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XP e Rico fora do ar: falhas afetam milhares de investidores em 8 de maio

Rico investimentos

Milhares de investidores enfrentaram dificuldades para acessar as plataformas da XP Investimentos e Rico na manhã de 8 de maio de 2025. Relatos de instabilidade começaram a surgir por volta das 9h, com usuários apontando falhas no login pelo site e aplicativos para Android e iOS. O problema, que também afetou operações de trading, gerou frustração em um dia de alta volatilidade na B3, a bolsa de valores brasileira. A situação expôs a dependência de plataformas digitais no mercado financeiro e levantou questionamentos sobre a infraestrutura das corretoras.

A falha coincidiu com um momento crítico para o mercado. O Ibovespa, principal índice da B3, abriu com alta de 0,8%, impulsionado por setores como tecnologia e commodities. Investidores relataram perdas de oportunidades devido à impossibilidade de realizar operações. No X, hashtags como #XPForaDoAr e #RicoForaDoAr dominaram os trending topics, refletindo a insatisfação generalizada.

A gravidade do problema foi confirmada pelo Downdetector, que registrou um pico de 136 reclamações às 10h42, horário de Brasília. As falhas não se limitaram à XP, com a Rico, que pertence ao mesmo grupo, enfrentando problemas semelhantes. Abaixo, alguns pontos que resumem o incidente:

  • Horário do pico: 10h42, com reclamações concentradas em grandes centros urbanos.
  • Serviços afetados: Login no site, aplicativos móveis e operações de compra e venda.
  • Regiões impactadas: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte.
  • Repercussão nas redes: Milhares de posts no X e Threads relatando dificuldades.

A ausência de um comunicado oficial até o meio-dia intensificou as críticas. Usuários exigiam transparência, enquanto a XP e a Rico prometiam trabalhar na solução, respondendo a alguns clientes nas redes sociais.

Reações dominam redes sociais

A instabilidade nas plataformas da XP e Rico gerou uma onda de reclamações nas redes sociais. No X, investidores compartilharam capturas de tela mostrando mensagens de erro, como “serviço indisponível” ou “falha na autenticação”. Um usuário de São Paulo escreveu: “Tentei acessar o app da XP dez vezes, e nada. Perdi uma venda importante.” A hashtag #XPForaDoAr alcançou o topo dos assuntos mais comentados no Brasil às 11h, com a #RicoForaDoAr logo atrás.

Além das queixas, o tom variava entre frustração e ironia. Um investidor publicou um meme comparando a falha a um “crash na bolsa”. Grupos no WhatsApp e Threads também foram palco de discussões, com relatos de dificuldades em operar ações e fundos imobiliários. A Rico, embora menos mencionada, enfrentou críticas semelhantes, com usuários apontando falhas no acesso ao portfólio.

XP Investimentos
XP Investimentos – Foto: Brenda Rocha – Blossom /Shutterstock.com

A reação coletiva destacou a relevância das duas corretoras. A XP, com mais de 4 milhões de clientes, e a Rico, com cerca de 1 milhão, são pilares no mercado financeiro brasileiro. A falha simultânea ampliou o impacto, afetando desde investidores individuais até escritórios de agentes autônomos.

Histórico de problemas técnicos

Falhas técnicas não são novidade para a XP Investimentos e a Rico. Em 30 de setembro de 2024, as duas plataformas, junto com a Clear, enfrentaram instabilidades, com mais de 1.000 reclamações no Downdetector. Na ocasião, a XP atribuiu o problema a uma sobrecarga nos servidores, resolvendo a questão em poucas horas. A Rico também foi afetada, com usuários relatando dificuldades em acessar o home broker.

Outro episódio marcante ocorreu em agosto de 2022. Durante dois dias, a XP registrou erros no aplicativo, com picos de 400 reclamações. A Rico enfrentou problemas semelhantes, embora em menor escala. A XP respondeu com um comunicado prometendo melhorias na infraestrutura, mas os incidentes recorrentes sugerem desafios persistentes.

A falha de 8 de maio, embora mais localizada, afetou principalmente o login e o acesso ao portfólio. Diferentemente de outros casos, a Clear não apresentou problemas, indicando que o erro pode estar restrito aos sistemas principais da XP e da Rico. A recorrência de instabilidades alimenta debates sobre a capacidade das corretoras de suportar grandes volumes de acessos.

