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Tarifaço contra o Brasil seria ‘injustificável’, diz Haddad

PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) – A imposição de tarifas ao Brasil, que estaria em estudos pelo governo de Donald Trump, seria “injustificável”, disse o ministro da Fazenda brasileiro, Fernando Haddad, após participar de uma conferência sobre a economia e o clima na França.

 

“Qualquer retaliação ao Brasil vai soar injustificável à luz dos dados e à luz das décadas de parceria entre Estados Unidos e Brasil”, afirmou Haddad.

Segundo ele, a economia brasileira está preparada para enfrentar uma eventual guerra de tarifas. “Nós temos uma balança estável e equilibrada. Apesar da vantagem dos Estados Unidos em relação ao Brasil, ela está relativamente equilibrada. Nós [é] que teríamos mais espaço para crescer no comércio com eles”, afirmou.

Durante o debate na escola de ciência política Sciences Po, em Paris, Haddad defendeu que o Brasil e o Mercosul não podem se tornar “satélites” de uma das potências de um mundo regido por uma nova ordem econômica, mas expressou “medo” de que isso venha a ocorrer.

“O Brasil teria muita dificuldade em fazer opções do tipo ‘eu vou me tornar um satélite’ de quem quer que seja, da Europa, da China ou dos EUA. Não faria o menor sentido para o Brasil e para o Mercosul uma opção como essa. E o meu medo é que a dinâmica internacional da geopolítica force essa situação. Como se você tivesse que escolher um entre dois lados”, disse o ministro.

Esse é mais um argumento, segundo ele, para que a França apoie o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul.

Assinado pelos dois blocos no final do ano passado, em Montevidéu, no Uruguai, o tratado ainda precisa passar por instâncias europeias para entrar em vigor. A França declarou oposição ao acordo, por temer prejuízo para a agropecuária local.

“A Europa deveria ter um olhar político sobre esse acordo também”, disse Haddad. “E não apenas ficar discutindo item por item onde você vai ganhar, onde vai perder, se vai perder no açúcar, se vai ganhar na carne. Não vamos chegar a uma conta que vai ser 100% benéfica dos dois lados, porque senão seria um acordo. Seria outra coisa, seria uma imposição de um lado ao outro. Mas não é isso que nós estamos procurando. O Mercosul também, se fizer a conta mais mesquinha, vai encontrar uma série de razões para não fazer”, concluiu.

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