A sertaneja Yasmin Santos, aos 27 anos, transformou sua vida ao perder 62 quilos em pouco mais de um ano com a cirurgia bariátrica do tipo sleeve, um procedimento que remove parte do estômago e é considerado menos invasivo que a técnica tradicional. Antes pesando 120 quilos, ela agora exibe 58 quilos na balança, resultado que trouxe não apenas benefícios estéticos, mas também uma melhora significativa em sua saúde e disposição para os palcos. Em entrevista recente, a cantora destacou que a decisão, inicialmente motivada por questões de saúde, acabou impactando positivamente sua autoestima, enquanto um médico especialista em obesidade aponta os prós e contras desse método que vem ganhando popularidade entre pacientes que buscam emagrecer de forma expressiva.
Passados 16 meses desde a cirurgia, Yasmin Santos celebra uma rotina renovada. A técnica sleeve, realizada sem cortes abertos, apenas com pequenas incisões, permitiu que ela eliminasse mais da metade de seu peso inicial, algo que, segundo ela, mudou sua qualidade de vida. “Eu fiz totalmente por saúde, mas você vê o seu corpo mudando, também vai gostando do que vê”, declarou a artista, que hoje se sente mais confiante tanto em suas apresentações quanto na vida pessoal. Contudo, o processo exige cuidados rigorosos, e especialistas reforçam que os resultados dependem de disciplina e acompanhamento contínuo, além de trazerem riscos que nem sempre são amplamente discutidos.
Adalho Fregona, médico especializado em emagrecimento e pós-graduado em obesidade, explica que a cirurgia sleeve oferece vantagens notáveis, mas não é isenta de desafios. Ele aponta que o procedimento pode levar à perda de 50% a 70% do excesso de peso nos primeiros dois anos, além de reduzir o risco de doenças como diabetes tipo 2, hipertensão e apneia do sono. Comparada à técnica bypass, conhecida como bariátrica tradicional, a sleeve apresenta menor risco cirúrgico, o que a torna atraente para pacientes como Yasmin. No entanto, o sucesso a longo prazo exige mais do que a intervenção no estômago: mudanças no estilo de vida e suporte profissional são fundamentais para evitar complicações.
- Benefícios da técnica sleeve:
- Perda de 50% a 70% do excesso de peso em até dois anos.
- Redução de riscos de doenças crônicas associadas à obesidade.
- Menor complexidade cirúrgica em relação ao bypass.
Uma transformação além da balança
Yasmin Santos não esconde a felicidade com os resultados alcançados. “Foi a melhor decisão da minha vida”, afirmou ao relatar como a cirurgia trouxe mais energia para seus shows e um novo olhar sobre si mesma. Antes do procedimento, os 120 quilos representavam um peso físico e emocional que limitava sua disposição. Hoje, com 58 quilos, ela vive uma fase de leveza e bem-estar, algo que vai além da estética. A cantora sertaneja, que ganhou destaque no cenário musical com hits como “Saudade Nível Hard”, agora inspira fãs ao compartilhar sua jornada de emagrecimento, mas especialistas alertam que histórias como a dela demandam contexto para não gerar expectativas irreais.
O médico Adalho Fregona enfatiza que o emagrecimento promovido pela bariátrica vai muito além da perda de quilos. A redução do peso corporal melhora a autoestima, o bem-estar e, principalmente, a saúde geral do paciente. No caso de Yasmin, a técnica sleeve foi escolhida por sua abordagem menos invasiva, utilizando apenas pequenos “furinhos” no abdômen, o que reduz o tempo de recuperação e os riscos imediatos. Ainda assim, ele destaca que o procedimento é apenas o primeiro passo de um processo longo e complexo, que exige adaptação a uma nova realidade alimentar e emocional.
Os desafios da cirurgia sleeve
Apesar dos elogios de Yasmin ao método, a cirurgia bariátrica sleeve não é uma solução mágica. O especialista explica que a técnica altera permanentemente a capacidade do estômago, reduzindo-o a cerca de 15% de seu tamanho original, o que limita a quantidade de alimentos ingeridos e modifica a absorção de nutrientes. Isso traz benefícios rápidos, mas também impõe desafios. A suplementação de vitaminas e minerais, como ferro, vitamina B12, zinco, cálcio e vitamina D, torna-se essencial para evitar deficiências nutricionais, que podem se manifestar em fadiga, anemia ou até problemas ósseos se não forem tratadas adequadamente.
