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XP reporta em linha; eficiência bate recorde, mas ‘new money’ desacelera

A XP reportou um quarto tri com crescimento na receita e melhora da rentabilidade, o que levou ao melhor índice de eficiência da história da companhia. Por outro lado, houve uma desaceleração no ‘net new money’, com a XP captando menos recursos no varejo. 

A corretora de Guilherme Benchimol cresceu a receita líquida em 11% para R$ 4,4 bilhões, com o varejo crescendo 13%. 

Num cenário de juros a 14%, a receita do varejo foi puxada pela renda fixa, que cresceu 43% para R$ 985 milhões. Mas com a Bolsa praticamente morta nos últimos anos, a receita de renda variável caiu 15% para R$ 1 bilhão — o equivalente a 28% do total, um low histórico. A expansão dos novos produtos da empresa também ajudou, com a receita de cartões, crédito e seguros subindo 9%, 79% e 27%, respectivamente. 

“Existia uma grande dúvida em relação à nossa capacidade de entregar crescimento num ambiente de aumento de juros, porque sempre fomos muito relacionados a uma casa de equity,” o CFO Victor Mansur disse ao Brazil Journal. “Mas mostramos que estamos on track para entregar nosso guidance.”

O executivo disse que a XP desenvolveu capacidade em renda fixa nos últimos anos, o que tem compensado a retração em equities e multimercados. 

“Ganhamos espaço em DCM, no mercado de emissões, e conseguimos crescer muito no secundário, com a adaptabilidade de sistemas e uma capacidade tecnológica maior de propor o giro de carteira dos clientes,” disse o executivo.

Para fugir da sazonalidade desse mercado, a XP tem usado seu balanço para estocar títulos de renda fixa, que depois são distribuídos para sua base nos momentos de baixa das emissões.

“No segundo tri, a gente estocou bastante para vender no terceiro tri. Agora, estocamos de novo. Aumentando em mais de R$ 9 bi nosso portfólio, aproveitando o movimento de fechamento de spread em novembro. E queremos escoar tudo isso no primeiro tri de 2025,” disse o CFO. 

No quarto trimestre, a XP reportou um net new money de R$ 25 bilhões, dos quais R$ 20 bilhões vieram do varejo. 

O número é inferior ao do terceiro e segundo trimestres, quando a XP havia reportando um net new money ao redor de R$ 30 bi, com R$ 25 bi no varejo. No quarto tri de 2023 e no primeiro tri do ano passado, no entanto, o cenário era pior, com a captação líquida tendo desabado para ao redor de R$ 15 bilhões. 

O CFO disse que a meta da XP para este ano é manter o net new money do varejo ao redor de R$ 20 bilhões. 

“Seguimos muito confiantes com esse nível de captação, que é um patamar que consideramos confortável,” disse ele. 

No cenário atual, a vasta maioria da captação está vindo de renda fixa e da conta global da XP — uma dinâmica que deve se manter ao longo do ano. 

No quarto trimestre, a XP reportou um EBT de R$ 1,289 bilhões, em linha com as projeções do sellside. A margem EBT foi de 28,7%, um aumento de 413 basis points ano contra ano e de 66 bps no sequencial. O lucro líquido foi de R$ 1,2 bi, com um ROE de 23,4%.

(O ROE da XP não é comparável com o dos bancos porque ela reporta seus números no IFRS 17, enquanto os bancos brasileiros reportam no BR GAAP. Segundo o CFO, se reportasse no BR GAAP, o ROE da XP seria mais próximo de 25%). 

A companhia tem surfado uma forte alavancagem operacional, com as receitas crescendo mais que as despesas. 

No trimestre, as despesas administrativas cresceram apenas 2% ano contra ano e 4% na comparação com o terceiro tri. Mansur disse que a companhia tem se mantido muito disciplinada em custos e que em 2025 o objetivo é melhorar ainda mais o índice de eficiência, que já atingiu o melhor nível da história da companhia no quarto trimestre (34,7%).

O executivo disse ainda que a XP está se comprometendo a crescer a duplo dígito nas receitas este ano e que a companhia pretende manter um payout de mais de 50% do lucro líquido, depois de ter retornado 70% do lucro aos acionistas este ano.

Parte da melhora da rentabilidade tem a ver com os novos produtos de XP. Apesar de nem todos já terem chegado ao breakeven, o consolidado desses sete produtos (cartões, crédito, seguros, previdência, conta digital, conta global e câmbio) já está dando um pequeno lucro, depois de dois anos no negativo.

A expectativa da companhia é que esse lucro cresça muito em 2025, contribuindo para a melhora da margem EBT e o atingimento do guidance da companhia para 2026.

O guidance da XP para o final de 2026 é atingir uma receita bruta entre R$ 22,8 bilhões e R$ 26,8 bilhões e uma margem EBT de 30% a 34%. 

A XP vale US$ 8,10 bilhões na Nasdaq, depois de sua ação cair mais de 40% nos últimos 12 meses. 

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