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RIO BRANCO – A temperatura subiu no ninho progressista. Após oficializar a vice-governadora Mailza Assis como pré-candidata ao governo do Acre em 2026, o diretório estadual do PP decidiu apertar o cerco e emitir um recado claro: os aliados que ocupam cargos na gestão de Tião Bocalom (PL) precisarão escolher um lado.
O aviso não veio em tom de apelo. Foi uma comunicação estratégica, pensada para delimitar território e conter a velha prática da “dupla lealdade” — onde o mesmo quadro político se alinha ao prefeito bolsonarista em Rio Branco e à vice-governadora na esfera estadual. O Progressistas agora exige definição.
O movimento faz parte da tática de blindagem da pré-candidatura de Mailza, que avança com apoio da federação PP/União Brasil e sinal verde da cúpula nacional. Ao cortar as ambivalências dentro da base, o partido busca unificar forças e impedir a fragmentação do eleitorado governista.
O prefeito Bocalom, até o momento, não se manifestou sobre o ultimato. Mas nos corredores do Palácio Rio Branco, a interpretação é direta: a guerra fria entre a vice-governadora e o prefeito virou embate político aberto.
A mensagem também afeta diretamente nomes estratégicos que ainda orbitam nas duas estruturas. Vereadores, assessores e secretários filiados ao PP mas ligados ao grupo de Bocalom terão que tomar posição — ou correm o risco de perder espaço na máquina partidária.
Nova etapa no xadrez político do Acre
O endurecimento do PP evidencia que o período de hesitação acabou. A candidatura de Mailza já está em campo, tem estrutura, e agora exige coerência política de seus aliados. O partido quer saber quem é base e quem está apenas ocupando cargos sem compromisso com o projeto de 2026.
É a velha máxima da política: quem fica em cima do muro, uma hora é empurrado.
Eliton Lobato Muniz – Cidade AC News – Rio Branco – Acre