Detalhes da falha de autenticação

O problema de 8 de maio concentrou-se no processo de autenticação. Usuários relataram mensagens de erro ao tentar fazer login, como “tente novamente mais tarde” ou telas de carregamento infinito. No aplicativo da Rico, alguns investidores enfrentaram falhas ao acessar o portfólio, enquanto na XP as operações de trading foram as mais comprometidas. O Downdetector indicou que São Paulo concentrou 45% das reclamações, seguido por Rio de Janeiro (20%) e Brasília (15%).

Possíveis causas incluem:

  • Sobrecarga de servidores: Alta demanda no início do pregão da B3.
  • Manutenção não anunciada: Atualizações nos sistemas de autenticação.
  • Erro de integração: Falhas na conexão com a B3.
  • Ataque cibernético: Hipótese levantada por usuários, mas sem confirmação.

A concentração de problemas no login sugere uma falha nos servidores de autenticação, um componente essencial para plataformas financeiras. A Rico, que compartilha parte da infraestrutura da XP, enfrentou erros semelhantes, embora com menor intensidade. As equipes técnicas das corretoras trabalhavam na solução, segundo respostas no X.

Impacto nos investidores individuais

Investidores pessoa física foram os mais afetados pela instabilidade. Muitos relataram dificuldades em acompanhar suas carteiras em um dia de volatilidade na B3. Um cliente de Belo Horizonte informou que perdeu uma oportunidade de comprar ações da Petrobras devido à falha no aplicativo da XP. Outro usuário, do Rio de Janeiro, conseguiu acessar o portfólio após várias tentativas, mas não pôde realizar operações na Rico.

A experiência variou entre os usuários. Alguns conseguiram contornar o problema usando navegadores alternativos, como o Firefox, enquanto outros enfrentaram erros em todas as plataformas. Day traders, que dependem de respostas rápidas, foram particularmente prejudicados, com relatos de ordens de compra e venda atrasadas.

A falha também afetou a confiança dos clientes. Um investidor de Brasília escreveu no X: “É a terceira vez em um ano que a XP fica fora do ar. Estou pensando em mudar de corretora.” A Rico, embora menos citada, enfrentou críticas semelhantes, com usuários questionando a estabilidade do sistema.

Resposta das corretoras

Até o meio-dia de 8 de maio, nem a XP nem a Rico haviam emitido comunicados oficiais. A XP respondeu a alguns clientes no X, pedindo detalhes do problema por mensagem direta. Um post às 11h15 informou que a equipe técnica trabalhava “com prioridade” na solução. A Rico, por sua vez, limitou-se a respostas individuais, sem declarações públicas.

Em incidentes anteriores, a XP ofereceu medidas como isenção de taxas de corretagem. Em setembro de 2024, clientes afetados receberam compensações, mas ainda não há indícios de ações semelhantes para o caso atual. A Rico, que costuma seguir a XP em estratégias de comunicação, também enfrenta pressão por transparência.

A demora em emitir comunicados gerou críticas. Um cliente de São Paulo escreveu: “A Rico e a XP precisam aprender com o Nubank. Uma falha dessas exige uma resposta imediata.” A ausência de atualizações claras ampliou a insatisfação, com investidores aguardando a normalização do serviço.

Comparação com concorrentes

Outras corretoras, como Nubank, Itaú e BTG Pactual, operaram normalmente na manhã de 8 de maio. O Nubank, por meio da NuInvest, registrou funcionamento estável, segundo o Downdetector. O Itaú e o BTG Pactual também não enfrentaram problemas, destacando a falha da XP e da Rico como um caso isolado. A estabilidade das concorrentes atraiu a atenção de investidores insatisfeitos.

O Nubank, por exemplo, tem investido em servidores redundantes para garantir continuidade. O Itaú, com sua plataforma de investimentos, oferece ferramentas robustas para clientes de varejo e alta renda. O BTG Pactual, focado em investidores institucionais, também se destacou pela ausência de falhas. A comparação expôs a necessidade de melhorias na infraestrutura da XP e da Rico.

Alguns clientes da XP começaram a transferir recursos para outras plataformas. Posts no X indicaram movimentações para a NuInvest, que oferece isenção de taxas em alguns produtos. A Rico, embora menos afetada, também perdeu espaço para concorrentes, com investidores buscando alternativas confiáveis.

Dependência de plataformas digitais

A falha nas plataformas da XP e Rico reforçou a importância de sistemas digitais no mercado financeiro. Com 5 milhões de investidores pessoa física na B3 em 2024, as corretoras enfrentam pressão para oferecer serviços ininterruptos. A XP, com 4 milhões de clientes, e a Rico, com 1 milhão, processam milhares de transações diárias, tornando qualquer instabilidade um problema significativo.

