sábado, 7 junho, 2025
31.3 C
Rio Branco

Taylor Swift recupera direitos de seis álbuns em disputa histórica com Scooter Braun

Taylor Swift

Taylor Swift anunciou, em 30 de maio de 2025, a aquisição dos direitos dos seus seis primeiros álbuns, encerrando uma disputa de seis anos iniciada em 2019 com o empresário Scooter Braun. A compra, realizada por um valor não divulgado, permite que a cantora controle integralmente seu catálogo musical, incluindo gravações, videoclipes e filmes de turnês. A transação envolveu a Big Machine, gravadora original dos álbuns, e a Shamrock, que detinha os masters desde 2020. A negociação ocorreu com apoio da equipe jurídica de Swift e da Republic Records, sua atual gravadora. A aquisição marca um marco na indústria musical, reforçando a luta de artistas pelo controle de suas obras.

A estratégia de Swift incluiu regravações de seus álbuns, conhecidas como “Taylor’s Versions”, lançadas entre 2021 e 2023. A compra dos masters elimina a necessidade de regravar os álbuns restantes, como “Taylor Swift” e “Reputation”.

A disputa começou quando Braun adquiriu a Big Machine, e os desdobramentos envolveram a venda dos direitos à Shamrock sem o consentimento de Swift.

  • Álbuns adquiridos: Taylor Swift, Fearless, Speak Now, Red, 1989 e Reputation.
  • Início da disputa: 2019, com a compra da Big Machine por Scooter Braun.
  • Valor da compra: Não divulgado, com estimativas anteriores entre US$ 600 milhões e US$ 1 bilhão consideradas imprecisas.

Origem do conflito com Scooter Braun

A controvérsia teve início em 2019, quando Scooter Braun, então empresário de artistas como Justin Bieber, comprou a Big Machine, gravadora que detinha os direitos dos seis primeiros álbuns de Taylor Swift. A transação, avaliada em cerca de US$ 300 milhões, transferiu o controle dos masters para Braun, sem consulta prévia à cantora. Swift acusou Braun de práticas abusivas, incluindo intimidação profissional, e expressou publicamente sua frustração por não ter tido a oportunidade de adquirir seu próprio catálogo.

Em 2020, a situação se agravou com a revenda dos masters para a Shamrock, empresa de investimentos fundada por Roy E. Disney, por US$ 300 milhões. Swift afirmou que a venda ocorreu sem seu conhecimento, marcando a segunda vez que seu catálogo foi transferido sem sua aprovação. A falta de controle sobre as gravações originais limitava sua capacidade de decidir sobre o uso das músicas em projetos como filmes e comerciais.

Estratégia das regravações

Para contornar a perda dos masters, Swift anunciou em 2019 o plano de regravar seus cinco primeiros álbuns, aproveitando uma cláusula contratual que permitia regravações a partir do final de 2020. Entre 2021 e 2023, ela lançou as “Taylor’s Versions” de Fearless, Red, Speak Now e 1989, que incluíam faixas bônus e versões inéditas de estúdio. As regravações foram um sucesso comercial, dominando paradas musicais e gerando receita significativa.

Os álbuns Taylor Swift e Reputation não foram totalmente regravados. Swift explicou que Reputation, lançado em 2017, era profundamente ligado a um momento específico de sua vida, dificultando sua recriação. Apenas um quarto do álbum foi regravado, e a cantora optou por adiar o projeto, considerando o original insuperável em termos de música, vídeos e estética.

  • Álbuns regravados: Fearless, Red, Speak Now e 1989.
  • Motivo da pausa: Reputation não foi regravado completamente devido à sua singularidade.
  • Sucesso comercial: As “Taylor’s Versions” lideraram paradas em diversos países.

Impacto na indústria musical

A estratégia de Swift destacou uma prática comum na indústria, onde artistas iniciantes assinam contratos que limitam o controle sobre suas gravações. A propriedade dos masters garante aos detentores uma parcela dos lucros de streaming e licenciamento, enquanto compositores, como Swift, têm direitos parciais sobre o uso das obras. A abordagem de regravar álbuns inspirou outros artistas a buscar maior autonomia.

Casos semelhantes ocorreram com artistas como Prince, que nos anos 1990 protestou contra sua gravadora, e Michael Jackson, que adquiriu o catálogo dos Beatles em 1985, gerando tensões com Paul McCartney. No Brasil, João Gilberto venceu uma disputa contra a Universal em 2025, recebendo R$ 173 milhões em royalties, enquanto Gilberto Gil recuperou os direitos de seu catálogo da Warner no mesmo ano.

Negociação para recuperar os masters

A compra dos direitos em 2025 envolveu negociações complexas entre Swift, a Shamrock e outras partes não especificadas. A Republic Records, gravadora da cantora desde 2018, desempenhou um papel central no processo, assim como sua equipe jurídica. O valor da transação não foi revelado, mas especulações anteriores sugeriam cifras entre US$ 600 milhões e US$ 1 bilhão, consideradas exageradas por fontes próximas à negociação.

A aquisição incluiu não apenas as gravações originais, mas também videoclipes e filmes de turnês associados aos álbuns. Swift agora detém controle total sobre o uso de seu catálogo, desde licenciamento para filmes até lançamentos em plataformas de streaming.

