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Banco do Brasil na corda bamba com inadimplência recorde no agronegócio

“Colheitadeira parada em lavoura, simbolizando a crise de inadimplência no agronegócio brasileiro em 2025.”

“Colheitadeira parada em lavoura, simbolizando a crise de inadimplência no agronegócio brasileiro em 2025.”

Maior financiador do setor rural enfrenta calote histórico em 2025, com 20 mil produtores em atraso. Clima adverso, juros altos e insumos caros formam a tempestade perfeita no campo.

“Fachada do Banco do Brasil, instituição que enfrenta inadimplência recorde no crédito rural.”

Crise no coração do crédito rural

O Banco do Brasil, maior agente financiador do agronegócio, enfrenta em 2025 o que já é considerado o maior índice de inadimplência da sua história no setor. A taxa de calote chegou a 3,49% no segundo trimestre, contra 1,32% no mesmo período de 2024, segundo dados da própria instituição.

O número chama atenção: 20 mil produtores rurais deixaram de honrar suas dívidas, muitos deles com histórico de bom pagador até o fim de 2023.

As causas do calote

Especialistas apontam três fatores combinados:

O resultado é um setor que já responde por mais de 25% do PIB brasileiro operando sob forte estresse financeiro.

Impactos para o Banco do Brasil

A crise derrubou a rentabilidade do banco no segmento rural e acendeu alerta em Brasília. O CEO do BB admitiu publicamente que o impacto só deve ser amenizado no 4º trimestre, caso as condições climáticas e os preços das commodities melhorem.

Enquanto isso, há risco de efeito cascata: cooperativas de crédito, fornecedores de insumos e até transportadoras sentem o baque da inadimplência crescente.

O que está em jogo

O cenário reforça a fragilidade do modelo atual de financiamento rural, ainda muito dependente de safras volumosas e do crédito subsidiado. Sem uma política robusta de seguro agrícola e de diversificação de riscos, tanto produtores quanto instituições financeiras ficam expostos à volatilidade do mercado.

Analistas ouvidos por veículos de economia alertam: se a inadimplência continuar subindo, pode respingar no próprio PIB agropecuário e comprometer a balança comercial em 2026.

Conclusão

O episódio mostra que o agronegócio brasileiro, apesar de ser tratado como “motor” da economia, não é blindado contra crises climáticas e financeiras. O Banco do Brasil está no epicentro da turbulência: se os produtores não pagam, o banco não roda; e se o banco trava, o campo paralisa.

O caso da inadimplência recorde é um sinal de alerta: o agro brasileiro não é eterno campeão invicto — também sangra quando o clima vira e o crédito aperta.


✍️ Por Eliton Lobato Muniz — Cidade AC News
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