Sabrina Carpenter anunciou, em 25 de junho de 2025, uma capa alternativa para seu sétimo álbum de estúdio, Man’s Best Friend, após intensa controvérsia gerada pela arte original. A nova imagem, revelada em suas redes sociais, mostra a cantora em um elegante vestido preto, segurando o braço de um homem de terno, com outros homens ao fundo, em um tom preto e branco. A legenda da publicação, que descreve a capa como “aprovada por Deus”, responde de forma irônica às críticas que acusaram a capa inicial de promover estereótipos misóginos e objetificação feminina. O álbum, com lançamento marcado para 29 de agosto, já tem o single “Manchild” no topo das paradas, alcançando o número 1 na Billboard Hot 100. A mudança na arte reflete a tentativa de Carpenter de manter sua narrativa de feminismo positivo e controle criativo, enquanto enfrenta debates sobre sexualidade e representação na música pop.
A polêmica começou em 11 de junho, quando a capa original foi divulgada, mostrando Carpenter de joelhos, em um vestido preto, com um homem segurando seu cabelo. A imagem gerou reações divididas, com críticas de organizações como a Glasgow Women’s Aid, que a considerou “regressiva”, e apoio de fãs que defenderam a intenção satírica. O debate se intensificou nas redes sociais, com discussões sobre o “male gaze” versus empoderamento sexual.
A cantora, conhecida por hits como “Espresso” e “Please Please Please”, usou a controvérsia para reforçar sua imagem irreverente. Em entrevista à Rolling Stone, publicada em 12 de junho, ela destacou que as críticas à sua sexualidade refletem a popularidade de suas canções mais provocativas, como “Juno”.
Principais pontos da controvérsia:
- Capa original: Carpenter de joelhos, com um homem segurando seu cabelo, gerou acusações de misoginia.
- Capa alternativa: Imagem em preto e branco, com a cantora em pose elegante, lançada em 25 de junho.
- Single “Manchild”: Alcançou o topo da Billboard Hot 100, consolidando o sucesso pré-lançamento.
- Data de lançamento: Álbum previsto para 29 de agosto de 2025, via Island Records.
Reações à capa original
A arte inicial de Man’s Best Friend, fotografada por Bryce Anderson, provocou uma onda de críticas nas redes sociais. Usuários acusaram a imagem de reforçar estereótipos degradantes, comparando a pose de Carpenter à de um animal de estimação. A Glasgow Women’s Aid, organização escocesa de apoio a vítimas de violência doméstica, publicou um comunicado em 12 de junho, chamando a capa de “promotora de violência e controle”. Colunistas, como Arwa Mahdawi, do The Guardian, classificaram a imagem como “soft porn” voltada ao “male gaze”, criticando a falta de sutileza satírica.
Por outro lado, fãs e defensores argumentaram que a capa era uma crítica irônica à objetificação feminina. A jornalista Brooke Ivey Johnson, do Metro, escreveu em 13 de junho que a imagem era uma “sátira da construção da feminilidade”, destacando a habilidade de Carpenter em moldar narrativas. A discussão ganhou força com a participação de figuras públicas, como Carly Simon, que, em entrevista à Rolling Stone em 18 de junho, comparou a controvérsia à de seu álbum Playing Possum, de 1975, e defendeu a liberdade artística de Carpenter.
A cantora respondeu às críticas com humor. Em 16 de junho, ao reagir a um comentário que questionava se ela tinha “personalidade além de sexo”, Carpenter escreveu no X: “Garota, sim, e é booooa”. A resposta, que alcançou 2,2 milhões de visualizações, reforçou sua postura de não se intimidar com a controvérsia.
Nova capa e resposta à polêmica
A capa alternativa, lançada em 25 de junho, foi apresentada como uma solução para aplacar as críticas sem abandonar a estética provocativa de Carpenter. A imagem, em preto e branco, mostra a cantora em uma pose confiante, segurando o braço de um homem em um ambiente formal. A legenda “aprovada por Deus” foi interpretada como uma ironia às acusações de que a arte original era ofensiva ou moralmente inadequada.
A mudança foi bem recebida por parte dos fãs, que elogiaram a habilidade de Carpenter de manter o controle da narrativa. No entanto, alguns críticos, como Kuba Shand-Baptiste, do The i Paper, argumentaram que a nova capa ainda carece de profundidade satírica, mantendo um tom “titilante” que não desafia efetivamente os estereótipos. A decisão de lançar a capa alternativa coincidiu com o sucesso de “Manchild”, que estreou em primeiro lugar na Billboard Hot 100 em 16 de junho, consolidando a relevância comercial do álbum.
Contexto do álbum
Man’s Best Friend é o sétimo álbum de estúdio de Sabrina Carpenter, produzido em colaboração com Jack Antonoff e Amy Allen, que também trabalharam em Short n’ Sweet, lançado em 23 de agosto de 2024. O álbum anterior marcou o auge da carreira da cantora, alcançando o primeiro lugar na Billboard 200 e gerando quatro singles no top 10 da Billboard Hot 100: “Espresso”, “Please Please Please”, “Taste” e “Bed Chem”.