Para pacientes como Yasmin, o acompanhamento pós-cirúrgico é tão crucial quanto a própria cirurgia. A necessidade de suplementação pode ir além de comprimidos, exigindo, em alguns casos, aplicações injetáveis ou intravenosas, especialmente de vitamina B12 e ferro. A falta de adesão a essas recomendações pode comprometer os ganhos iniciais, levando a complicações que afetam a saúde a médio e longo prazo. O médico reforça que a rotina de cuidados é permanente, algo que muitos pacientes subestimam ao optar pelo procedimento.
Riscos emocionais em destaque
Além das questões físicas, a bariátrica sleeve traz desafios emocionais que nem sempre recebem a devida atenção. Pacientes que passam pelo procedimento têm maior propensão a desenvolver depressão e até tendências suicidas, especialmente aqueles com histórico de fragilidade psicológica. O especialista aponta que o tabagismo, o alcoolismo e o uso de drogas podem surgir como formas de compensação para a ansiedade ou como resposta a uma adaptação mal gerenciada à nova realidade corporal e social.
No caso de Yasmin Santos, que não relatou publicamente problemas emocionais, o sucesso da cirurgia parece estar ligado a uma transição bem-sucedida. Porém, o médico alerta que cada paciente é único, e o acompanhamento psicológico deve ser uma prioridade antes e depois do procedimento. A mudança drástica no corpo pode gerar pressões externas e internas, como a expectativa de manter o peso ou lidar com a percepção alterada de si mesmo, o que exige suporte profissional para evitar transtornos como compulsão alimentar ou isolamento.
O perigo do reganho de peso
Um dos maiores temores para quem passa pela bariátrica é o chamado “regain”, ou reganho de peso. Estudos mostram que a maioria dos pacientes começa a recuperar parte do peso perdido entre dois e cinco anos após a cirurgia, mesmo após resultados expressivos como os de Yasmin. Fatores como sedentarismo, retorno a hábitos alimentares inadequados, alterações hormonais e falta de acompanhamento psicológico são os principais responsáveis por esse fenômeno, que pode frustrar os ganhos iniciais e trazer de volta os problemas de saúde associados à obesidade.
O médico explica que o estômago, mesmo reduzido, pode se adaptar com o tempo, permitindo a ingestão de maiores quantidades de comida se o paciente não mantiver a disciplina. No caso da sleeve, a ausência de alterações no intestino, como ocorre no bypass, faz com que o controle alimentar dependa ainda mais do comportamento do indivíduo. Para Yasmin, que está a pouco mais de um ano da cirurgia, o desafio será manter os 58 quilos nos próximos anos, algo que exige vigilância constante e apoio de uma equipe multidisciplinar.
- Fatores que contribuem para o reganho:
- Sedentarismo e falta de exercícios regulares.
- Retorno a dietas ricas em calorias e pobres em nutrientes.
- Desajustes hormonais e ausência de suporte psicológico.
A importância do acompanhamento multidisciplinar
Evitar os riscos da bariátrica exige mais do que força de vontade. Uma equipe composta por endocrinologistas, cirurgiões, nutricionistas e psicólogos é essencial para garantir o sucesso a longo prazo. O endocrinologista ajusta os níveis hormonais e monitora deficiências nutricionais, enquanto o nutricionista orienta a alimentação para atender às novas necessidades do corpo. Já o psicólogo ajuda a lidar com a ansiedade e prevenir transtornos emocionais, que podem surgir ou se intensificar no pós-operatório.
Yasmin Santos, por enquanto, parece estar no caminho certo. Sua disposição para shows e a satisfação com o corpo sugerem que ela tem seguido as orientações necessárias. No entanto, o médico reforça que o tratamento da obesidade é crônico e multifatorial, exigindo cuidados contínuos. A suplementação, os exercícios e a atenção à saúde mental são pilares que sustentam os 62 quilos eliminados, e qualquer descuido pode comprometer o progresso alcançado.
Uma nova fase para Yasmin Santos
Aos 27 anos, Yasmin Santos vive um momento de renovação. A perda de 62 quilos não apenas aliviou os problemas de saúde que a levaram à cirurgia, mas também abriu portas para uma relação mais positiva com sua imagem. “Me sinto muito feliz, qualidade de vida, disposição para show”, declarou a sertaneja, que agora aproveita os palcos com mais energia. A escolha pela técnica sleeve, menos invasiva, foi um acerto para sua rotina agitada, permitindo uma recuperação mais rápida e um retorno precoce às atividades.
A motivação inicial de Yasmin foi a saúde, mas os ganhos estéticos se tornaram um bônus que ela não esperava valorizar tanto. “Você vai se apegando na estética, fala: estou gostando do que estou vendo”, admitiu. Essa junção de benefícios reflete o potencial transformador da bariátrica, mas também serve como lembrete de que o processo não termina na sala de cirurgia. A disciplina que a cantora mantém hoje será testada ao longo dos anos, especialmente diante dos desafios que o reganho de peso pode impor.
