Do Sofá para o Site – Coluna de Dona Zizi
A seca do Rio Acre atingiu níveis críticos em Rio Branco, obrigando prefeitura e governo a decretarem emergência. Mais de 60% da capital depende do manancial, mas, na prática, moradores convivem com torneiras secas, improvisos e promessas que evaporam mais rápido que a própria água do rio.Rio Acre seca e a rotina da população afunda
Em bairros da periferia, a cena é comum: baldes enfileirados, caminhões-pipa atrasados e crianças ajudando a carregar latas d’água. O discurso oficial fala em “plano emergencial”, mas o povo sente o peso na pele — e no bolso. Porque comprar água mineral virou item de sobrevivência.
Rio Acre seca, mas a demagogia transborda
O Rio Acre baixou mais de seis centímetros em uma semana, aproximando-se da menor cota histórica já registrada em Rio Branco (Cidade AC News – Últimas Notícias). Enquanto o leito some, os discursos se multiplicam: cada autoridade com sua frase pronta para as redes sociais. O problema é que discurso não enche caixa d’água.
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O improviso diante da seca do Rio Acre
A cada ano a cena se repete: decreto de emergência, coletiva de imprensa e promessas de investimentos. A realidade é que a capital não tem um plano de longo prazo para garantir abastecimento em tempos de seca. E o povo, como sempre, é quem se vira com gambiarras para não ficar sem água.
Contexto histórico
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2016: seca histórica já deixava bairros inteiros sem água.
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2021: Rio Acre atinge menor nível registrado.
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2025: novo decreto de emergência expõe que nenhuma lição foi aprendida.
Próximos passos
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Investimentos em reservatórios e tratamento de água.
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Programas permanentes de abastecimento alternativo.
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Ações de prevenção em bairros mais vulneráveis.
Crise hídrica no Acre em 2025 – Breve histórico
O ano de 2025 marcou uma das maiores crises hídricas já enfrentadas pelo Acre. Desde abril, a estiagem prolongada reduziu drasticamente o nível dos rios que cortam o estado, em especial o Rio Acre, principal fonte de abastecimento da capital. A área em situação de seca avançou rapidamente, atingindo quase dois terços do território estadual em poucos meses.
Em Rio Branco, o drama se intensificou no início de agosto, quando o Rio Acre chegou a apenas 1,31 metro, ficando a poucos centímetros do menor nível histórico já registrado. Mesmo após chuvas pontuais, o manancial se manteve em patamar crítico, não ultrapassando a marca de 1,50 metro durante semanas. Essa condição comprometeu o abastecimento de água potável, aumentou a dependência de caminhões-pipa e expôs a fragilidade da infraestrutura urbana diante da falta de planejamento de longo prazo.
A seca prolongada também trouxe reflexos para a agricultura, dificultou a navegação de pequenas embarcações e reduziu a disponibilidade de pescado em comunidades ribeirinhas. Além dos impactos imediatos, especialistas alertam que a crise hídrica de 2025 evidencia a necessidade de políticas permanentes de gestão da água no Acre, já que a estiagem tende a se repetir e se agravar com as mudanças climáticas. O episódio reforçou a urgência de investimentos em reservatórios, sistemas alternativos de captação e campanhas de conscientização para o uso racional da água pela população.
Conclusão
Do sofá, olhando a bacia d’água no quintal, a sensação é clara: enquanto o Rio Acre seca, a paciência do povo evapora junto. Emergência virou rotina, e improviso parece ser a política oficial da capital, onde cada decreto soa repetido e cada promessa some como gota d’água no sol escaldante. (Conversa de quem já viveu pra contar.)
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