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Virgínia Fonseca perde 500 mil seguidores após depoimento na CPI das Bets

Virginia Fonseca

Virgínia Fonseca, uma das maiores influenciadoras digitais do Brasil, enfrentou um impacto significativo em sua base de seguidores após prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, realizada no Senado em 13 de maio de 2025. A sessão, que investigou a promoção de jogos de azar online, colocou a empresária de 26 anos no centro de uma onda de críticas nas redes sociais. O depoimento, marcado por momentos descontraídos e respostas que dividiram opiniões, resultou em uma queda expressiva no número de seguidores da influenciadora no Instagram. Dados de plataformas de análise apontam perdas que variam entre 200 mil e 500 mil seguidores em poucos dias, um evento que agitou o universo digital e levantou debates sobre a responsabilidade dos influenciadores.

A CPI das Bets, criada em novembro de 2024, tem como objetivo investigar a influência dos jogos de apostas online no orçamento familiar e possíveis conexões com crimes como lavagem de dinheiro. Virgínia, convocada como testemunha, foi questionada sobre seus contratos com empresas de apostas, como a Esportes da Sorte e a Blaze. A influenciadora, que conta com uma audiência de mais de 53 milhões no Instagram, negou lucrar com as perdas de seus seguidores e defendeu a legalidade de suas ações. No entanto, a repercussão de suas falas e a postura durante a sessão geraram reações intensas entre internautas.

A seguir, alguns pontos que marcaram o evento:

  • Queda de seguidores: Plataformas como Social Blade e Not Just Analytics registraram perdas significativas, com números variando entre 117 mil e 500 mil unfollows.
  • Críticas online: Comentários nas redes sociais destacaram a falta de empatia de Virgínia ao abordar os riscos das apostas.
  • Audiência recorde: A transmissão da CPI alcançou 135 mil espectadores simultâneos, com mais de 1,2 milhão de visualizações no YouTube.

O caso de Virgínia Fonseca reflete o poder e os desafios do marketing de influência no Brasil. A influenciadora, que também é apresentadora do SBT e empresária com uma marca de cosméticos, viu sua imagem ser debatida em um cenário que vai além do entretenimento, tocando em questões éticas e jurídicas.

Repercussão imediata nas redes sociais

A participação de Virgínia Fonseca na CPI das Bets gerou uma avalanche de reações nas redes sociais, com internautas divididos entre apoio e críticas. Logo após o depoimento, plataformas como o Instagram e o X registraram um aumento no volume de comentários direcionados à influenciadora. Muitos usuários expressaram desapontamento com a postura da empresária, que, segundo eles, minimizou a seriedade do tema. Uma internauta, em um comentário no último post de Virgínia, afirmou que admirava seu trabalho, mas sentiu falta de empatia durante a sessão no Senado. Outros foram mais diretos, acusando a influenciadora de lucrar com o vício de pessoas em situação de vulnerabilidade.

A hashtag #CPIdasBets tornou-se um dos assuntos mais comentados no X, com milhares de postagens abordando o depoimento. Alguns usuários destacaram frases da influenciadora, como a recusa em revelar o maior cachê recebido por propagandas de apostas, como momentos de desconexão com a gravidade da investigação. Por outro lado, fãs de Virgínia defenderam sua trajetória, argumentando que ela não é responsável pelas escolhas individuais de seus seguidores. A polarização nas redes sociais evidenciou o impacto da influenciadora no cenário digital brasileiro e a sensibilidade do tema das apostas online.

Contratos com empresas de apostas

Virgínia Fonseca foi questionada durante a CPI sobre seus contratos com casas de apostas, especialmente com a Esportes da Sorte e a Blaze. A influenciadora revelou que seu contrato com a Esportes da Sorte, já encerrado, envolveu um adiantamento de 50 milhões de reais, além de uma suposta comissão de 30% sobre as perdas de apostadores que acessavam o site por meio de seu link de indicação. Durante o depoimento, Virgínia negou veementemente receber qualquer bônus relacionado às perdas de jogadores, afirmando que tais cláusulas não faziam parte de seus acordos. A empresária destacou que todos os valores recebidos foram declarados à Receita Federal, reforçando a legalidade de suas parcerias.

