César Tralli, âncora do Jornal Hoje, da TV Globo, concluiu uma semana intensa de cobertura jornalística no Vaticano, onde acompanhou os desdobramentos da morte e do funeral de Papa Francisco, falecido aos 88 anos em 21 de abril de 2025. O jornalista, que viajou às pressas para Roma, compartilhou neste domingo, 27 de abril, uma mensagem emocionada nas redes sociais, anunciando seu retorno ao Brasil. Em frente à Basílica de Santa Maria Maggiore, onde o pontífice foi sepultado, Tralli refletiu sobre a experiência, destacando a importância do respeito e do amor ao próximo. A cobertura, marcada por entradas ao vivo em diversos programas da Globo, mobilizou uma equipe robusta e atraiu a atenção de milhões de telespectadores no Brasil e no mundo.
A viagem de Tralli começou na segunda-feira, 21 de abril, quando ele embarcou para a capital italiana, horas após o anúncio da morte de Papa Francisco, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC), seguido de coma e colapso cardiocirculatório. Desde sua chegada, o jornalista mergulhou em uma rotina exaustiva, iniciando os trabalhos às 6h da manhã no horário local, cinco horas à frente de Brasília. Ele relatou a comoção na Praça de São Pedro, repleta de fiéis, turistas e imprensa internacional, todos reunidos para prestar homenagens ao líder da Igreja Católica.
A cobertura da Globo, sob a liderança de Tralli, foi planejada para oferecer uma visão abrangente do evento histórico. Além do Jornal Hoje, o jornalista participou de entradas ao vivo nos programas Mais Você, Encontro e telejornais locais, além de contribuir para o Jornal Nacional. A emissora destacou a dimensão humana de Papa Francisco, enfatizando seus gestos de solidariedade e sua conexão com os mais vulneráveis.
- Mobilização da Globo: A emissora enviou profissionais de São Paulo, Rio de Janeiro e Londres, além de contar com a correspondente Ilze Scamparini em Roma.
- Foco na narrativa humana: Tralli priorizou histórias de fé e compaixão, como a de uma jovem voluntária que o marcou com suas palavras.
- Audiência expressiva: A cobertura especial alcançou milhões de brasileiros, reforçando a relevância do evento.
Uma jornada de desafios e emoções
A rotina de Tralli em Roma foi marcada por longas jornadas e uma agenda repleta de compromissos. Ele descreveu a Praça de São Pedro como um ponto de convergência global, onde pessoas de diferentes origens se uniam para celebrar a memória de Papa Francisco. O jornalista visitou locais significativos, como a Basílica de Santa Maria Maggiore, escolhida pelo próprio pontífice para ser seu resting place final, um pedido que simbolizava sua simplicidade e devoção.
Durante a cobertura, Tralli enfrentou o desafio de traduzir a complexidade do momento para o público brasileiro. A morte de um papa é um evento raro, e o funeral de Francisco, realizado em 26 de abril, foi acompanhado por cerca de 200 mil pessoas na Praça de São Pedro, além de líderes mundiais, incluindo o príncipe William, que representou o Reino Unido. A cerimônia, presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, foi transmitida em 15 idiomas pela Vatican News, com imagens aéreas e terrestres captadas pelo Centro Televisivo Vaticano.
A experiência de Tralli também foi marcada por interações com o público. Ele relatou encontros com fiéis, turistas e voluntários, como uma adolescente de 15 anos que ajudava idosos durante o funeral. A frase dela, “Não é sobre religião. É sobre ter amor no coração”, tornou-se um dos pontos altos de sua reflexão final, publicada nas redes sociais antes de deixar Roma.
O peso de um evento histórico
A morte de Papa Francisco, aos 88 anos, representou um marco para a Igreja Católica e para o mundo. O pontífice, conhecido por sua humildade e defesa dos pobres, faleceu após complicações de saúde que incluíram um AVC, coma e falência cardiocirculatória, conforme informado pelo Vaticano. Sua decisão de não ser intubado, expressa durante sua última internação, refletiu sua aceitação serena do fim da vida.
O funeral, realizado na Praça de São Pedro, foi um evento de proporções globais. A missa exequial, iniciada às 10h do horário local, foi acompanhada por cânticos e aplausos, enquanto o caixão do papa era levado em procissão até a Basílica de Santa Maria Maggiore. A escolha desse local para o sepultamento, fora do Vaticano, foi uma raridade na história recente da Igreja, comparável apenas a eventos como o funeral de João Paulo II, em 2005.
