domingo, 8 junho, 2025
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Previsão de junho aponta frio moderado e chuvas intensas no Sul do Brasil

Previsão do tempo

Junho de 2025 marca o início do inverno climático no Hemisfério Sul, trazendo um panorama de temperaturas moderadas, chuvas intensas no Sul e uma estação seca consolidada no Centro do Brasil. Segundo dados meteorológicos, o mês, que abrange o começo oficial do inverno astronômico em 20 de junho, será influenciado por condições de neutralidade no Oceano Pacífico, sem El Niño ou La Niña. No Rio Grande do Sul, a previsão indica precipitações acima da média na Metade Norte, enquanto São Paulo enfrenta um período de pouca chuva. O frio, embora presente, não deve ser extremo, com incursões de massas de ar frio menos intensas que em anos anteriores. Essas condições climáticas são monitoradas por centros como o ECMWF e a NOAA, que fornecem dados para entender o comportamento do clima no país.

O mês de junho é tradicionalmente um dos mais frios do ano, especialmente no Sul do Brasil, onde geadas e temperaturas baixas são comuns. No entanto, as projeções para 2025 sugerem um inverno mais ameno, com tardes agradáveis e noites menos geladas. A variação climática entre as regiões brasileiras reflete a influência de sistemas como frentes quentes e centros de baixa pressão, que moldam o padrão de chuvas e temperaturas.

  • Principais características do clima em junho de 2025:
    • Neutralidade no Oceano Pacífico, com anomalias próximas de 0ºC.
    • Chuvas intensas no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
    • Estação seca consolidada no Centro-Oeste e Sudeste.
    • Temperaturas acima da média em grande parte do país na segunda quinzena.

Padrões climáticos históricos de junho

Junho é historicamente marcado por frio intenso no Sul do Brasil, com geadas frequentes e, em alguns casos, neve em áreas serranas. Dados climatológicos da série 1991-2020 mostram que, em Porto Alegre, a temperatura mínima média é de 11,3ºC, enquanto a máxima atinge 20,3ºC. A precipitação média na capital gaúcha é de 130,4 mm, tornando junho o quarto mês mais chuvoso do ano. Comparações entre as séries 1961-1990 e 1991-2020 indicam que o mês ficou ligeiramente menos frio nas últimas décadas, com a média mínima subindo de 10,7ºC para 11,3ºC e a máxima de 19,2ºC para 20,3ºC. A chuva, por outro lado, permaneceu praticamente estável, com uma leve redução de 132,7 mm para 130,4 mm.

Em São Paulo, a climatologia aponta para uma estação seca bem definida, com precipitação média de apenas 59,7 mm, a terceira menor do ano. A temperatura mínima média na capital paulista é de 13,5ºC, e a máxima, de 20,3ºC, refletindo um clima ameno durante o dia e fresco à noite. Essas condições contrastam com o Sul, onde sistemas meteorológicos ativos geram maior instabilidade.

Influência do Oceano Pacífico

O Oceano Pacífico Equatorial desempenha um papel crucial no clima global, e em junho de 2025, ele estará em estado de neutralidade. De acordo com a NOAA, a anomalia de temperatura na região Niño 3.4, usada para definir eventos como El Niño e La Niña, está em -0,2ºC, dentro da faixa de neutralidade (-0,4ºC a +0,4ºC). Já a região Niño 1+2, próxima às costas do Equador e Peru, registra uma anomalia de 0,2ºC, mas não é determinante para classificar fenômenos climáticos globais. Essa estabilidade no Pacífico contribui para um padrão climático sem extremos, com menos probabilidade de eventos como chuvas torrenciais ou secas prolongadas em grande escala.

  • Fatores relacionados ao Oceano Pacífico:
    • Neutralidade mantém padrões climáticos equilibrados.
    • Ausência de El Niño reduz riscos de chuvas extremas no Sul.
    • Fim da La Niña em fevereiro elimina influência de resfriamento.
    • Anomalias próximas de 0ºC favorecem estabilidade meteorológica.