Atualmente, Virgínia mantém um contrato com a Blaze, avaliado em 29 milhões de reais por ano. A influenciadora afirmou que suas propagandas são feitas apenas para empresas regulamentadas no Brasil, como a Esportes da Sorte e a Blaze, e que ela sempre alerta seus seguidores sobre os riscos das apostas. No entanto, a senadora Soraya Thronicke, relatora da CPI, exibiu um vídeo de 2022 em que Virgínia promovia um site de apostas, questionando a responsabilidade da influenciadora na divulgação de conteúdos que poderiam incentivar comportamentos de risco. A empresária respondeu pedindo que fossem apresentados vídeos mais recentes, o que gerou risadas e críticas nas redes sociais.

Virginia
Virginia – Foto: Instagram

Perdas de seguidores em números

A queda no número de seguidores de Virgínia Fonseca foi registrada por diversas plataformas de análise de redes sociais. Segundo a ferramenta Social Blade, a influenciadora perdeu 117.704 seguidores nos dois dias seguintes ao depoimento, com 29.493 unfollows no dia 13 de maio e 88.211 no dia 14. Outra plataforma, a Not Just Analytics, apontou uma perda ainda mais significativa, estimada em cerca de 500 mil seguidores, reduzindo a base de Virgínia de 53,4 milhões para 52,9 milhões. A ferramenta Blastup, por sua vez, indicou que a empresária vinha perdendo uma média de 15 seguidores a cada 10 segundos nos dias posteriores à CPI.

Apesar da queda expressiva, o número de seguidores de Virgínia permanece robusto, com mais de 53 milhões de contas acompanhando seu perfil no Instagram. Antes do depoimento, a influenciadora registrava crescimento constante, com um aumento de mais de 6 mil seguidores diários. A mudança abrupta na dinâmica de sua base de fãs reflete a sensibilidade do público em relação às questões levantadas pela CPI e a percepção de parte dos seguidores sobre a postura da empresária durante a sessão.

Os principais números da queda incluem:

  • Social Blade: 117.704 unfollows entre 13 e 14 de maio.
  • Not Just Analytics: Perda estimada de 500 mil seguidores.
  • Blastup: Média de 15 unfollows a cada 10 segundos.
  • Crescimento anterior: Mais de 6 mil novos seguidores por dia antes da CPI.

Momentos marcantes do depoimento

O depoimento de Virgínia Fonseca na CPI das Bets foi marcado por momentos que chamaram a atenção do público e da mídia. A influenciadora chegou ao Senado vestindo um moletom com a foto de sua filha Maria Flor e carregando uma garrafa térmica rosa, escolhas que foram interpretadas como parte de uma estratégia de marketing. Durante a sessão, Virgínia usou bordões como “Que Deus abençoe nossa audiência e bora para cima”, o que gerou críticas por parte de internautas que esperavam uma postura mais formal. A empresária também fez comentários descontraídos, como chamar seu marido, Zé Felipe, de “gato” ao apontá-lo na plateia.

Outro momento que repercutiu foi o pedido do senador Cleitinho Azevedo para que Virgínia gravasse um vídeo para sua esposa e filha. O parlamentar interrompeu a sessão para fazer o pedido, que foi atendido pela influenciadora, gerando críticas sobre a seriedade da CPI. A senadora Soraya Thronicke também foi vista tirando uma foto com Virgínia, o que reforçou a percepção de que o depoimento foi tratado como um evento midiático por alguns parlamentares. Esses episódios contribuíram para a viralização do depoimento, que alcançou 135 mil espectadores simultâneos na transmissão da TV Senado.

