e Vogue como modelo adolescente.
- Estreia no cinema em 2013 com Ninfomaníaca: Volume 2.
- Participações em The Tunnel e Everest antes do sucesso no terror.
A consagração no terror com a trilogia de Ti West
A parceria com o diretor Ti West marcou um divisor de águas na carreira de Mia Goth. Em 2022, ela estrelou X: A Marca da Morte, interpretando tanto a protagonista Maxine quanto a antagonista Pearl. O filme, um slasher ambientado nos anos 1970, foi elogiado por sua abordagem inovadora e pela atuação visceral de Mia. Com uma bilheteria global de US$ 15,1 milhões, X se tornou um sucesso para um projeto independente.
No mesmo ano, Pearl, o segundo filme da trilogia, aprofundou a história da personagem homônima, revelando sua origem em uma narrativa estilizada inspirada nos anos 1910. Mia Goth não apenas atuou, mas também coescreveu o roteiro, demonstrando sua versatilidade criativa. O filme arrecadou US$ 10,1 milhões e rendeu à atriz prêmios como Melhor Atriz em Filme de Terror no Critics Choice Awards de 2023.
MaXXXine, lançado em 2024, concluiu a trilogia, acompanhando Maxine em sua busca por fama em Hollywood nos anos 1980. Com US$ 19,8 milhões em bilheteria, o filme consolidou Mia como uma das maiores estrelas do gênero. Sua capacidade de dar vida a personagens multifacetadas, combinando vulnerabilidade e intensidade, conquistou tanto o público quanto a crítica, que a comparou a ícones como Jamie Lee Curtis.
Conexão com o Brasil e a influência de Maria Gladys
Mia Goth nasceu em Londres, mas sua infância foi profundamente marcada pelo Brasil. Filha de uma mãe brasileira e de um pai canadense, ela viveu no Rio de Janeiro até os cinco anos, ao lado de sua avó, Maria Gladys, e de sua mãe, Rachel Goth. Durante esse período, aprendeu português e desenvolveu um apego especial pela cultura brasileira, algo que ela frequentemente menciona em entrevistas.
Maria Gladys, uma lenda do cinema marginal brasileiro e conhecida por papéis em novelas como Vale Tudo e Hilda Furacão, foi uma figura central na formação de Mia. Em entrevistas, a atriz britânica revelou que assistiu a filmes como Brinquedo Assassino e Pulp Fiction ao lado da avó, experiências que despertaram seu interesse pelo cinema. Maria Gladys, por sua vez, expressa orgulho da neta, destacando seu talento natural desde a infância.
A relação entre as duas, no entanto, nem sempre esteve em destaque. Mia viveu períodos de distância da avó devido às suas mudanças internacionais e à carreira em Hollywood. Em 2021, ela enviou uma mensagem emocionante para Maria Gladys no programa A Noite é Nossa, da Record, reforçando seu carinho. Apesar disso, a conexão familiar voltou aos holofotes em 2025, quando a situação de vulnerabilidade de Maria Gladys gerou debates públicos no Brasil.

- Momentos marcantes da conexão de Mia com o Brasil:
- Infância no Rio de Janeiro até os cinco anos.
- Influência de Maria Gladys, com quem assistiu a filmes clássicos.
- Mensagem no programa A Noite é Nossa em 2021.
- Repercussão da situação de Maria Gladys em 2025.
Polêmicas familiares e o impacto na imagem de Mia
Em abril de 2025, Maria Gladys, então com 85 anos, foi encontrada em situação de vulnerabilidade em Santa Rita de Jacutinga, Minas Gerais. Sua filha, Maria Thereza Mello Maron, usou as redes sociais para pedir ajuda financeira, afirmando que a mãe estava desorientada e sem recursos para retornar ao Rio de Janeiro. A notícia gerou comoção e trouxe à tona críticas à família, incluindo Mia Goth, que inicialmente foi acusada de negligenciar a avó.