A digitalização transformou o setor, permitindo que investidores gerenciem carteiras em tempo real. No entanto, falhas técnicas podem custar oportunidades de lucro. Um relatório da B3 indicou que 60% das operações na bolsa são realizadas por plataformas digitais, um aumento de 20% desde 2020. Nesse cenário, a estabilidade é um diferencial competitivo.

A situação reflete desafios globais. Corretoras como Robinhood, nos Estados Unidos, enfrentaram problemas semelhantes em momentos de alta volatilidade. A diferença está na resposta: enquanto algumas empresas oferecem compensações rápidas, a XP e a Rico ainda enfrentam críticas por sua comunicação limitada.

Efeitos no mercado financeiro

A instabilidade ocorreu em um dia de intensa movimentação na B3. O Ibovespa registrou alta de 0,8% na abertura, com destaque para ações de tecnologia e commodities. A Vale, por exemplo, subiu 1,2% às 10h, mas clientes da XP e da Rico relataram dificuldades em negociar seus papéis. Fundos imobiliários, populares entre os usuários das corretoras, também foram afetados, com ordens de compra e venda atrasadas.

O impacto no mercado foi limitado, já que outras corretoras operaram normalmente. No entanto, a falha reduziu a liquidez de alguns ativos, especialmente entre investidores individuais. Um gestor de fundos de São Paulo informou que a instabilidade prejudicou estratégias de curto prazo, com ordens de compra atrasadas em até uma hora.

A situação também gerou especulações sobre a reputação da XP e da Rico. Embora a XP tenha registrado lucro de R$ 4,1 bilhões em 2024, incidentes recorrentes podem afetar sua imagem. A Rico, que busca atrair investidores mais jovens, enfrenta desafios semelhantes, com a falha de 8 de maio reforçando a percepção de fragilidade.

Soluções temporárias dos usuários

Enquanto as corretoras trabalhavam na solução, investidores buscaram alternativas. Alguns assessores da XP orientaram clientes a usar o home broker da Clear, que não apresentou problemas. Outros recorreram ao atendimento telefônico, mas a alta demanda gerou filas de espera. Na Rico, usuários tentaram acessar o portfólio pelo site, com sucesso limitado.

Dicas compartilhadas no X incluíam:

  • Limpar o cache do aplicativo: Solução para erros de login.
  • Usar redes Wi-Fi: Alternativa aos dados móveis.
  • Tentar navegadores alternativos: Como Edge ou Firefox.
  • Aguardar alguns minutos: Para evitar sobrecarga no sistema.

Essas medidas, no entanto, não resolveram o problema para a maioria dos clientes. A dependência das plataformas digitais ficou evidente, com muitos investidores aguardando a normalização do serviço.

Avanços na resolução do problema

Por volta das 12h, o número de reclamações no Downdetector caiu para 50, sugerindo que a XP e a Rico começavam a estabilizar seus sistemas. Alguns usuários relataram acesso normal ao site da XP, embora o aplicativo iOS ainda apresentasse falhas intermitentes. Na Rico, o home broker voltou a funcionar para parte dos clientes, mas operações complexas, como ordens stop, permaneciam instáveis.

A expectativa era de que as corretoras normalizassem o serviço antes do fechamento do pregão, às 17h. A XP, que investiu em servidores adicionais em 2023, possui capacidade para lidar com picos de acesso, mas a falha de 8 de maio indicou que melhorias adicionais são necessárias. A Rico, que depende da mesma infraestrutura, enfrenta desafios semelhantes.

A pressão por uma solução rápida crescia, com investidores monitorando atualizações em tempo real. A ausência de problemas na Clear sugeriu que a XP mantém sistemas separados para suas marcas, o que pode facilitar a recuperação. Ainda assim, a demora gerou críticas, especialmente entre day traders e gestores de fundos.

Expectativas dos clientes

Investidores aguardavam uma resposta definitiva das corretoras. A confiança na XP e na Rico, que juntas detêm cerca de 40% do mercado de varejo da B3, depende de ações rápidas. Incidentes anteriores, como o vazamento de dados da XP em abril de 2025, já haviam abalado a reputação das empresas. Na ocasião, informações de clientes foram expostas, mas sem transações realizadas.

A falha de 8 de maio reforçou a percepção de fragilidade. Clientes monitoravam a concorrência, com plataformas como NuInvest e BTG Pactual ganhando destaque. A XP, que lidera o mercado com 35% de participação, e a Rico, com 5%, precisam investir em estabilidade e comunicação para manter sua base de clientes. A normalização do serviço será crucial nos próximos dias.

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