O novo projeto, com 12 faixas, explora temas de decepção em relacionamentos, segundo Antonoff, mas mantém o tom irreverente e sexualmente explícito que define o estilo de Carpenter. A cantora revelou à Rolling Stone que as sessões de composição começaram logo após Short n’ Sweet, sem pressão para superar o sucesso anterior. Inspirada por ídolos como Dolly Parton e Linda Ronstadt, ela optou por um lançamento rápido, menos de um ano após o último álbum.
Estilo e sexualidade na carreira de Carpenter
Sabrina Carpenter, de 26 anos, construiu uma carreira marcada por letras provocativas e performances ousadas. Desde sua estreia no Disney Channel, em Girl Meets World, ela evoluiu de ídolo teen para uma artista pop com controle criativo total, assinando com a Island Records em 2021. Sua turnê Short n’ Sweet, que termina em novembro de 2025, destacou sua persona sexualmente confiante, com coreografias explícitas para músicas como “Juno” e “Bed Chem”.
A performance de “Juno”, em que Carpenter simula posições sexuais ao cantar “Você já tentou essa?”, gerou debates semelhantes à controvérsia da capa. Enquanto fãs celebraram a liberdade sexual, críticos, incluindo pais de fãs mais jovens, consideraram o conteúdo inadequado. A cantora defendeu sua abordagem, argumentando que as escolhas refletem a preferência do público por suas faixas mais ousadas.
Debate sobre feminismo e sexualidade
A controvérsia de Man’s Best Friend reacendeu discussões sobre feminismo e expressão sexual na música pop. Críticos como Poppie Platt, do The Telegraph, argumentaram que a capa é problemática para o público jovem de Carpenter, comparando-a a tendências de redes sociais que promovem subserviência feminina. Outros, como Jessica Clark, do Mamamia, defenderam que a imagem subverte a objetificação, usando o título e a pose para ironizar o uso pejorativo do termo “bitch”.
A acadêmica Tanenbaum, citada pela USA Today, destacou que a franqueza sexual de Carpenter só é chocante para quem associa abertura sexual feminina a algo negativo. A comparação com Madonna, que desafiou normas com álbuns como Erotica, foi recorrente, com Carpenter sendo vista como parte de uma tradição de provocação sexual para questionar tabus.
Sucesso comercial de “Manchild”
O single “Manchild”, lançado em 5 de junho, foi um sucesso imediato, alcançando o número 1 na Billboard Hot 100, na Irlanda e no Reino Unido. Coescrito com Antonoff e Allen, o single mistura pop com elementos country, criticando homens imaturos com letras como “Por que tão sexy se tão burro?”. O videoclipe, dirigido por Mia Barned, reforça a narrativa satírica, mostrando Carpenter em papéis exageradamente femininos.
A faixa foi elogiada por sua produção vibrante e letras irônicas, consolidando a posição de Carpenter como uma das principais artistas pop de 2025. O sucesso do single, aliado à polêmica da capa, aumentou a expectativa para o lançamento do álbum, que já está em pré-venda no site oficial da cantora.
Reações nas redes sociais
As redes sociais foram o epicentro do debate sobre a capa. No Instagram, comentários variaram de críticas como “Isso é um ritual de humilhação?” a elogios como “Você está trabalhando até tarde”, em referência a “Espresso”. No X, a hashtag #MansBestFriend acumulou milhões de visualizações, com usuários divididos entre acusações de antifeminismo e defesas da sátira.
Um post com 5,1 milhões de visualizações chamou a capa de “derrogatória”, enquanto outro, com 2,2 milhões, elogiou sua profundidade satírica. A participação de artistas como Rachel Chinouriri, que apoiou Carpenter, e a defesa de fãs reforçaram a narrativa de que a crítica reflete conservadorismo disfarçado de feminismo.
Influência cultural
A controvérsia de Man’s Best Friend reflete tensões culturais mais amplas sobre sexualidade feminina. Enquanto Carpenter é comparada a ícones como Britney Spears e Madonna, a reação à capa sugere uma sociedade ainda desconfortável com mulheres que controlam sua imagem sexual. A escritora Dominique Sisley, do Dazed, argumentou que a polêmica exagera o impacto de uma única imagem em um contexto saturado de conteúdo explícito online.
A escolha de Carpenter de lançar uma capa alternativa, sem abandonar sua estética provocativa, demonstra sua habilidade em navegar a crítica enquanto mantém sua base de fãs. A nova arte, mais formal, mas ainda com um toque de ironia, reforça sua imagem como uma artista que não se dobra à pressão.
Preparação para o lançamento
O álbum Man’s Best Friend está programado para chegar às lojas e plataformas digitais em 29 de agosto, quase exatamente um ano após Short n’ Sweet. A data o torna elegível para a categoria de Melhor Capa de Álbum no Grammy de 2026, uma nova categoria anunciada pela Recording Academy em 12 de junho.
Carpenter continua sua turnê Short n’ Sweet, que inclui apresentações no British Summer Time Festival, em Londres, e no Primavera Sound, em Barcelona. A turnê, que já atraiu celebridades como Harry Styles e Janet Jackson, reforça sua ascensão como uma das maiores estrelas pop da atualidade.
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