A cobertura jornalística exigiu de Tralli e sua equipe um equilíbrio entre a transmissão de fatos e a captura da emoção do momento. Ele destacou a mobilização da Globo, que envolveu repórteres como Ilze Scamparini, conhecida por suas reportagens nos telhados do Vaticano, e Murilo Salviano, correspondente em Londres. A emissora superou o impacto inicial de ter sido superada pelo SBT no furo da notícia da morte do papa, reforçando sua presença com uma equipe robusta.
- Cronologia da cobertura:
- 21 de abril: Tralli embarca para Roma após o anúncio da morte.
- 22 a 25 de abril: Entradas ao vivo e reportagens na Praça de São Pedro.
- 26 de abril: Transmissão do funeral e sepultamento.
- 27 de abril: Tralli anuncia retorno ao Brasil.
O papel de Tralli na narrativa global
César Tralli emergiu como uma figura central na cobertura da Globo, sendo comparado por internautas a William Bonner, que cobriu eventos papais anteriores. Sua escolha para liderar a transmissão reflete a confiança da emissora em sua capacidade de combinar rigor jornalístico com sensibilidade. Ele esteve presente em momentos-chave, como a visita à Basílica de Santa Maria Maggiore, onde relatou a importância do local para Papa Francisco.
A cobertura também destacou a relevância do conclave, o processo de escolha do novo papa, que Tralli acompanhou até os preparativos finais. Embora o Vaticano ainda não tenha divulgado detalhes sobre a data exata do conclave, a expectativa é que ele ocorra nos dias seguintes ao período de luto de nove dias, conforme a tradição católica. Tralli informou sobre o papel do cardeal camarlengo, Kevin Joseph Farrell, responsável por gerenciar a transição na Santa Sé.
A presença de Tralli em Roma coincidiu com a de outros grandes nomes do jornalismo internacional. A CNN Brasil, por exemplo, enviou Márcio Gomes e Américo Martins para a cobertura, enquanto a Vatican News ofereceu transmissões em 56 idiomas, incluindo línguas de sinais. A escala do evento reforçou a importância de uma narrativa precisa e humana, algo que Tralli buscou em suas reportagens.
Reflexões de uma cobertura inesquecível
Ao anunciar seu retorno ao Brasil, Tralli compartilhou uma mensagem de gratidão à equipe que o acompanhou. Ele enfatizou a importância do trabalho coletivo, afirmando que “não somos nada sozinhos”. A cobertura envolveu produtores, cinegrafistas, editores e correspondentes, todos mobilizados para entregar ao público brasileiro uma visão completa do evento.
A experiência em Roma também deixou marcas pessoais no jornalista. Ele descreveu a energia única da Praça de São Pedro, onde a presença de fiéis e turistas criava uma atmosfera de respeito e reflexão. A interação com a jovem voluntária, cuja frase sobre o amor no coração ressoou profundamente, simbolizou para Tralli o impacto universal de Papa Francisco.
A cobertura de Tralli não se limitou a relatar fatos. Ele buscou captar a essência do legado de Francisco, um papa que se destacou por sua proximidade com os marginalizados e por gestos como a recusa de tratamentos invasivos no fim da vida. A escolha da Basílica de Santa Maria Maggiore como local de sepultamento, por exemplo, foi apresentada por Tralli como um reflexo da simplicidade do pontífice.
- Lições da cobertura:
- A importância de ouvir histórias humanas, como a da jovem voluntária.
- O desafio de cobrir um evento global em tempo real.
- A força do jornalismo colaborativo em momentos históricos.
O impacto da cobertura no Brasil
No Brasil, a morte de Papa Francisco e a cobertura de Tralli geraram grande repercussão. A Globo, principal emissora do país, alcançou altos índices de audiência com suas transmissões especiais. Programas como o Jornal Nacional, que contou com a participação de Tralli, reforçaram a narrativa de um papa que deixou um legado de compaixão e luta por justiça social.
A presença de Tralli em Roma também foi acompanhada de perto nas redes sociais, onde ele compartilhou vídeos e fotos dos bastidores. Sua esposa, Ticiane Pinheiro, revelou que assistiu às reportagens durante um encontro com amigas, destacando o orgulho pela dedicação do marido. A interação com o público nas redes reforçou a conexão de Tralli com os telespectadores, que elogiaram sua sensibilidade e profissionalismo.
A cobertura da Globo competiu com outras emissoras, como a CNN Brasil, que também enviou jornalistas para Roma. No entanto, a presença de Tralli, aliado à experiência de Ilze Scamparini, garantiu à Globo uma posição de destaque na narrativa do evento. A emissora investiu em uma estrutura robusta, com equipes de diferentes cidades e correspondentes internacionais.