  • Partes envolvidas: Shamrock, Republic Records e equipe jurídica de Swift.
  • Abrangência: Gravações, videoclipes e filmes de turnês.
  • Data da aquisição: Anunciada em 30 de maio de 2025.

Benefícios para Swift

Com os direitos recuperados, Swift elimina a dependência de terceiros para decisões sobre seu catálogo. A propriedade dos masters permite maior liberdade criativa, como a inclusão de músicas em projetos audiovisuais sem aprovação externa. Além disso, a cantora passa a receber a totalidade dos lucros de streaming e licenciamento, fortalecendo sua posição financeira.

A aquisição também reduz a necessidade de regravar Taylor Swift e Reputation, embora Swift tenha indicado que relançamentos futuros desses álbuns podem ocorrer em momento oportuno. A estratégia de regravações já havia aumentado o valor de mercado de seu catálogo, tornando a compra uma decisão estratégica.

Paralelos com outros artistas

A luta de Swift reflete desafios enfrentados por outros músicos. Nos anos 1990, Prince chegou a escrever a palavra “escravo” no rosto em protesto contra a Warner, que controlava seus masters. Michael Jackson, ao adquirir o catálogo dos Beatles por US$ 47,5 milhões em 1985, gerou um conflito com Paul McCartney, que tentava comprar as próprias músicas.

No Brasil, casos recentes incluem João Gilberto, que em 2025 obteve uma vitória judicial contra a Universal, e Gilberto Gil, que recuperou seu catálogo da Warner. Esses exemplos mostram a recorrência de disputas por direitos autorais na indústria musical, especialmente para artistas que assinam contratos no início da carreira.

  • Casos semelhantes: Prince, Michael Jackson, João Gilberto, Gilberto Gil.
  • Questão central: Controle dos masters por gravadoras ou terceiros.
  • Impacto financeiro: Royalties e licenciamento como fontes de receita.

Papel da Republic Records

A Republic Records, gravadora de Swift desde Lover (2019), foi fundamental na aquisição dos masters. A parceria com a gravadora permitiu à cantora consolidar sua carreira sob um único selo, facilitando a gestão de novos lançamentos e regravações. A Republic também apoiou a produção das “Taylor’s Versions”, que incluíam faixas inéditas gravadas em estúdios próprios.

A gravadora mantém contratos com outros artistas de destaque, como Ariana Grande e The Weeknd, e sua estrutura foi essencial para coordenar a negociação com a Shamrock. A aquisição reforça a posição da Republic como uma aliada de artistas que buscam maior controle criativo.

Regravações como estratégia lucrativa

As “Taylor’s Versions” não apenas devolveram o controle criativo a Swift, mas também se tornaram uma das iniciativas mais lucrativas de sua carreira. Cada relançamento foi acompanhado de campanhas de marketing, incluindo vinis, edições deluxe e faixas bônus, que atraíram tanto fãs antigos quanto novos ouvintes. Os álbuns regravados superaram as versões originais em plataformas de streaming, reduzindo a relevância dos masters detidos pela Shamrock.

A estratégia também incentivou fãs a apoiar as novas versões, com movimentos nas redes sociais promovendo o boicote às gravações originais. A aquisição dos masters consolida esse esforço, garantindo que Swift receba todos os lucros futuros.

  • Lançamentos: Fearless (2021), Red (2021), Speak Now (2023), 1989 (2023).
  • Faixas bônus: Incluíam gravações de estúdio inéditas, como “Vault Tracks”.
  • Engajamento dos fãs: Campanhas nas redes sociais impulsionaram as regravações.

Marcos na carreira de Swift

A recuperação dos masters é um dos maiores feitos da carreira de Taylor Swift, que já acumula 14 prêmios Grammy e mais de 200 milhões de álbuns vendidos globalmente. A disputa com Braun e a Big Machine trouxe visibilidade à questão dos direitos autorais, inspirando debates sobre contratos na indústria musical. A aquisição fortalece a imagem de Swift como uma artista que combina sucesso comercial com ativismo pelos direitos dos músicos.

A cantora planeja lançar edições especiais de seus álbuns nos próximos anos, aproveitando o controle total sobre o catálogo. Projetos futuros, como filmes ou documentários baseados em suas turnês, também devem se beneficiar da autonomia recém-conquistada.

Mais Lidas

Com Neymar na reserva, Cleber esboça Santos para decisão

SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Com Neymar entre os reservas,...

Domingo quente e abafado, com chuvas pontuais, no Acre

PREVISÃO DE TEMPO PARA DOMINGO (8/6/2025)  Ajude-nos a manter...

Interdição de jogos na Arena Barueri afeta pouco o Palmeiras

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Arena Barueri, que...

Polícia Militar captura foragido da Justiça no bairro Calafate, em Rio Branco

Policiais Militares do 1º Batalhão realizavam um patrulhamento preventivo...

Juíza é acusada de parcialidade e julgamento pela morte de Maradona é suspenso

BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - O julgamento que apura...

Últimas Notícias

Categorias populares

  • https://wms5.webradios.com.br:18904/8904
  • - ao vivo