Entrevista com o Coronel Ulysses: Interesse Público e Segurança Pública
Sumário
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Interesse Público na Segurança e Justiça
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Valorização dos Profissionais de Segurança Pública
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Endurecimento das Leis Penais
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Fronteira do Acre e Combate ao Crime
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Operação Sussuarana e Produtores Rurais
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Liberdade de Expressão e Censura
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Considerações Finais
Interesse Público na Segurança e Justiça
O Coronel Ulysses, deputado federal pelo União Brasil do Acre, destacou o interesse público como pilar de sua atuação em entrevista ao Jornal das Doze da Rádio Cidade. Ele abordou um caso de acidente de trânsito que resultou na morte de três pessoas, onde o motorista não foi apresentado à delegacia, apesar de suas cobranças às autoridades. “Mas sim o interesse público e principalmente o interesse que a gente entende que não pode ocorrer, nem com ninguém da VIP, nem com qualquer outra pessoa que é atropelada, é morta, assassinada daquela maneira e simplesmente as autoridades policiais daquele momento não fizeram a apresentação daquela pessoa na delegacia,” afirmou Ulysses (13:02-13:25). Ele cobrou explicações do secretário de Segurança Pública e do diretor da Polícia Civil, resultando na abertura de um inquérito, ainda em andamento, conduzido pelo delegado Charles (nome a confirmar).
Ulysses criticou a liberação quase imediata do motorista, considerando que a Polícia Rodoviária Federal cometeu um erro de procedimento. Ele explicou que o procedimento padrão seria levar o responsável à delegacia para que o delegado, e não os agentes no local, decidisse sobre a liberação. A utilização de artigos do Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº 9.503/1997) foi considerada inadequada, prejudicando a apuração do caso.
Valorização dos Profissionais de Segurança Pública
Como presidente da frente parlamentar pela valorização dos profissionais de segurança pública, Ulysses propôs medidas para melhorar as condições de trabalho, especialmente dos vigilantes. Ele defendeu o porte de arma fora do serviço, argumentando que é incoerente permitir o uso de armas durante o trabalho, mas não em situações de risco, como no deslocamento para casa. “O primeiro é o porte de arma para que ele possa ter esse direito mesmo fora do serviço, porque ele, durante o serviço, ele está ali protegendo bens e pessoas,” disse (16:15-16:22).
Ele também defendeu o direito de cidadãos de bem possuírem armas para legítima defesa, criticando o Estatuto do Desarmamento por dificultar o acesso a armas enquanto criminosos permanecem armados. Ulysses mencionou o plebiscito de 2005, que mostrou apoio popular ao comércio de armas, mas foi contrariado por políticas desarmamentistas.
Endurecimento das Leis Penais
Ulysses defendeu o endurecimento das leis penais para combater a criminalidade, criticando a leniência do sistema atual. Ele citou o Projeto de Lei 714/2023 (a confirmar), que obriga juízes a decretarem prisão preventiva em casos de crimes hediondos ou reincidência, visando reduzir liberações em audiências de custódia. “Nós apresentamos agora uma lei que o juiz é obrigado a decretar a prisão preventiva no caso de crimes hediondos, crimes graves e se o meliante for reincidente,” afirmou (22:53-23:02).
Outra proposta é a redução da maioridade penal para 16 anos, argumentando que jovens dessa idade têm consciência de seus atos. Ele também propôs maior fiscalização de presos monitorados por tornozeleiras eletrônicas, destacando casos de violações sem consequências.
Fronteira do Acre e Combate ao Crime
Sobre a fronteira do Acre, uma rota significativa de tráfico de drogas e contrabando, Ulysses criticou a falta de políticas públicas eficazes. Ele mencionou um corte de 500 milhões de reais em recursos para estados fronteiriços, prejudicando o combate ao crime organizado. “Como é que a pessoa diz que está combatendo o crime na fronteira e corta 500 milhões?” questionou (39:01-39:07). Como deputado, ele afirmou ter destinado 60 milhões de reais em emendas para a segurança do Acre, superando os 30 milhões do governo federal.
Operação Sussuarana e Produtores Rurais
Ulysses classificou a Operação Sussuarana, conduzida pelo ICMBio, como “covarde” contra pequenos produtores rurais no Acre. Ele atribuiu a responsabilidade à ministra Marina Silva e ao governo federal, alegando que a operação perseguiu famílias que sustentam suas atividades com agricultura e pecuária. “A ordem veio do Lula e da Marina Silva,” afirmou (42:17-42:21). Ele protocolou um projeto de lei pedindo anistia para multas e embargos, além da devolução de bens confiscados, e criticou a falta de ordens judiciais claras na operação.
Liberdade de Expressão e Censura
O deputado abordou a liberdade de expressão, criticando o que considera uma “censura generalizada” por parte do governo federal e do STF. Ele apresentou um projeto para proteger parlamentares que fiscalizam outros poderes, reforçando imunidade parlamentar prevista na Constituição. “Nós apresentamos o projeto pra que isso não ocorra pra que exatamente haja a proteção que na verdade essa proteção já existe,” disse (34:52-34:59).
Considerações Finais
Ulysses agradeceu a oportunidade de falar sem censura e reforçou seu compromisso com o povo acreano. “O meu mandato não me pertence, ele pertence ao povo acreano,” afirmou (50:19-50:22). Ele destacou sua trajetória de 30 anos na segurança pública, prometendo continuar a lutar por honra, hierarquia e disciplina.
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