A repercussão levou Mia a se pronunciar. Segundo informações divulgadas, a atriz se comprometeu a custear a passagem de Maria Gladys para Londres, onde a avó ficaria sob os cuidados de Rachel Goth, mãe de Mia. No entanto, Maria Thereza afirmou que não foi informada diretamente sobre a ajuda, o que alimentou especulações sobre tensões familiares. A situação expôs a complexidade das relações familiares de Mia, que, apesar do sucesso, enfrenta desafios para manter laços com sua família no Brasil.
O caso também destacou a trajetória de Maria Gladys, uma das maiores atrizes do cinema brasileiro. Com uma carreira que inclui filmes como Os Fuzis (1964) e Todas as Mulheres do Mundo (1966), além de papéis em novelas icônicas, Gladys é uma figura reverenciada. Sua situação de vulnerabilidade chocou fãs e reacendeu discussões sobre o cuidado com artistas idosos no Brasil.
Fortuna de R$ 12 milhões e o mercado do terror
Com um patrimônio líquido estimado em US$ 2 milhões, equivalente a cerca de R$ 12 milhões, Mia Goth construiu sua fortuna em um gênero que, embora menos lucrativo que os blockbusters de super-heróis, tem um público fiel. A trilogia de Ti West, que arrecadou aproximadamente US$ 45 milhões globalmente, foi um dos pilares de sua ascensão financeira. Além disso, sua participação em filmes como Suspiria e Piscina Infinita reforçou sua posição no mercado.
O cinema de terror, especialmente projetos independentes, oferece oportunidades únicas para atrizes. Mia destacou em entrevistas que o gênero permite explorar personagens femininas complexas, algo raro em outros estilos cinematográficos. Sua habilidade de atrair atenção em produções de baixo orçamento, mas com grande impacto cultural, contribuiu para seu sucesso financeiro e artístico.
Além dos ganhos com atuações, Mia diversificou sua carreira ao coescrever Pearl e produzir projetos. Sua experiência prévia na moda também abriu portas para parcerias comerciais, embora ela tenha se afastado desse mercado para focar no cinema. Com projetos como Frankenstein e Blade no horizonte, sua fortuna tende a crescer nos próximos anos.
- Fontes da fortuna de Mia Goth:
- Bilheteria da trilogia de Ti West: US$ 45 milhões.
- Papéis em Suspiria, Piscina Infinita e outros filmes.
- Trabalho como co-roteirista em Pearl.
- Campanhas na moda para Miu Miu e Vogue na adolescência.
Projetos futuros e a expansão para outros gêneros
Embora o terror tenha definido sua carreira, Mia Goth expressa o desejo de explorar outros gêneros. Em entrevista ao The New York Times, ela afirmou: “Não quero ficar encurralada. Quero fazer tudo”. Essa ambição a levou a aceitar papéis em projetos de alto perfil, como a adaptação de Frankenstein por Guillermo del Toro, onde dividirá a tela com nomes como Oscar Isaac e Jacob Elordi.
Outro marco será sua participação em Blade, do universo Marvel, ao lado de Mahershala Ali. O filme, que enfrentou turbulências em sua produção, marca a entrada de Mia em blockbusters, um território novo para a atriz. Sua escolha por papéis em projetos de diretores renomados, como del Toro, indica uma estratégia para diversificar sua filmografia sem abandonar o terror.
Mia também manifestou interesse em filmes românticos e dramas com menos ênfase em tramas complexas. Sua paixão por personagens humanos, com dilemas cotidianos, pode levá-la a projetos mais intimistas no futuro. Enquanto isso, sua influência no terror permanece, com fãs aguardando ansiosamente suas próximas atuações.
Cronologia da carreira de Mia Goth
A trajetória de Mia Goth reflete sua dedicação e versatilidade. Desde sua estreia, ela construiu uma carreira sólida, marcada por escolhas ousadas e colaborações com diretores de renome. Abaixo, uma linha do tempo com os principais momentos:
- 2013: Estreia no cinema com Ninfomaníaca: Volume 2, de Lars von Trier.
- 2015: Participa de Everest e da série The Tunnel.
- 2017: Atua em A Cura, seu primeiro filme de terror.
