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Sacolão na alagação não decide eleição, é só ilusão!

Todos os anos, a história se repete: chega fevereiro, as chuvas se intensificam e as enchentes castigam as famílias mais vulneráveis. Enquanto isso, abrigos são montados às pressas (para justificar a contratação emergencial), o trânsito vira um caos e, no meio do sofrimento, muitos políticos aparecem com gestos simbólicos para mostrar alguma empatia.

No entanto, atacar a raiz desses problemas nunca foi prioridade, apesar de movimentos isolados de algumas lideranças do Legislativo estadual. Porém, sem qualquer pragmatismo, entra no rol das “boas ideias” que não saem do papel.

A solução para as enchentes e outros problemas estruturais não pode se limitar a promessas vazias e divulgações de recursos liberados em outdoors. É hora de agir com pragmatismo e buscar medidas concretas para transformar essa realidade.

Em janeiro, assumimos mais uma missão de, como deputado federal, unirmos grandes e pequenos, ricos e miseráveis, patrões e empregados, direita e esquerda, para construirmos juntos uma política de desenvolvimento factível, pautada na infraestrutura estratégica e na redução do déficit habitacional, tanto rural quanto urbano.

Vivemos, ano após ano, a angústia de ver nossos filhos, amigos e nossos jovens migrarem para outros estados em busca do sonho de independência financeira e prosperidade, desistindo de lutar aqui por um propósito que os incluam e saciem suas necessidades de um futuro mais seguro, ambientalmente responsável, de respeito às liberdades constitucionais e de harmonia entre as gerações.

Na contramão de tudo isso, nos deparamos com o envelhecimento da nossa força de trabalho e com a ausência de políticas públicas que salvaguardem as condições mínimas de saúde, segurança alimentar e habitação. Essas condições são inegociáveis para qualquer sociedade que busca amadurecimento político e desenvolvimento real, que já sobreviveu a várias experiências de desenvolvimento que seduzem aqueles mais românticos e alienados.

Tenho grande receio de, mais uma vez, entrarmos em mais uma aventura de lideranças que nada entregam além de promessas, em um discurso do “nós contra eles” que nada traz de concreto para a população.

É necessário nos revoltarmos contra o sistema que eleva líderes ao poder não por suas qualificações, mas por alinhamento a extremos ideológicos, sem compromisso com a ética ou com a solvência do estado.

Esse é o momento de unir forças, enfrentar problemas históricos com coragem e construir um futuro mais justo e seguro para todos.

*Zé Adriano é presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC) e deputado federal

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