O café tem ganhado protagonismo na agricultura acreana. Em 2025, o estado deve registrar sua maior safra da história, com previsão de 4.921 toneladas colhidas da variedade canéfora (robusta), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção crescente coloca o Acre na 10ª posição entre os maiores produtores do país, ocupando também o segundo lugar no Norte, atrás apenas de Rondônia.
O avanço é resultado de uma combinação de fatores, como expansão da área cultivada, investimentos em tecnologia e uso de irrigação em regiões estratégicas. Em comparação com 2024, quando foram produzidas 3.079 toneladas em 1.115 hectares, a área de plantio saltará para 1.734 hectares neste ano. A produtividade média também impressiona: são 46 sacas de 60 quilos por hectare, índice superior ao de muitos estados tradicionais no cultivo do grão.
Acrelândia, no interior do estado, desponta como principal município produtor. Responsável por mais da metade da produção estadual, o município é referência em produtividade e inovação no campo. Ao todo, 19 dos 22 municípios acreanos já integram a cadeia produtiva do café, que tem atraído a atenção de compradores nacionais e internacionais, especialmente em eventos voltados para cafés especiais.
A produção irrigada tem se mostrado um diferencial importante. Em 2023, áreas com esse sistema renderam 764 toneladas em 141 hectares, enquanto cultivos sem irrigação responderam por 2.101 toneladas em 882 hectares. A cotação atual da saca beneficiada varia entre R$ 1.930 e R$ 1.940, o que garante renda significativa ao produtor e movimenta a economia de várias cidades do interior.
Desde 2019, quando o Acre colheu 2.057 toneladas, o crescimento tem sido constante. A trajetória ascendente da cafeicultura no estado demonstra o potencial de uma atividade que antes era tímida e hoje se consolida como motor de desenvolvimento rural.
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