O médico Thor Dantas rebateu Márcio Bittar sobre COVID-19 no Acre em 2025, mas a Coluna do Ton mostra que esse debate soa atrasado: a OMS declarou o fim da pandemia em 2023, enquanto malária, dengue e sarampo seguem sendo inimigos reais da saúde pública na Amazônia e no Acre.

Thor Dantas vs Márcio Bittar: COVID-19 ainda pauta no Acre?
O vídeo do médico acreano viralizou ao criticar o senador por “negacionismo” da COVID-19. Mas insistir nesse tema em 2025 é como brigar com fantasma: a pandemia acabou, mas a demagogia política segue respirando.
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O que diz a OMS?
Em 2025, a Organização Mundial da Saúde (OMS) mantém a posição de que a emergência internacional da COVID-19 acabou desde 2023, mas alerta que o vírus segue circulando globalmente e exige vigilância constante. Relatórios recentes mostram que a taxa de positividade voltou a crescer, alcançando 11% em maio, próximo ao pico de julho de 2024, com maior intensidade no Mediterrâneo Oriental, Sudeste Asiático e Pacífico Ocidental, enquanto nas Américas e Europa a atividade se mantém em níveis baixos, entre 2% e 3%.
Variantes emergentes mantêm a COVID-19 sob vigilância mundial
A circulação de variantes também preocupa: enquanto a LP.8.1 entrou em declínio, a NB.1.8.1, classificada como “Variant Under Monitoring”, passou a representar mais de 10% das sequências globais. Em agosto de 2025, a OMS registrou mais de 71 mil novos casos em 87 países em apenas 28 dias, além de 8.500 hospitalizações e 247 internações em UTI. Por isso, a recomendação da agência é clara: os países devem adotar uma abordagem integrada baseada em risco, reforçar a vacinação, fortalecer sistemas de saúde e manter a vigilância ativa para que a COVID-19 não volte a escapar do controle.
Doenças tropicais esquecidas pela política
- Malária: em 2024, a Amazônia concentrou 99% dos casos no Brasil. Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima lideram o ranking.
- Sarampo: voltou a circular devido à queda da cobertura vacinal.
- Dengue: a cada verão, os números disparam e pressionam hospitais já no limite.
- Vacinação: índices caíram em várias cidades do Acre.
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Por que Thor Dantas critica Márcio Bittar em 2025
Thor Oliveira Dantas é infectologista e hepatologista, doutor em Medicina Tropical pela UnB. Foi referência contra a pandemia de COVID-19 no Acre, mas hoje alerta que malária, dengue e hepatites são os verdadeiros desafios de 2025.
O médico não esconde a frustração ao ver figuras políticas como Márcio Bittar ainda insistindo em usar a COVID-19 como palanque. Para Dantas, essa postura revela uma desconexão perigosa com a realidade atual da saúde pública. Enquanto Bittar tenta marcar posição em um debate superado, doenças tropicais continuam crescendo de forma silenciosa. É nesse ponto que o infectologista bate firme: o problema não é falar de pandemia, mas ignorar a emergência sanitária que está diante dos olhos.
Ele cita, por exemplo, que a malária voltou a preocupar municípios como Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves, que registram índices próximos aos piores momentos da década passada. Além disso, a dengue segue pressionando o sistema hospitalar a cada verão, e o sarampo ameaça retornar por causa da baixa vacinação infantil.
Para Thor Dantas, insistir em fantasmas do passado é desperdício de energia. “Enquanto alguns preferem ressuscitar debates sobre a COVID-19, eu vejo todos os dias pacientes com malária, hepatite e complicações de dengue. É isso que mata no Acre em 2025”, afirmou em entrevistas recentes.
Sua crítica a Márcio Bittar não é apenas política, mas também pedagógica: lembra à sociedade que a saúde não pode ser pautada por ideologia, e sim por dados epidemiológicos e por prioridades reais
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Contexto histórico da pandemia
- 2020-2022: auge da COVID-19 no Brasil, com mais de 700 mil mortes.
- 2023: a OMS declara o fim da emergência internacional.
- 2025: políticos ainda exploram o tema como palanque, mesmo com o foco global já em outras doenças.
Conclusão
A pandemia de COVID-19 terminou, mas a demagogia segue firme. O Acre não precisa de discursos sobre fantasmas do passado, e sim de vacinação em massa, combate à malária e prevenção contra dengue.
“Discutir COVID em 2025 é como brigar com fantasma: muito barulho, zero efeito.” — Coluna do Ton
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