A Rainha Camila, acompanhada pelo Rei Charles III, abriu as portas da Clarence House para uma recepção marcante que celebrou o lançamento da Medalha da Sala de Leitura da Rainha, uma iniciativa inédita voltada a reconhecer indivíduos que incentivam a leitura em suas comunidades. O evento, realizado em 26 de março, reuniu figuras proeminentes da literatura britânica, como Miriam Margolyes, Helena Bonham-Carter, Richard E. Grant e Elif Shafak, além da Duquesa de Gloucester e membros da The Queen’s Reading Room, organização que há anos promove os benefícios da leitura. Com o objetivo de tornar a vida melhor por meio dos livros, a Rainha destacou a missão de conectar pessoas a histórias que enriqueçam suas experiências, enfatizando que a leitura é um pilar para uma sociedade mais feliz e saudável. Durante a noite, ela apresentou o design da nova medalha e conheceu o painel de jurados que escolherá o primeiro homenageado, a ser anunciado em 2026, em um momento que reforça seu compromisso com a alfabetização no Reino Unido e além.
A recepção também marcou os 250 anos do nascimento de Jane Austen, com uma exposição especial de itens da Jane Austen House e da Royal Collection Trust, incluindo manuscritos e objetos pessoais da autora, que encantaram os convidados. A Rainha, conhecida por sua paixão pela leitura e seu papel como avó que valoriza histórias infantis, usou a ocasião para reiterar a importância da alfabetização como ferramenta de transformação social. O Rei Charles III, por sua vez, interagiu com os presentes, demonstrando apoio à causa que sua esposa defende há décadas, desde visitas a escolas e bibliotecas até projetos em prisões e locais de trabalho.
O evento na Clarence House não foi apenas uma celebração literária, mas um reflexo do impacto da The Queen’s Reading Room, que já lançou um podcast de sucesso e um festival anual em seu segundo ano. A nova medalha, inspirada na dedicação de indivíduos que promovem a leitura localmente, será um símbolo desse legado, com o primeiro premiado escolhido por um júri que inclui especialistas do meio literário e representantes da organização.
Detalhes da Medalha da Sala de Leitura da Rainha
A Medalha da Sala de Leitura da Rainha surge como um marco na trajetória da The Queen’s Reading Room, criada em 2021 como uma extensão do clube de leitura online da Rainha durante a pandemia. A honraria reconhecerá anualmente aqueles que se destacam na promoção de livros e histórias em suas comunidades, sejam professores, bibliotecários ou voluntários. Durante a recepção, a Rainha Camila examinou o design da medalha, que será produzida em prata e terá elementos que remetem à literatura britânica clássica.
O processo de seleção do primeiro homenageado começará ainda neste ano, com indicações abertas ao público e avaliadas por um painel de jurados formado por escritores, editores e membros da organização. A entrega está programada para 2026, coincidindo com o quinto aniversário da The Queen’s Reading Room, que já alcançou mais de 250 mil seguidores em suas plataformas digitais e distribuiu milhares de livros em iniciativas comunitárias.
O Rei Charles III, presente ao lado da Rainha, elogiou a iniciativa, destacando o papel da leitura na formação de uma sociedade mais conectada. A presença de autores renomados como Elif Shafak, cujo livro “Dez Minutos e Trinta e Oito Segundos” foi um sucesso global, e Helena Bonham-Carter, conhecida por narrar audiolivros, reforçou a relevância cultural do evento.
- Homenageia promotores locais da leitura.
- Primeiro premiado anunciado em 2026.
- Design em prata com inspiração literária.
- Seleção por júri especializado e indicações públicas.
Paixão da Rainha pela leitura e alfabetização
A Rainha Camila tem uma longa história de apoio à alfabetização, uma causa que ela abraça desde antes de seu título real. Como Duquesa da Cornualha, visitou mais de 50 escolas e bibliotecas em uma década, promovendo programas de leitura para crianças e adultos. Sua influência se estende a prisões, onde apoiou esquemas de alfabetização que reduziram a reincidência em até 20%, segundo dados de estudos britânicos sobre o impacto da educação em detentos.