Chuvas no Sul e estação seca no Centro

O mês de junho apresenta um contraste marcante entre as regiões brasileiras. No Sul, especialmente no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, as precipitações tendem a ser mais intensas devido à atuação de frentes quentes e centros de baixa pressão. No Rio Grande do Sul, a Metade Norte deve registrar volumes acima da média, enquanto o Oeste, Centro e Sul podem ter chuvas próximas ou abaixo da climatologia. No Paraná, algumas áreas podem enfrentar precipitações significativamente acima da média, influenciadas por sistemas vindos do Nordeste da Argentina e do Paraguai.

No Centro-Oeste e Sudeste, a estação seca se consolida, com precipitações reduzidas. Em São Paulo, a média de 59,7 mm reflete a baixa umidade típica do período, enquanto o Mato Grosso do Sul e partes de Minas Gerais também enfrentam condições secas. O Rio de Janeiro segue um padrão semelhante, com chuvas abaixo da média histórica. Essa configuração favorece o avanço de umidade para latitudes mais ao sul, intensificando as precipitações no Rio Grande do Sul e vizinhos.

Tendências de temperatura

As projeções de temperatura para junho de 2025 variam entre os modelos climáticos. O modelo europeu (ECMWF) sugere temperaturas próximas ou ligeiramente abaixo da média no Centro-Sul do Brasil, enquanto o modelo norte-americano (CFS) aponta para marcas acima da média, exceto no Rio Grande do Sul. A análise integrada indica que o mês não terá incursões de ar frio muito intensas, diferentemente de anos como 2016, quando mínimas negativas foram frequentes. A primeira metade de junho deve ser mais fria, influenciada por uma massa de ar frio do final de maio e outra na segunda semana. Já a segunda quinzena terá predomínio de temperaturas acima da média, com tardes agradáveis e algumas quentes para o padrão da estação.

  • Tendências regionais de temperatura:
    • Centro-Oeste: Predomínio de temperaturas acima da média.
    • Sudeste: Marcas próximas ou acima da média, especialmente em São Paulo e Minas Gerais.
    • Sul: Temperaturas próximas ou abaixo da média no Rio Grande do Sul; acima em outras áreas.
    • Nordeste: Pouca variação, com clima típico da estação seca.

Sistemas meteorológicos ativos

No Sul do Brasil, junho é marcado pela alta atividade de sistemas meteorológicos, como frentes frias, frentes quentes e centros de baixa pressão. Esses sistemas são responsáveis pelas chuvas mais volumosas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, enquanto o Paraná, por sua posição mais ao norte, sofre maior influência do ar seco do Centro do Brasil. As frentes quentes, em particular, são comuns no Rio Grande do Sul, quando massas de ar quente avançam sobre ar frio, gerando instabilidade e precipitações intensas. Esses eventos podem ser acompanhados de temporais, especialmente na Metade Norte do estado.

No Centro-Oeste e Sudeste, a influência de sistemas meteorológicos é reduzida, com predomínio de massas de ar seco que mantêm o céu claro e as temperaturas estáveis. Essa configuração reforça a estação seca, com impactos diretos na agricultura e no consumo de água em estados como São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Diferenças regionais no clima

As condições climáticas de junho variam significativamente entre as regiões brasileiras. No Sul, o Rio Grande do Sul enfrenta um mês chuvoso, com precipitações que podem superar 130 mm em Porto Alegre. Santa Catarina e Paraná também registram chuvas acima da média, especialmente em áreas próximas à Argentina e ao Paraguai. No Sudeste, São Paulo e Rio de Janeiro têm um clima mais seco, com precipitações abaixo de 60 mm. O Centro-Oeste, incluindo Mato Grosso do Sul e Goiás, enfrenta a consolidação da estação seca, com umidade relativa baixa e chuvas escassas.

  • Clima por região em junho:
    • Rio Grande do Sul: Chuvas intensas na Metade Norte, temperaturas moderadas.
    • São Paulo: Estação seca, com média de 59,7 mm de chuva.
    • Centro-Oeste: Umidade baixa, precipitações mínimas.
    • Nordeste: Estação seca, com chuvas concentradas no litoral.
    • Norte: Chuvas reduzidas, mas ainda presentes em algumas áreas.