- 2018: Brilha no remake de Suspiria, dirigido por Luca Guadagnino.
- 2022: Estrela X e Pearl, da trilogia de Ti West, recebendo prêmios por Pearl.
- 2023: Lança Piscina Infinita e é escalada para Blade.
- 2024: Conclui a trilogia com MaXXXine e anuncia Frankenstein.
Vida pessoal e relação com Shia LaBeouf
A vida pessoal de Mia Goth também atrai atenção. Sua relação com o ator Shia LaBeouf, iniciada durante as filmagens de Ninfomaníaca, foi marcada por altos e baixos. O casal se casou em 2016, em Las Vegas, mas anunciou a separação em 2018. Em 2022, eles reconciliaram-se e anunciaram o nascimento de sua filha, Isabel.
A relação com LaBeouf, conhecido por polêmicas, trouxe desafios para Mia. Em 2021, o ator enfrentou acusações de abuso por parte de sua ex-namorada, a cantora FKA Twigs, o que gerou críticas à decisão de Mia de retomar o relacionamento. Apesar disso, ela manteve o foco em sua carreira, evitando comentar publicamente as controvérsias.
A maternidade também transformou a perspectiva de Mia. Em entrevistas, ela destacou como a filha trouxe um novo significado à sua vida, influenciando suas escolhas profissionais. Sua habilidade de equilibrar a vida pessoal e a carreira reforça sua imagem como uma artista resiliente.
Impacto cultural e legado no cinema de terror
Mia Goth transcendeu o rótulo de “scream queen” ao trazer profundidade a personagens que poderiam ser estereotipados. Em Pearl, sua interpretação de uma jovem com ambições frustradas foi comparada a atuações clássicas do cinema, como as de Bette Davis. Sua capacidade de transmitir emoção crua e vulnerabilidade a tornou uma referência no gênero.
No Brasil, Mia é celebrada não apenas por seu talento, mas também por sua conexão com Maria Gladys. Memes nas redes sociais frequentemente a apresentam como “a neta da Maria Gladys”, um reconhecimento carinhoso de sua herança. Essa popularidade reflete o orgulho nacional por sua ascensão em Hollywood, mesmo com as complexidades de sua relação familiar.
O impacto de Mia no cinema de terror também abriu portas para outras atrizes. Sua colaboração com a produtora A24, responsável pela trilogia de Ti West, ajudou a consolidar o gênero como um espaço para narrativas inovadoras. Projetos como Hereditário e Midsommar, também da A24, mostram o potencial do terror para explorar temas profundos, algo que Mia defende em suas escolhas artísticas.
Desafios do gênero de terror e perspectivas futuras
O cinema de terror, embora amado por milhões, enfrenta desafios no mercado. Com orçamentos geralmente menores que os de blockbusters, os filmes do gênero dependem de criatividade e impacto cultural para se destacar. Mia Goth, ao optar por projetos independentes, contribuiu para elevar o status do terror, provando que é possível alcançar sucesso comercial e crítico sem grandes investimentos.
A trilogia de Ti West, por exemplo, foi produzida com orçamentos modestos, mas conquistou uma base fiel de fãs. A arrecadação combinada de US$ 45 milhões demonstra o potencial de projetos bem-executados. Mia, com sua habilidade de atrair público, tornou-se uma peça-chave nesse cenário, inspirando outros cineastas a apostar no gênero.
Olhando para o futuro, a carreira de Mia Goth parece promissora. Sua entrada no universo Marvel com Blade e a colaboração com Guillermo del Toro em Frankenstein indicam que ela está pronta para alcançar novos patamares. Ao mesmo tempo, sua conexão com o Brasil e o legado de Maria Gladys continuam a moldar sua identidade, garantindo que ela permaneça uma figura única no cenário global.
- Desafios e oportunidades no cinema de terror:
- Orçamentos limitados em comparação com blockbusters.
- Necessidade de criatividade para atrair público.
- Impacto cultural como diferencial competitivo.
- Crescimento do gênero com produtoras como A24.