O impacto da sleeve no combate à obesidade
A técnica sleeve tem se tornado uma das opções mais populares entre os procedimentos bariátricos, especialmente por sua simplicidade em comparação ao bypass. Enquanto o bypass redireciona o trato digestivo, a sleeve apenas reduz o estômago, o que diminui os riscos cirúrgicos e as complicações imediatas. Para pacientes com obesidade severa, como Yasmin antes da cirurgia, o método oferece uma alternativa eficaz, com perdas de peso que podem chegar a 70% do excesso em dois anos.
No Brasil, a obesidade afeta cerca de 20% da população adulta, segundo dados recentes, e a cirurgia bariátrica é uma ferramenta crescente no combate a essa condição. A escolha de Yasmin pela sleeve reflete uma tendência: em 2023, o número de procedimentos desse tipo aumentou 15% em relação ao ano anterior, impulsionado por sua eficácia e menor invasividade. Ainda assim, o sucesso depende de um comprometimento que vai além da operação, algo que a sertaneja parece ter compreendido.
Cuidados essenciais no pós-operatório
Após a cirurgia, o corpo passa por uma adaptação intensa. A redução do estômago exige uma dieta inicial líquida, que evolui para alimentos pastosos e, finalmente, sólidos, mas em porções muito menores. A suplementação de nutrientes é obrigatória, já que a absorção de vitaminas e minerais fica comprometida. Para Yasmin, que eliminou 62 quilos em 16 meses, seguir essas etapas foi essencial para chegar aos 58 quilos atuais sem prejudicar sua saúde.
O acompanhamento psicológico também ganha destaque no pós-operatório. A mudança no corpo pode gerar euforia inicial, mas também ansiedade e até insatisfação se as expectativas não forem alinhadas. Pacientes que não trabalham essas questões correm o risco de substituir a comida por outros vícios, como álcool ou cigarro, algo que o médico Adalho Fregona observa com frequência em sua prática. A história de Yasmin, até agora, é um exemplo positivo, mas o futuro dependerá de sua consistência.
Yasmin como inspiração e alerta
A jornada de Yasmin Santos tem inspirado fãs e chamado a atenção para a cirurgia bariátrica como uma opção viável contra a obesidade. Sua perda de 62 quilos em pouco mais de um ano mostra o potencial da técnica sleeve, mas também traz à tona os cuidados que devem acompanhá-la. O médico reforça que o caso da sertaneja é um lembrete de que o procedimento é apenas o início de um tratamento contínuo, que exige responsabilidade e autocuidado para ser sustentável.
A sertaneja, que já enfrentou os desafios de pesar 120 quilos, agora colhe os frutos de uma decisão corajosa. A melhora na disposição para shows e a confiança renovada são conquistas que vão além dos números na balança. No entanto, o alerta do especialista é claro: sem acompanhamento, os riscos emocionais e o reganho de peso podem apagar esses ganhos, transformando a vitória inicial em um desafio permanente.
Cronograma da transformação de Yasmin
A trajetória de Yasmin Santos com a bariátrica sleeve segue um caminho que reflete os padrões do procedimento. Veja as etapas principais:
- Dezembro de 2023: Realização da cirurgia sleeve, com peso inicial de 120 quilos.
- Abril de 2025: 16 meses após o procedimento, Yasmin atinge 58 quilos, eliminando 62 quilos.
- Futuro: Monitoramento contínuo para evitar reganho de peso e complicações.
Esse calendário destaca a rapidez dos resultados, mas também a necessidade de vigilância nos próximos anos, especialmente entre o segundo e o quinto ano pós-cirurgia, período crítico para o regain.
O equilíbrio entre saúde e estética
Para Yasmin, a bariátrica foi uma escolha movida pela saúde, mas os benefícios estéticos se tornaram parte essencial de sua satisfação. A redução de 120 para 58 quilos mudou sua relação com o espelho e com o público, algo que ela valoriza em sua nova fase. “É uma junção das duas coisas”, afirmou, reconhecendo que o bem-estar físico e a aparência caminham juntos nesse processo.
O médico Adalho Fregona vê nesse equilíbrio um dos maiores trunfos da cirurgia sleeve. A melhora na qualidade de vida, como a disposição relatada por Yasmin para seus shows, é o objetivo principal, mas o impacto visual reforça a motivação do paciente. Ainda assim, ele alerta que a busca por estética não pode sobrepor os cuidados com a saúde, já que o descuido pode levar a deficiências nutricionais ou ao retorno do peso perdido.