Introdução
O Ato Reaja Brasil, realizado em Rio Branco neste 7 de Setembro, mostrou que a independência de 1822 continua uma promessa inconclusa. No palanque, o prefeito Tião Bocalom (PL) pediu uma “nova independência” diante de um país que, segundo ele, marcha na contramão da liberdade. Para uns, foi brado patriótico. Para outros, pura retórica de palanque. Mas uma coisa é inegável: o Brasil, em 2025, discute tornozeleiras eletrônicas enquanto sonha com liberdade.
Ato e o brado de independência
Bocalom não poupou palavras: “7 de Setembro é dia da independência, mas precisamos de uma nova independência. O país está aliado a Cuba, China, Rússia e Venezuela. Isso não dá mais.”
A fala arrancou aplausos de pouco mais de 500 pessoas reunidas na Gameleira. Foi a plateia possível para um movimento que já arrastou multidões. Alexandre Garcia narraria como símbolo de resistência. Renato Azevedo escreveria: “De tsunami patriótico a fileira de fiéis — a independência parece ter encolhido de tamanho.”
Tornozeleira e perseguição
O prefeito atacou diretamente o Judiciário: “Bolsonaro preso, por quê? Tornozeleira, por quê?”. A pergunta ecoou como indignação. O mesmo tom apareceu quando citou perseguição a religiosos. Silas Malafaia foi lembrado: “Tomaram até o caderno onde ele preparava cultos”.
O detalhe virou símbolo. Garcia diria: “A liberdade de culto está em risco.” Azevedo retrucaria: “Se até caderno de pastor virou arma do sistema, é porque o arbítrio perdeu a vergonha.”
O coro da anistia
O discurso ganhou corpo quando aliados defenderam anistia. João Marcos Luz disse que a tornozeleira no ex-presidente era “indigna”. O senador Márcio Bittar garantiu que a Câmara teria votos para perdoar. O presidente municipal do PL, João Paulo Bittar, tentou ampliar: “Não é só por Bolsonaro, é pelo Brasil.”
Mas ninguém se enganou. O eixo do ato segue sendo Bolsonaro.
Comparações históricas e novos símbolos
Bocalom comparou o momento atual a 1964, mas trocou o protagonista: “Agora é o povo que reage, não os militares”. A frase soou forte, mas também revelou fragilidade. Afinal, a multidão que incendiava avenidas virou meia dúzia em frente ao rio.
Michelle Bolsonaro, em áudio, exaltou o “meu galego dos olhos azuis”. A plateia vibrou. Garcia trataria como devoção. Azevedo chamaria de “romance político em plena praça pública”.
O Brasil em disputa

O deputado Ulysses Araújo chamou o governo atual de “maldito” e alertou: “Pense muito bem em quem você vai escolher no próximo ano”. Para ele, o risco é repetir modelos venezuelanos e chineses que sufocam liberdade de expressão. O parlamentar ainda frisou que a democracia brasileira vive sob tensão permanente, ameaçada por decisões judiciais seletivas e por um Executivo que, em sua visão, prefere controlar a opinião pública a enfrentar os verdadeiros problemas do país. A plateia respondeu com aplausos, ecoando a mensagem de que a disputa de 2026 será menos eleitoral e mais existencial.
Conclusão letal
O Brasil de 1822 escolheu independência e venceu. O Brasil de 2025 pede nova independência, mas recebe tornozeleira eletrônica. Chama-se isso de democracia, mas é democracia sob escolta.
Se a chama que incendiava ruas virar cinza em praças esvaziadas, não haverá independência — haverá submissão. E submissão não é vida. É morte em prestações.
– 7 provas de que o Brasil pede nova independência –
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✍️ Assinatura Final
Por Eliton Lobato Muniz — Cidade AC News
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