Críticas à postura da influenciadora

A postura de Virgínia Fonseca durante a CPI foi alvo de críticas tanto nas redes sociais quanto por especialistas em marketing digital. Muitos internautas apontaram que a influenciadora não demonstrou a seriedade esperada para uma investigação que aborda temas como ludomania e impactos financeiros das apostas. Comentários no Instagram de Virgínia incluíram acusações de que ela lucra com o prejuízo de pessoas viciadas em jogos de azar. Uma usuária escreveu que a influenciadora oferece “dinheiro fácil” enquanto se beneficia do vício de seus seguidores, chamando suas ações de “golpe” e “fraude”.

Especialistas em comunicação digital também analisaram o comportamento de Virgínia. A escolha de um figurino casual e o uso de bordões foram vistos como uma tentativa de manter sua imagem acessível, mas acabaram sendo interpretados como desrespeito ao contexto da CPI. A ex-senadora Damares Alves destacou a estratégia de marketing da influenciadora, afirmando que cada detalhe, como a garrafa térmica e o moletom, foi pensado para reforçar sua marca. Apesar das críticas, Virgínia manteve sua base de fãs leais, que continuaram a defendê-la nas redes sociais.

Audiência recorde da CPI

A participação de Virgínia Fonseca elevou a CPI das Bets a um novo patamar de audiência. A transmissão ao vivo pela TV Senado registrou 135 mil espectadores simultâneos, um recorde para a comissão em 2025. No YouTube, o vídeo do depoimento ultrapassou 1,2 milhão de visualizações, entrando para o top 10 dos mais assistidos da plataforma na semana. O interesse do público foi impulsionado pela popularidade de Virgínia e pela curiosidade em torno de suas respostas sobre os contratos com casas de apostas.

A sessão também gerou engajamento nas redes sociais, com memes e vídeos curtos do depoimento circulando amplamente. A frase “Pega um vídeo recente, Soraya”, dita por Virgínia durante a exibição de uma propaganda de 2022, tornou-se um dos momentos mais compartilhados. A alta audiência reflete o impacto cultural de figuras como Virgínia no Brasil, onde influenciadores digitais têm um alcance comparável ao de celebridades tradicionais.

Implicações jurídicas do depoimento

O depoimento de Virgínia Fonseca na CPI das Bets trouxe à tona possíveis implicações jurídicas para a influenciadora. Apesar de contar com um habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes, que garantia o direito de permanecer em silêncio em perguntas que pudessem incriminá-la, Virgínia respondeu à maioria das questões. No entanto, especialistas alertaram que suas declarações podem ser confrontadas com documentos e testemunhos em investigações futuras. O advogado Tiago Juvêncio, especialista em Direito Penal, destacou que a influenciadora pode enfrentar acusações de falso testemunho, obstrução de justiça ou até crimes como publicidade enganosa, caso sejam encontradas evidências contra ela.

A CPI também levantou questões sobre a responsabilidade civil de Virgínia. Consumidores ou empresas afetados pelas propagandas de apostas podem iniciar processos por danos morais ou materiais, especialmente se forem comprovadas práticas enganosas. A influenciadora negou qualquer irregularidade, afirmando que sua fortuna foi construída principalmente com sua marca de cosméticos, que faturou 750 milhões de reais em 2024, e não com contratos de apostas.

Outros influenciadores na mira da CPI

A CPI das Bets não se limitou a Virgínia Fonseca. Outros influenciadores digitais, como Rico Melquiades, Felipe Prior, Viih Tube e o cantor Gusttavo Lima, também foram convocados para depor. A comissão, que deve continuar suas atividades até junho de 2025, busca entender o papel dos influenciadores na promoção de jogos de azar e os impactos de suas campanhas no público jovem. Rico Melquiades, por exemplo, depôs no dia 14 de maio, usando o direito ao silêncio em algumas perguntas, assim como Virgínia.