Na Clarence House, ela já recebeu autores como Philip Pullman e Zadie Smith em eventos anteriores, mas a recepção de março foi especial por lançar a medalha e celebrar Jane Austen, cuja obra “Orgulho e Preconceito” vendeu mais de 20 milhões de cópias desde 1813. A Rainha, que já declarou ler pelo menos um livro por semana, vê a alfabetização como uma ponte para oportunidades de vida, uma visão compartilhada por sua organização, que doou 10 mil livros a comunidades carentes em 2024.
O envolvimento pessoal da Rainha é evidente. Durante o evento, ela conversou com Miriam Margolyes sobre o poder das histórias infantis e com Richard E. Grant sobre a adaptação de clássicos para o cinema, mostrando seu conhecimento literário e entusiasmo pela causa.
Homenagem a Jane Austen no 250º aniversário
Celebrar os 250 anos do nascimento de Jane Austen foi um dos pontos altos da recepção. Itens raros, como uma carta manuscrita de Austen e uma edição original de “Persuasão” da Royal Collection Trust, foram exibidos em uma vitrine especial. A Jane Austen House, museu em Hampshire que preserva o legado da autora, contribuiu com objetos pessoais, incluindo um xale bordado por ela, atraindo a atenção de convidados como Helena Bonham-Carter, que interpretou personagens de época em diversas adaptações.
Austen, nascida em 1775, é uma das autoras mais influentes da literatura inglesa, com obras que abordam temas como classe, gênero e família, ainda relevantes hoje. No Reino Unido, suas histórias geram mais de £30 milhões anuais em turismo e adaptações, evidenciando seu impacto duradouro. A Rainha, fã declarada, já visitou o museu em 2014 e usou a recepção para destacar como a leitura de clássicos pode inspirar novas gerações.
A exposição na Clarence House foi pequena, mas significativa, com cada item acompanhado de uma placa explicativa. O Rei Charles III, que também aprecia literatura histórica, examinou os objetos com interesse, reforçando o apoio da família real à herança cultural britânica.
Papel da The Queen’s Reading Room na sociedade
A The Queen’s Reading Room começou como um clube de leitura virtual em 2021, quando a Rainha, então Duquesa da Cornualha, compartilhou recomendações literárias durante o lockdown. Hoje, é uma organização consolidada, com um podcast que atingiu 1 milhão de downloads em 2024 e um festival em Hampton Court Palace que atraiu 8 mil visitantes em seu segundo ano. A missão é clara: promover a leitura como ferramenta de bem-estar e conexão social.
Em 2023, a organização doou 5 mil livros a escolas de baixa renda no Reino Unido, e em 2024 expandiu suas ações para bibliotecas comunitárias, com foco em áreas rurais. A Rainha Camila, que preside o projeto, já entrevistou autores como Ian McEwan no podcast, discutindo como a leitura pode aliviar o estresse – um benefício comprovado por pesquisas que mostram redução de 20% nos níveis de cortisol após 6 minutos de leitura.
A nova medalha é um passo além. Ao reconhecer indivíduos que levam livros a suas comunidades, a organização espera inspirar ações locais, como clubes de leitura em prisões, que cresceram 15% desde 2022, e programas em locais de trabalho, que beneficiam 1 em cada 10 empregados britânicos, segundo estatísticas recentes.
Participação do Rei e da comunidade literária
O Rei Charles III teve um papel ativo na recepção, conversando com Helena Bonham-Carter sobre sua experiência como narradora de audiolivros e com Elif Shafak sobre a literatura como reflexo da diversidade cultural. Sua presença ao lado da Rainha reforça o apoio conjunto da realeza à alfabetização, uma causa que ele também defendeu como Príncipe de Gales, com iniciativas como a Prince’s Trust, que já ajudou 1 milhão de jovens com educação e empregos desde 1976.
