Primeira onda polar de 2025 gela o Sul e Sudeste, mas calor retorna nos próximos dias
O primeiro fim de semana de abril trouxe um cenário incomum para o outono brasileiro. Uma potente massa de ar frio, originada na região polar, avançou pelo centro-sul do país, derrubando as temperaturas e estabelecendo novos recordes de mínimas e máximas em diversas capitais. Em Urupema, na serra catarinense, os termômetros marcaram -0,2°C, a primeira temperatura negativa registrada em 2025 no Brasil. Capitais como São Paulo, Curitiba e Porto Alegre sentiram o impacto, com mínimas que variaram entre 12°C e 15°C, algo notável para o início da estação. No entanto, o alívio do frio já está a caminho, com a previsão indicando uma elevação gradual das temperaturas ao longo desta semana, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, que foram as mais afetadas por essa incursão polar.
A queda acentuada surpreendeu moradores de várias cidades. Em São Paulo, a mínima chegou a 15,4°C no domingo, enquanto Curitiba registrou 12,4°C no sábado, consolidando as menores marcas do ano até agora. No Rio de Janeiro, a máxima não passou de 25,5°C na região de Marambaia, um valor bem abaixo do esperado para o período. Até mesmo Cuiabá, no Centro-Oeste, conhecida pelo clima quente, viu os termômetros caírem para 20,5°C. Esse evento climático foi impulsionado por uma massa de ar frio que atravessou o continente, trazendo características típicas de um outono mais rigoroso. A amplitude térmica também chamou atenção, com manhãs geladas contrastando com tardes que, embora mais frescas, ainda exigiram adaptação nos hábitos diários.
Com o afastamento dessa frente fria, o cenário muda rapidamente. A partir desta segunda-feira, o ar polar intenso começa a perder força, abrindo espaço para uma elevação das temperaturas. Regiões como Sul e Sudeste, que enfrentaram madrugadas frias, devem experimentar tardes mais quentes nos próximos dias. O fenômeno, apelidado de “efeito cebola”, já é perceptível: manhãs e noites pedem casacos, enquanto o calor da tarde faz muitos dispensarem as roupas quentinhas. Esse contraste deve marcar o início da semana, trazendo alívio para quem sentiu o impacto do frio repentino.
A passagem dessa massa de ar frio deixou marcas significativas em diversas regiões do país. Originada no sul do continente, ela avançou rapidamente, alcançando estados do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e até parte do Norte entre os dias 4 e 6 de abril. Em Santa Catarina, o registro de -0,2°C em Urupema não foi apenas um marco para 2025, mas também um indicativo da força desse sistema climático. Áreas serranas, como as de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, são naturalmente mais suscetíveis a quedas bruscas de temperatura devido à altitude, mas o alcance dessa onda polar surpreendeu até mesmo especialistas.
No Sul, Porto Alegre anotou 12,5°C como a menor temperatura do ano, enquanto Florianópolis chegou a 16,0°C. Curitiba, conhecida pelo clima mais ameno, teve uma máxima de apenas 17,1°C no sábado, um valor que reflete a intensidade do ar frio que se instalou na região. O Sudeste também foi impactado, com São Paulo registrando dois dias consecutivos de mínimas abaixo dos 16°C. Em Belo Horizonte, a temperatura caiu para 18,0°C, e no Rio de Janeiro, a máxima de 25,5°C na Marambaia destoou do padrão habitual de calor carioca. Até Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, sentiu o efeito, com 18,1°C no sábado.
O Centro-Oeste e o Norte não escaparam totalmente. Cuiabá, onde temperaturas abaixo de 20°C são raras no início de abril, marcou 20,5°C, e Rio Branco, no Acre, chegou a 21,2°C. Esse alcance amplo demonstra como a massa polar conseguiu influenciar áreas distantes de sua origem. A combinação de altitude, latitude e a força do sistema explica por que o frio foi tão sentido em diferentes pontos do país, mesmo em locais onde o outono costuma ser mais suave.
Diversas capitais brasileiras estabeleceram novos recordes de temperatura no primeiro fim de semana de abril. Os dados coletados entre os dias 4 e 6 mostram o quanto essa onda polar alterou o padrão climático esperado para o período. Confira alguns dos valores mais expressivos:
Esses números refletem não apenas a intensidade do frio, mas também a variação entre mínimas e máximas, evidenciando a amplitude térmica que caracterizou o fim de semana. Capitais do Sul, como Curitiba e Porto Alegre, já acostumadas a temperaturas mais baixas, confirmaram sua vulnerabilidade a massas polares, enquanto cidades como São Paulo e Cuiabá surpreenderam ao registrar marcas tão atípicas para o início de abril.
Passado o pico de frio, a semana que se inicia traz uma mudança significativa no panorama climático. O ar polar, que dominou o centro-sul do país, está se dissipando, dando lugar a uma massa de ar mais quente. Esse processo começou a ser sentido já na manhã desta segunda-feira, com termômetros indicando uma leve elevação em várias cidades. No Sul, onde o impacto foi mais forte, as temperaturas devem subir gradualmente, com tardes alcançando valores entre 25°C e 28°C até o fim da semana.
No Sudeste, a recuperação também é notável. São Paulo, que enfrentou manhãs geladas, deve ter máximas próximas de 27°C nos próximos dias, enquanto o Rio de Janeiro pode voltar a registrar temperaturas acima dos 30°C. A previsão aponta que o “efeito cebola” será mais evidente nas áreas urbanas, com manhãs ainda frescas, entre 16°C e 18°C, contrastando com tardes quentes. Em Belo Horizonte, a mínima deve subir para cerca de 20°C, e as tardes podem atingir 28°C, trazendo alívio após o frio do fim de semana.