Impactos na agricultura

O clima de junho influencia diretamente a agricultura, especialmente no Sul e Centro-Oeste. No Rio Grande do Sul, as chuvas intensas podem beneficiar culturas de inverno, como trigo, mas também trazer desafios, como alagamentos em áreas baixas. No Centro-Oeste, a estação seca favorece a colheita de grãos, como soja e milho, mas exige cuidados com a irrigação. Em São Paulo, a baixa precipitação facilita atividades agrícolas, mas aumenta a demanda por água em regiões de cultivo intensivo.

Os sistemas meteorológicos ativos no Sul, como frentes quentes, podem causar perdas em plantações sensíveis a ventos fortes e chuvas excessivas. No Paraná, onde as precipitações podem ser muito acima da média, os agricultores precisam monitorar o risco de erosão do solo e doenças fúngicas nas lavouras.

Monitoramento e previsões semanais

As previsões para junho de 2025 são baseadas em modelos climáticos avançados, como o ECMWF, que fornecem mapas de anomalias de chuva e temperatura por semana. Na primeira semana, espera-se a influência de uma massa de ar frio remanescente de maio, mantendo temperaturas abaixo da média no Sul. A segunda semana trará uma nova incursão de ar frio, com possibilidade de geadas em áreas serranas. Na terceira e quarta semanas, as temperaturas devem subir, com tardes quentes em grande parte do Centro-Sul.

  • Previsões semanais:
    • Primeira semana: Frio moderado, chuvas no Sul.
    • Segunda semana: Nova massa de ar frio, geadas possíveis.
    • Terceira semana: Temperaturas acima da média, chuvas reduzidas.
    • Quarta semana: Tardes quentes, clima seco no Centro-Oeste.

Comparação com anos anteriores

Dados históricos mostram que junho de 2025 deve ser menos frio que anos como 2016, quando o Rio Grande do Sul registrou um número elevado de mínimas negativas. A neutralidade no Oceano Pacífico contribui para essa tendência, reduzindo a frequência de massas de ar frio intensas. Em comparação com a série 1961-1990, as temperaturas mínimas e máximas em Porto Alegre subiram cerca de 0,6ºC a 1,1ºC, indicando um leve aquecimento nas últimas décadas. A precipitação, por outro lado, mantém-se estável, com variações mínimas.

No Sudeste, a estação seca de 2025 segue padrões semelhantes aos de anos anteriores, com precipitações reduzidas e temperaturas amenas. No Centro-Oeste, a consolidação da estação seca é consistente com a climatologia, mas a umidade relativa pode ser ligeiramente mais baixa em algumas áreas, como o Mato Grosso do Sul.

Preparativos para o clima de junho

As condições climáticas de junho exigem preparativos específicos em diferentes setores. No Sul, os agricultores devem estar atentos a chuvas intensas e possíveis temporais, enquanto os moradores de áreas serranas precisam se preparar para geadas esporádicas. No Centro-Oeste e Sudeste, a baixa umidade aumenta o risco de incêndios florestais, exigindo ações de prevenção por parte das autoridades. Em áreas urbanas, como São Paulo, a redução das chuvas facilita a mobilidade, mas reforça a necessidade de monitoramento dos reservatórios de água.

  • Medidas de preparo por setor:
    • Agricultura: Monitoramento de chuvas e irrigação adequada.
    • Defesa Civil: Prevenção contra temporais e geadas no Sul.
    • Meio ambiente: Combate a incêndios no Centro-Oeste.
    • Saneamento: Gestão de reservatórios no Sudeste.

Variações climáticas no Brasil

O clima de junho reflete a diversidade geográfica do Brasil, com condições que variam de chuvas intensas no Sul a um clima seco no Centro-Oeste. No Norte, as precipitações diminuem, mas ainda ocorrem em áreas como o Amazonas. No Nordeste, o litoral registra chuvas moderadas, enquanto o interior enfrenta a estação seca. Essas diferenças regionais moldam as atividades econômicas e o cotidiano da população, exigindo adaptações específicas em cada área.

Os modelos climáticos, como o ECMWF e o CFS, oferecem uma visão detalhada dessas variações, permitindo que governos, empresas e cidadãos se preparem para o mês. A neutralidade no Oceano Pacífico reforça a estabilidade climática, mas a atuação de sistemas meteorológicos no Sul mantém a atenção para eventos de chuva intensa e frio moderado.

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