Prefeito de Rio Branco recebe judiciário para debater sobre política antimanicomial das pessoas privadas de liberdade

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, recebeu nesta sexta-feira (21), em seu gabinete, a visita do desembargador Francisco Djalma (TJAC), e as representante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Rúbia Evangelista e Adriana Motter. Na ocasião a magistratura acreana debateu com o representante do executivo municipal as políticas antimanicomiais das pessoas privadas de liberdade.

Djalma: “A prefeitura vai contratar profissionais multidisciplinares” (Foto: Marcos Araújo/Secom)

Nas duas últimas décadas, o CNJ vem trabalhando para assimilar as diretrizes da Lei nº 10.216/2001, a Lei da Reforma Psiquiátrica, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Diante disso, as instituições vieram firmar uma parceria com o Município para que essa lei possa ser executada.

Segundo o desembargador o diálogo vai possibilitar condições de tratamento multiprofissional regido pelo Poder Municipal para os educandos que estiverem em liberdade.

Bocalom: “É importante que a lei seja cumprida” (Foto: Marcos Araújo/Secom)

“A prefeitura vai contratar um grupo de profissionais multidisciplinares como psicólogos, médicos, assistentes sociais e outros, para que esse grupo seja recebido em um estabelecimento criado pela prefeitura para serem acompanhados, por meio de consultas e medicações. Essas pessoas ficarão em um ambiente de fiscalização por parte do Estado e do Município, cumprindo a sentença e fazendo esse tratamento até que possam ser recuperados e possam voltar ao seu convívio social”, explicou.

O prefeito da capital destacou a importância de que a lei seja cumprida e garantiu que a rede municipal vai seguir com as orientações para que esse público possa ser assistido.

“O que estamos fazendo é essa conversa com o Tribunal de Justiça do Estado, através do desembargador Dr. Djalma e sua equipe, com membros do CNJ, para implementarmos isso na nossa cidade. Segundo eles, tem pelo menos três pessoas nessas condições que precisam ter o acompanhamento mais próximo, inclusive até um local para que eles possam ficar. A prefeitura vai procurar fazer, dentro da sua possibilidade e tempo, exatamente cumprir esta resolução”.