Pois bem…
De PEC polêmica a prefeito fantasma, a Coluna do Ton revela como a política acreana virou tragicomédia digna de reality show.
No Acre, a política parece novela ruim que não acaba nunca: cada capítulo mais improvável que o anterior. Nesta semana, desfilaram no palco a PEC que transforma golpe em piada oficial, senador brincando de lobista americano, prefeito em modo fantasma e vereadores que tratam o plenário como rodízio de fast-food. Entre jatinhos virando marketing, candidatos brotando do nada e partidos jogando xadrez de raposa, o eleitor segue pagando a conta desse show bizarro.
A PEC do “passa pano”
Inventaram uma PEC que anistia golpista de ontem e já libera o golpe de amanhã. É tipo cheque em branco pra malandro. STF já afia a guilhotina. Quem apostar nessa maluquice vai virar piada nacional — e ainda vai pagar caro pela ousadia.
🔗 Leia também: Bolsonaro e o debate da anistia
Alan Rick e o sonho americano

O senador parece mais preocupado com Washington do que com Rio Branco. Fala como se o Brasil fosse 51º estado dos EUA. Tarifaço do Trump virou chantagem barata e Mourão, ao discordar, ganhou selo de “comunista”. Quando a caricatura supera a realidade, é porque o discurso virou stand-up.
🔗 Externo: Instagram Alan Rick
O governo contra Alan: ringue armado
Alan resolveu brincar de opositor e descobriu que cargo de confiança tem dono: o governador. Agora posa de vítima, mas entrou na briga sozinho. Vai apanhar até 2026, e não adianta chorar. Quem desafia o Palácio precisa de casco grosso, e o dele ainda é de vidro.
Bocalom: político de fumaça
Prefeito que não se assume candidato é igual carro sem gasolina: ocupa espaço, mas não anda. Aliados já migram pro lado do Alan. Bocalom virou figurante da própria reeleição. Campanha sem convicção é convite ao esquecimento.
🔗 Externo: Prefeitura de Rio Branco
Eduardo Veloso, o otimista
Veloso ensaia candidatura ao Senado, mas a direita acreana parece feira de domingo: cada barraca grita mais alto. Enquanto isso, Jorge Viana corre leve e solto pela esquerda. A divisão da base rival é presente que nem Papai Noel entregaria com tanto capricho.
🔗 Interno: Eduardo Veloso em destaque
Jatinho como palanque
Alan jurou que, se eleito, avião do governo só leva doente. Bonito na teoria, mas o timing entrega: slogan pronto de campanha. É a ruptura transformada em marketing eleitoral. Quem diz que não é oposição, que procure um dicionário.
Câmara dos 26 minutos
Sessão relâmpago. Vinte e seis minutos de nada. Nove vereadores apareceram, o resto evaporou. A Câmara virou rodapé da Prefeitura. Quem tenta reagir é meia dúzia, mas a maioria trata política como reunião de condomínio: presença facultativa, interesse zero.
🔗 Interno: Notícias de Rio Branco
Ficha Limpa versão patch
Os três senadores acreanos votaram pelo remendo na Ficha Limpa. Não mataram a lei, só adaptaram pro cliente. No Brasil, lei tem CPF, CNPJ e endereço certo. O eleitor? Continua comendo poeira e acreditando em papai noel institucional.
🔗 Externo: Senado – Lei da Ficha Limpa
MDB no modo raposa
O MDB finge neutralidade, mas já riscou PT e Bocalom da lista. Mailza e Alan seguem como opção de noivado. O partido só observa, deixa os outros se estapearem e chega no fim pra colher a noiva cansada. Velha tática de raposa: esperar o galinheiro se distrair.
🔗 Externo: MDB Nacional
O fecho do Ton
No Acre, política é um show de horrores com risada de plateia. Tem PEC que legaliza golpe, senador que sonha com visto americano, prefeito que foge de ser candidato, deputado com coragem maior que a base, jatinho virando comício, vereadores que somem, leis sob medida e MDB de pescador: lança a rede só quando a briga acalmar. Quem acha que isso é democracia saudável tá confundindo remédio com placebo.
Por Eliton Lobato Muniz — Cidade AC News
📲 Baixe os apps do grupo: App Apple Store | App Android Store
📰 Leia Notícias: cidadeacnews.com.br
📻 Rádio Ao Vivo: radiocidadeac.com.br





