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Gronelândia rejeita proposta de Trump e reforça: “Não estamos à venda”

"A Gronelândia é nossa. Não queremos ser americanos, não queremos ser dinamarqueses, somos gronelandeses", afirmou Egede em suas redes sociais, segundo a agência espanhola EFE.

Redação - Cidade AC News

O primeiro-ministro da Gronelândia, Múte Bourup Egede, declarou nesta quarta-feira (5) que o território não está à venda e não tem interesse em se tornar parte dos Estados Unidos, respondendo diretamente ao apelo feito pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump.

“A Gronelândia é nossa. Não queremos ser americanos, não queremos ser dinamarqueses, somos gronelandeses”, afirmou Egede em suas redes sociais, segundo a agência espanhola EFE.

A declaração vem após Trump, em discurso no Congresso na terça-feira, sugerir que a Gronelândia deveria se unir aos Estados Unidos por razões de segurança internacional. Ele ainda garantiu que essa incorporação aconteceria “de uma forma ou de outra”.

“Manteremos vocês seguros, tornaremos vocês mais ricos e, juntos, levaremos a Gronelândia a patamares que nunca imaginaram ser possíveis”, afirmou Trump, provocando reações do governo gronelandês e dinamarquês.

Egede enfatizou que os gronelandeses são responsáveis por decidir o próprio futuro e que os EUA devem respeitar essa autonomia. “Os americanos e seu líder precisam entender isso. Não estamos à venda e eles não podem nos comprar”, reforçou.

Dinamarca também rejeita proposta de Trump

O governo dinamarquês também se manifestou, rejeitando qualquer possibilidade de ceder o território aos Estados Unidos. “Isso não vai acontecer”, declarou o ministro da Defesa, Troels Lund Poulsen, à emissora DR.

Lars Lokke Rasmussen, ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, também descartou qualquer chance de anexação. “A Gronelândia, a Dinamarca e os Estados Unidos têm interesses comuns na segurança do Ártico e estamos dispostos a trabalhar juntos, mas sempre dentro do nosso reino dinamarquês”, afirmou.

As declarações ocorrem dias antes das eleições legislativas da Gronelândia, marcadas para 11 de março. Desde 2009, o território possui um estatuto que reconhece seu direito à autodeterminação, embora ainda mantenha laços administrativos com a Dinamarca.

Interesses estratégicos no Ártico

A Gronelândia, maior ilha do mundo, possui cerca de 56 mil habitantes e uma localização estratégica no Ártico, o que desperta interesse global. Os Estados Unidos mantêm uma base militar no território desde 1951, como parte de um acordo de defesa com a Dinamarca. Além disso, a ilha possui vastas reservas de minerais raros e petróleo inexplorado, tornando-se um alvo estratégico para potências internacionais.

Trump já havia manifestado interesse na compra da Gronelândia em 2019, durante seu primeiro mandato, mas a proposta foi prontamente rejeitada por Copenhague e Nuuk. Agora, com uma nova investida, o governo gronelandês reafirma sua independência e reforça que o destino do território será decidido por seus próprios habitantes.

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