O Centro-Oeste segue a mesma tendência. Campo Grande, que marcou 18,1°C no sábado, deve ver as temperaturas máximas ultrapassarem os 30°C até quarta-feira. Cuiabá, por sua vez, retorna ao padrão habitual de calor, com valores próximos de 33°C. Até o Norte, onde o frio foi menos intenso, sente o aquecimento, com Rio Branco podendo alcançar 32°C nas próximas tardes. Essa transição rápida reflete a dinâmica típica do outono, uma estação marcada por variações bruscas entre sistemas climáticos.
Embora o aquecimento esteja em curso, o mês de abril ainda reserva surpresas. A previsão indica que outras duas ou três massas de ar frio de origem polar devem atravessar o Brasil até o fim do mês, trazendo novas quedas acentuadas de temperatura. Esses eventos são esperados especialmente na segunda quinzena, com potencial para atingir novamente o Sul, o Sudeste e partes do Centro-Oeste. A intensidade dessas ondas pode variar, mas há indícios de que pelo menos uma delas tenha força suficiente para provocar geadas em áreas serranas do Sul.
A primeira dessas incursões está prevista para ocorrer por volta do dia 12, afetando principalmente o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, com reflexos mais leves em São Paulo e Mato Grosso do Sul. Outra onda, possivelmente mais forte, pode chegar no final do mês, entre os dias 25 e 28, alcançando um número maior de estados. Essas projeções sugerem que o outono de 2025 seguirá com características de grande variabilidade, alternando períodos de calor com episódios de frio marcante.
Essa instabilidade é típica da estação, que funciona como uma transição entre o verão quente e úmido e o inverno seco e frio. A influência de sistemas polares em abril não é incomum, mas a força da primeira onda deste ano chama atenção. Áreas de maior altitude, como as serras gaúcha e catarinense, podem voltar a registrar temperaturas negativas, enquanto cidades de planície devem enfrentar mínimas entre 10°C e 15°C. O acompanhamento dessas previsões será essencial para entender o impacto real dessas próximas massas de ar.
A chegada inesperada do frio no primeiro fim de semana de abril alterou a rotina de milhões de pessoas no centro-sul do Brasil. Em Porto Alegre, moradores trocaram roupas leves por casacos e cobertores, enquanto em São Paulo o uso de aquecedores aumentou nas primeiras horas do dia. O contraste entre as manhãs geladas e as tardes mais amenas pegou muitos desprevenidos, especialmente em áreas urbanas onde a sensação térmica foi agravada pelo vento.
Nas regiões serranas, o impacto foi ainda mais visível. Em Urupema, onde o termômetro marcou -0,2°C, a formação de geada cobriu campos e telhados, atraindo curiosos e afetando atividades agrícolas. Produtores de frutas e hortaliças, comuns na região, monitoraram de perto as plantações, já que temperaturas negativas podem danificar culturas sensíveis. Em Curitiba, a baixa máxima de 17,1°C reduziu o movimento em parques e praças, enquanto o comércio de bebidas quentes, como café e chocolate, viu um aumento nas vendas.
O transporte também sentiu os efeitos. Nevoeiros matinais, comuns em períodos de incursão polar, reduziram a visibilidade em rodovias do Sul e Sudeste, exigindo atenção redobrada de motoristas. Em aeroportos como o de Congonhas, em São Paulo, e o de Porto Alegre, operações seguiram normais, mas a possibilidade de atrasos foi monitorada. Esse cenário reflete como o clima pode influenciar diretamente a vida cotidiana, mesmo em um evento de curta duração como esse.
O mês de abril promete manter os brasileiros atentos às mudanças climáticas. Baseado nas projeções atuais, aqui está um panorama das próximas incursões de ar frio esperadas:
Essas datas são estimativas e podem sofrer ajustes nos próximos dias, mas indicam que o frio não dará trégua total neste mês. A alternância entre calor e quedas bruscas deve continuar, mantendo o outono como uma estação de contrastes.
O episódio de frio registrado no início de abril trouxe alguns fatos interessantes que ajudam a entender o fenômeno. Veja alguns destaques:
Esses pontos mostram como o clima pode surpreender, mesmo em um mês que costuma ser de transição. A força da massa polar e seu alcance amplo reforçam a imprevisibilidade do outono brasileiro.
Com o ar polar se afastando, os próximos dias serão de recuperação térmica em todo o centro-sul do país. No Sul, as máximas devem subir para a casa dos 27°C até quinta-feira, enquanto as mínimas ficam entre 14°C e 16°C. O Sudeste segue o mesmo ritmo, com São Paulo alcançando 27°C e Rio de Janeiro voltando aos 30°C. No Centro-Oeste, Campo Grande e Cuiabá retomam o calor característico, com temperaturas acima de 30°C já na metade da semana.
Essa elevação não significa o fim das variações. A previsão aponta que o “efeito cebola” persistirá, especialmente em áreas urbanas e de altitude, onde as manhãs ainda serão frescas. No Norte, o impacto do frio foi menor, mas o aquecimento também será sentido, com máximas chegando a 33°C em Rio Branco. Esse cenário de transição deve predominar até a chegada da próxima massa polar, prevista para meados do mês, mantendo o outono como um período de constantes mudanças climáticas.
A rápida passagem do frio e o retorno do calor evidenciam a dinâmica do clima brasileiro em abril. Enquanto o Sul e o Sudeste se recuperam das mínimas recordes, outras regiões já voltam ao padrão de temperaturas mais altas. Esse contraste reforça a importância de acompanhar as previsões, especialmente em um mês que ainda promete novas ondas de ar polar capazes de alterar novamente o cenário térmico do país.