A convocação de múltiplos influenciadores reflete a preocupação do Senado com o crescimento das apostas online no Brasil. A senadora Soraya Thronicke destacou que as campanhas publicitárias feitas por figuras com milhões de seguidores têm um impacto direto no comportamento dos consumidores, especialmente em um contexto de vulnerabilidade econômica. A CPI também investiga possíveis conexões entre casas de apostas e organizações criminosas, o que aumenta a complexidade do caso.

Os próximos passos da investigação incluem:

  • Depoimentos adicionais: Influenciadores como Felipe Prior e Viih Tube estão na lista de convocados.
  • Análise de contratos: A CPI busca documentos que detalhem as cláusulas de parcerias entre influenciadores e empresas de apostas.
  • Regulamentação: Discussões sobre novas leis para limitar a publicidade de jogos de azar online.

Debate sobre regulamentação de influenciadores

O caso de Virgínia Fonseca reacendeu o debate sobre a regulamentação do marketing de influência no Brasil. Especialistas apontam que a ausência de regras claras para a publicidade feita por influenciadores cria um cenário de vulnerabilidade para os consumidores. O presidente do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), Sérgio Pompilio, destacou que as propagandas de influenciadores fogem do modelo tradicional, dificultando a fiscalização. A CPI das Bets pode ser um marco para a criação de normas que responsabilizem influenciadores por conteúdos que promovam práticas de risco.

Atualmente, as casas de apostas são regulamentadas no Brasil, mas precisam seguir critérios para minimizar os riscos de ludomania, o vício em jogos de azar. Virgínia afirmou que suas propagandas sempre incluíram alertas sobre os perigos das apostas, mas críticos argumentam que esses avisos são insuficientes diante do poder de persuasão de uma influenciadora com mais de 50 milhões de seguidores. O debate sobre regulamentação ganhou força com a visibilidade do depoimento de Virgínia, que expôs as lacunas no controle do marketing digital.

Estratégia de marketing de Virgínia

A presença de Virgínia Fonseca na CPI foi marcada por uma estratégia de marketing cuidadosamente planejada. A influenciadora usou um moletom com a foto de sua filha e uma garrafa térmica rosa, itens que reforçam sua marca pessoal. A ex-senadora Damares Alves comentou que cada detalhe foi pensado para gerar vendas, prevendo que a garrafinha e o moletom teriam um aumento na procura após o depoimento. A postura descontraída de Virgínia, com bordões e comentários informais, também foi vista como uma tentativa de manter sua conexão com o público jovem.

Apesar da perda de seguidores, a influenciadora continuou a publicar conteúdos em suas redes sociais, incluindo posts patrocinados e momentos com sua família. A resiliência de Virgínia reflete sua habilidade em navegar crises de imagem, uma característica que a tornou uma das figuras mais bem-sucedidas do marketing digital no Brasil. Sua marca de cosméticos, que faturou 750 milhões de reais em 2024, e seu programa no SBT reforçam sua posição como uma empresária multifacetada.

Reações políticas ao depoimento

O comportamento de alguns parlamentares durante o depoimento de Virgínia Fonseca também gerou críticas. O senador Cleitinho Azevedo, que pediu um vídeo para sua esposa, e a senadora Soraya Thronicke, que tirou uma foto com a influenciadora, foram acusados de tratar a CPI como um evento de entretenimento. O senador Dr. Hiran, presidente da comissão, chegou a comentar sobre a aparência do marido de Virgínia, Zé Felipe, em um momento de descontração que contrastou com a seriedade do tema. Essas atitudes levaram a questionamentos sobre a credibilidade da investigação.

O influenciador Thiago Pasqualotto, em um comentário amplamente compartilhado, criticou a falta de seriedade dos senadores, afirmando que o depoimento se transformou em um “circo”. A percepção de que a CPI foi usada como uma oportunidade de “collab” entre políticos e a influenciadora reforçou a necessidade de maior rigor nas comissões parlamentares. Apesar das críticas, a CPI continua sua agenda, com novos depoimentos marcados para as próximas semanas.

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