Situação atual do nível do rio:
Nas últimas 24 horas, o Rio Acre apresentou queda expressiva em seu nível, chegando a 1,77 metro por volta das 5h11 desta segunda-feira, 14 de julho, segundo boletim da Defesa Civil de Rio Branco.
O cenário se agrava ainda mais se as chuvas seguirem escassas, o que tem sido recorrente: a capital não registrou precipitação relevante nas últimas quatro semanas, intensificando o recuo das águas.
Causas da vazante e funcionamento do ciclo hidrológico:
Essa recessão se insere no ciclo sazonal de secas no Norte, potencializado desde 2023. A estiagem prolongada se relaciona ao fenômeno El Niño, à elevação das temperaturas no Atlântico Norte e ao desmatamento regional . Ainda que natural, o processo tem efeitos adversos: redução de profundidade e vazão do rio, afetando o abastecimento humano, animal e no transporte fluvial tradicional.
Impactos sobre abastecimento e população ribeirinha:
Quando o nível do Rio Acre atinge marcas abaixo de 2 m, a captação de água para sistemas urbanos é comprometida, o que pode acarretar rodízio ou baixa pressão. Comunidades ribeirinhas sofrem com a impossibilidade de navegação, afetando acesso a medicamentos, alimentos e transporte escolar. Essa realidade exige atenção redobrada da prefeitura e do estado, para garantia de fornecimento de água potável, monitoramento de poços e atenção à manutenção das redes hídricas.
Mobilização institucional:
A Defesa Civil municipal mantém rondas diárias. Caso o nível se aproxime de 1,50 metro, engenheiros deverão intervir na captação e solicitar apoio de órgãos estaduais e federais para instalar bombas de reforço e ajudar no tráfego de balsas. Já surgem pedidos de ribeirinhos via associações e prefeituras locais para medidas compensatórias, mas ainda não há plano emergencial divulgado publicamente.
Cenário futuro e consequências ambientais:
Se as condições climáticas continuarem dominadas por massas secas, espera-se que o nível atinja sua cota mínima histórica de aproximadamente 1,26 metro, registrada em 2022 . Isso afeta ecossistemas: peixes perdem áreas de reprodução, ilhas de árvores chegam a secar, e animais terrestres têm acesso restrito a fontes de água. Ao mesmo tempo, há risco de crise sanitária devido à água turva, o que exige acompanhamento da vigilância ambiental.
O que a população pode esperar e fazer:
- Acompanhar boletins diários da Defesa Civil;
- Estocar água potável apenas conscientemente, sem criar pânico;
- Comunicar vazamentos e falhas de abastecimento emergencial;
- Apoiar projetos locais de captação alternativas e saneamento sustentável;
- Denunciar desmatamento e queimadas no entorno do rio, que reduzem capacidade hídrica.
Já sentiu mudanças na pressão da água ai na sua casa? Compartilha essa notícia e marca a galera para que todos fiquem alertas e presentes na defesa do Rio Acre.
Eliton Muniz – Caboco das Manchetes
Free Lancer | do Cidade AC News
Rio Branco – Acre
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