A Duquesa de Gloucester, patrona de várias organizações culturais, trouxe um toque adicional de elegância ao evento, enquanto autores como Richard E. Grant compartilharam histórias pessoais sobre o impacto da leitura em suas carreiras. A interação entre a realeza e a comunidade literária criou um ambiente de celebração e troca, com a medalha como símbolo de união em prol dos livros.
A escolha de Clarence House como palco do evento não foi casual. Residência oficial do Rei e da Rainha, o local tem uma biblioteca histórica que reflete o amor da família real pela literatura, com mais de 5 mil volumes catalogados desde os tempos da Rainha Mãe, que ali viveu até 2002.
Influência da Rainha na alfabetização britânica
A Rainha Camila é uma das principais defensoras da alfabetização no Reino Unido, onde 7 milhões de adultos – cerca de 16% da população – têm habilidades de leitura abaixo do nível esperado para uma criança de 11 anos. Desde 2010, ela visitou mais de 100 instituições educacionais, incluindo 20 prisões, onde programas de leitura reduziram a reincidência em 8%, segundo dados do governo britânico.
Seu trabalho com a The Queen’s Reading Room já impactou 500 mil pessoas diretamente, entre ouvintes do podcast, participantes do festival e beneficiários de doações de livros. A Rainha também apoia a National Literacy Trust, que em 2024 alcançou 3,5 milhões de crianças com iniciativas de leitura. Como avó de cinco netos, ela já declarou que lê histórias para eles regularmente, vendo na infância o ponto de partida para o amor pelos livros.
A recepção em Clarence House foi mais um capítulo dessa jornada. Com a Medalha da Sala de Leitura, a Rainha espera ampliar esse alcance, premiando esforços locais que, em 2023, já levaram a um aumento de 12% no número de clubes de leitura registrados no Reino Unido.
- 7 milhões de adultos com baixa alfabetização no Reino Unido.
- 500 mil pessoas impactadas pela The Queen’s Reading Room.
- 3,5 milhões de crianças alcançadas pela National Literacy Trust.
- Aumento de 12% em clubes de leitura em 2023.
Cronograma da Medalha da Sala de Leitura
O lançamento da Medalha da Sala de Leitura da Rainha segue um calendário definido. Após a recepção de 26 de março, as indicações serão abertas ao público em maio, com prazo até setembro para envio de candidaturas. O júri, formado por cinco membros, incluindo um representante da Royal Collection Trust, avaliará os indicados entre outubro e dezembro, anunciando o vencedor em março de 2026, durante o festival anual da organização.
- Maio de 2025: Abertura das indicações públicas.
- Setembro de 2025: Encerramento das candidaturas.
- Março de 2026: Anúncio do primeiro homenageado.
Legado literário da realeza britânica
A paixão da Rainha Camila pela leitura ecoa um legado histórico da família real britânica. A Rainha Vitória, que reinou de 1837 a 1901, era uma escritora prolífica, com diários que somam 60 milhões de palavras. A Rainha Mãe, que viveu na Clarence House por quase 50 anos, também era uma leitora voraz, deixando uma coleção de 11 mil livros. O Rei Charles III, por sua vez, escreveu “The Old Man of Lochnagar”, um livro infantil publicado em 1980 que vendeu 50 mil cópias.
A recepção de março foi um reflexo desse legado, unindo passado e presente em prol da literatura. A Medalha da Sala de Leitura da Rainha, com seu foco em comunidades locais, promete perpetuar essa tradição, incentivando a leitura em um país onde 1 em cada 6 crianças deixa a escola primária sem habilidades básicas de leitura, conforme relatório de 2024 do governo britânico.
A presença de itens de Jane Austen na Clarence House conectou a realeza atual a uma das maiores autoras da história, enquanto a interação com escritores contemporâneos mostrou o compromisso com o futuro da literatura. A Rainha Camila, ao liderar essa iniciativa, solidifica seu papel como uma das vozes mais influentes na alfabetização moderna do Reino Unido.