Supermercados, indústrias e produtores locais protagonizam maior volume de negociações da história da feira

A rodada de negócios promovida na 50ª Expoacre movimentou R$ 29,1 milhões em acordos firmados entre indústrias, supermercados e produtores locais. O número é o maior já registrado desde a primeira edição da feira e representa um crescimento de cerca de 37% em relação ao ano anterior, conforme dados divulgados pela Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia (SEICT). A ação foi coordenada em parceria com o Sebrae e a Federação do Comércio.
Acordos fechados superam expectativa inicial
Com mais de 300 encontros comerciais organizados em três dias, o evento gerou negócios que vão desde fornecimento de hortifrutigranjeiros até contratos com distribuidoras de bebidas e alimentos industrializados.
As principais cadeias envolvidas:
- Redes de supermercados regionais e interestaduais;
- Cooperativas de produtores rurais;
- Indústrias de derivados de leite, açaí e carnes processadas.
“Batemos o recorde histórico e abrimos portas para mercados que o Acre ainda não acessava”, afirmou Alessandra Marconato, gestora do Sebrae-AC.
Supermercados lideram volume de compras
Grandes redes como Araújo, Super Econômico, DB e Baratão da Carne foram as principais compradoras, respondendo por mais de R$ 18 milhões em aquisições e pré-contratos. A preferência foi por fornecedores locais de farinha, café, peixe e carne suína embalada.
Além das compras diretas, foram firmadas cartas de intenção com validade de 12 meses, o que deve garantir fluxo comercial contínuo até a Expoacre 2026.
Agroindustrialização e inovação no centro das conversas
Empresas como Dom Porquito, Saboaria Gotas da Floresta, Coopermil e Sítio Esperança também participaram da rodada, com destaque para linhas de produtos sustentáveis e industrializados com certificação ambiental.
A SEICT ressaltou que 40% das negociações envolveram empreendimentos da economia verde, alinhados às novas exigências do mercado externo.
“Quem inova fecha negócio. O consumidor exige rastreabilidade e sustentabilidade”, afirmou o secretário Assurbanipal Mesquita.
Conclusão: não é só exposição, é faturamento
A Expoacre tem deixado de ser apenas uma feira de vitrines e discursos para se tornar um hub real de negócios. O volume financeiro movimentado mostra que, quando há curadoria, matchmaking e foco comercial, o Acre consegue romper a lógica de dependência institucional e produzir riqueza. Que a vitrine siga de pé — mas com estoque para entregar.
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Assinado por:
Eliton L. Muniz – Estagiário
Cidade AC News – www.cidadeacnews.com.br
Fontes:
- SEICT – Balanço oficial da rodada (04/08/2025)
- Sebrae-AC – Relatório pós-evento
- Entrevistas com empresários e compradores