O legado de Papa Francisco e o futuro da Igreja
A morte de Papa Francisco marcou o fim de um pontificado que transformou a Igreja Católica. Durante seus 12 anos como papa, Francisco defendeu causas como a proteção ambiental, a acolhida de refugiados e a luta contra a desigualdade. Sua decisão de ser sepultado fora do Vaticano, na Basílica de Santa Maria Maggiore, foi vista como um gesto de humildade, alinhado com sua trajetória.
O conclave, que escolherá o próximo papa, será um dos eventos mais aguardados pelos católicos. Tralli, ao cobrir os preparativos, destacou a importância do cardeal camarlengo e do Colégio Cardinalício, que reúne cardeais de todo o mundo. A expectativa é que o novo papa enfrente desafios como a secularização, as tensões internas na Igreja e a necessidade de manter o diálogo inter-religioso.
A cobertura de Tralli ofereceu ao público brasileiro uma janela para esse momento de transição. Ele relatou a presença de líderes mundiais no funeral, como o príncipe William, e a mobilização de fiéis, que lotaram a Praça de São Pedro desde a madrugada. A transmissão do evento, com imagens aéreas e detalhes da procissão, reforçou a grandiosidade do momento.
- Próximos passos na Igreja Católica:
- Período de luto de nove dias, iniciado em 26 de abril.
- Convocação do conclave para eleger o novo papa.
- Discussões sobre o futuro da Igreja em um mundo em transformação.
A volta ao Brasil com lições de vida
Ao embarcar de volta ao Brasil, Tralli levou consigo não apenas a experiência jornalística, mas também lições de vida. Ele destacou a energia positiva que recebeu em Roma, marcada por abraços, sorrisos e olhares de compaixão. Sua mensagem final, publicada no Instagram, reforçou a ideia de que o respeito ao próximo é um caminho para a paz e a tolerância.
A cobertura do funeral de Papa Francisco consolidou Tralli como um dos principais nomes do jornalismo brasileiro. Sua capacidade de transmitir emoção sem perder a objetividade foi elogiada por colegas e telespectadores. A Globo, por sua vez, reforçou sua posição como referência em coberturas internacionais, entregando ao público uma narrativa rica e envolvente.
A experiência em Roma também teve um impacto pessoal para Tralli. Ele agradeceu à equipe que o acompanhou, destacando a importância do trabalho em grupo. A frase da jovem voluntária, que resumiu o espírito do evento, permanecerá como um lembrete do poder do amor e da solidariedade, valores que Papa Francisco defendeu ao longo de sua vida.
A cobertura como marco jornalístico
A mobilização da Globo para cobrir a morte de Papa Francisco foi um exemplo de jornalismo em grande escala. A emissora reuniu profissionais de diferentes áreas, desde repórteres até técnicos, para garantir uma transmissão impecável. Tralli, como âncora principal, desempenhou um papel central, coordenando entradas ao vivo e reportagens em tempo real.
A escolha de Tralli para liderar a cobertura reflete sua trajetória na Globo, onde ele já apresentou programas como o SPTV e o Edição das 18h, na GloboNews. Sua experiência em coberturas internacionais, aliada à sua habilidade de comunicação, fez dele a escolha ideal para um evento de tamanha relevância.
A cobertura também destacou a importância do jornalismo em momentos de crise e transição. A morte de um papa é um evento que transcende fronteiras, unindo pessoas de diferentes crenças e culturas. Tralli e sua equipe conseguiram captar essa universalidade, oferecendo ao público uma visão completa do impacto de Papa Francisco.
- Destaques da cobertura da Globo:
- Entradas ao vivo em múltiplos programas, alcançando diferentes públicos.
- Colaboração com correspondentes internacionais, como Ilze Scamparini.
- Foco na dimensão humana, com histórias de fiéis e voluntários.
O futuro do jornalismo após Roma
A experiência de Tralli em Roma levanta questões sobre o futuro do jornalismo em coberturas internacionais. Em um mundo cada vez mais conectado, a capacidade de transmitir eventos em tempo real é essencial. A Globo, com sua estrutura robusta, demonstrou estar preparada para esse desafio, mas a concorrência com outras emissoras, como a CNN Brasil, exige inovação constante.
A cobertura do funeral de Papa Francisco também reforçou a importância das redes sociais no jornalismo. Tralli usou o Instagram para compartilhar bastidores, aproximando-se do público de forma direta. Essa interação, aliada à transmissão tradicional, criou uma experiência multimídia que engajou diferentes gerações.
Para Tralli, a volta ao Brasil marca o fim de uma jornada, mas o início de novas reflexões. Sua mensagem final, com a citação da jovem voluntária, resume o espírito da cobertura: um jornalismo que informa, mas também inspira. A frase “Não é sobre religião. É sobre ter amor no coração” ecoa como um convite à empatia, um valor que transcende fronteiras e crenças.