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WEG anuncia plano para mitigar impacto das tarifas americanas ainda em 2025

WEG anuncia plano para mitigar impacto das tarifas americanas ainda em 2025

WEG anuncia plano para mitigar impacto das tarifas americanas ainda em 2025

[Cidade AC News – Jaraguá do Sul (SC)] — Uma das gigantes brasileiras no setor industrial, a WEG anunciou nesta quinta-feira (24) um plano estratégico emergencial para driblar os efeitos das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. A medida vem após o governo americano incluir motores industriais e geradores elétricos — especialidades da empresa — na lista de produtos taxados com sobretaxa de até 35%.

A resposta da empresa foi rápida: a WEG irá redirecionar parte da sua produção para plantas internacionais e intensificar a distribuição de produtos por rotas alternativas via México, América Central e Europa. Segundo comunicado oficial, a empresa projeta mitigar até 90% dos impactos diretos das tarifas até dezembro deste ano.

“Somos uma empresa global. Já operamos em mais de 40 países e temos capacidade instalada suficiente fora do Brasil para absorver boa parte da demanda americana sem que nossos clientes sejam prejudicados”, afirmou o CEO Harry Schmelzer Jr., durante apresentação dos resultados do segundo trimestre.

A estratégia inclui:

O anúncio foi bem recebido pelo mercado. As ações da WEG (WEGE3) subiram 2,8% na B3, mesmo em dia de instabilidade econômica global. Analistas apontaram a “resiliência operacional” da empresa como diferencial competitivo frente aos concorrentes.

A crise gerada pelas tarifas de Trump tem afetado diretamente a cadeia produtiva brasileira, especialmente no setor de bens industriais de alta complexidade. A WEG, no entanto, figura como um exemplo de capacidade de adaptação e blindagem frente ao cenário externo.

“A empresa age como uma multinacional de fato. Não esperou o governo reagir. Simplesmente agiu, e rápido”, destacou o analista Leonardo Peixoto, da XP.

Apesar da resposta positiva, o impacto interno ainda será sentido. A empresa admitiu que poderá rever metas de crescimento em unidades brasileiras, especialmente no Sul do país. A fábrica de Jaraguá do Sul, considerada símbolo da indústria catarinense, deve sofrer redução temporária no ritmo de produção, e o sindicato local já foi acionado para negociação preventiva de turnos.

No Acre, a notícia também repercutiu entre pequenos revendedores de motores elétricos e empresas do setor de construção civil, que utilizam equipamentos da marca. A expectativa é de que os preços permaneçam estáveis, mas com possíveis atrasos na entrega de modelos específicos.

No plano diplomático, o governo brasileiro segue sem resposta firme às tarifas. Enquanto o Itamaraty negocia com a Organização Mundial do Comércio (OMC), empresas como a WEG seguem liderando seus próprios movimentos de defesa comercial.

“Essa postura independente das grandes corporações pode ser exemplo para outros setores. A autodefesa empresarial está em alta, e depender de Brasília pode sair caro”, analisa a colunista econômica Regina Dias.

Além da crise tarifária, a WEG também informou que está monitorando a movimentação cambial, com expectativa de real mais desvalorizado nos próximos meses. A empresa já estuda operações de hedge (proteção cambial) para manter margens de lucro diante da volatilidade.

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✍️ Eliton Lobato Muniz
Cidade AC News – Rio Branco – Acre

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