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Posicionamento do Governador Gladson Cameli Frente às Ações do TCE e Repercussão Nacional

Posicionamento do Governador Gladson Cameli Frente às Ações do TCE e Repercussão Nacional

Posicionamento do Governador Gladson Cameli Frente às Ações do TCE e Repercussão Nacional

O governador do Acre, Gladson Cameli, enfrenta um cenário político delicado com denúncias do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e investigações no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Este artigo analisa seu posicionamento, a repercussão nacional, e as perspectivas da oposição e dos aliados do governo estadual.

Contexto das Ações do TCE e Investigações

O Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE-AC) tem fiscalizado a gestão de Gladson Cameli, especialmente após a Operação Ptolomeu, deflagrada pela Polícia Federal. A operação investiga supostos desvios de recursos públicos, organização criminosa, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e passiva, além de fraudes em licitações. Em 16 de maio de 2024, o STJ aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), tornando Cameli réu.

As investigações apontam um prejuízo estimado de R$ 150 milhões em obras públicas no Acre, com denúncias de irregularidades em contratos e nomeações de aliados em cargos estratégicos na Assembleia Legislativa e no próprio TCE-AC.

Posicionamento de Gladson Cameli

Gladson Cameli nega veementemente as acusações. Em nota oficial, ele afirmou que o processo no STJ é uma oportunidade para provar sua inocência, destacando a “total lisura” de seus atos como governador. Ele alega ser vítima de perseguição política e questiona a condução das investigações, citando supostas irregularidades como falta de acesso a documentos e vigilância sem autorização judicial.

Cameli mantém uma agenda pública ativa, enfatizando realizações de sua gestão, como a criação de um grupo de trabalho para transição energética e ações emergenciais durante as cheias do Rio Acre, para desviar o foco das denúncias.

Repercussão Nacional

As denúncias contra Cameli ganharam destaque em veículos nacionais, como Poder360, Metrópoles e Agência Brasil, amplificando o impacto político. A compra de um apartamento de luxo em São Paulo, avaliado em mais de R$ 5 milhões, e a suspeita de nomeações de aliados no TCE-AC e na Assembleia Legislativa reforçam a narrativa de corrupção sistêmica.

Em 30 de novembro de 2023, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu o afastamento de Cameli do cargo, acusando-o de liderar um esquema que causou prejuízo de quase R$ 12 milhões aos cofres públicos. O STJ rejeitou o pedido, mantendo medidas cautelares, como proibição de contato com testemunhas e restrições a movimentações financeiras.

Visão da Oposição

A oposição, liderada por figuras como Jorge Viana (PT), ex-governador do Acre, critica duramente a gestão de Cameli. Eles apontam a Operação Ptolomeu como evidência de má gestão e corrupção, acusando o governador de ignorar alertas sobre irregularidades, como mensagens de uma servidora do Deracre em 2022, conforme reportado pelo Portal do Rosas em 15 de março de 2024.

O PT, que governou o Acre por 20 anos até 2018, utiliza as denúncias para tentar recuperar espaço político, destacando a necessidade de maior transparência e controle nas contas públicas.

Perspectiva dos Aliados

Os aliados de Cameli, incluindo membros do Progressistas (PP) e deputados da base governista na Assembleia Legislativa, defendem sua permanência no cargo e minimizam as acusações. Eles destacam sua reeleição em 2022 como prova de apoio popular e elogiam iniciativas como investimentos em infraestrutura e habitação. “O governador tem feito um trabalho excepcional, com obras em todos os municípios”, afirmou o senador Alan Rick.

O presidente da Assembleia Legislativa, Nicolau Júnior, reforça a harmonia institucional, participando de eventos com Cameli, como visitas ao TCE-AC.

Relação com o TCE-AC

Cameli mantém uma relação pública de cooperação com o TCE-AC. Em 21 de maio de 2024, visitou a sede do tribunal para conhecer o projeto de reforma sustentável da instituição, elogiando sua atuação. Em 10 de fevereiro de 2025, discutiu com a presidente do TCE-AC, Dulcinéia Benício, pautas como educação e combate à violência contra mulheres, reforçando o alinhamento institucional.

Conclusão

O posicionamento de Gladson Cameli frente às ações do TCE e às investigações do STJ é de negação das acusações e manutenção de uma agenda positiva, com foco em obras e parcerias institucionais. A repercussão nacional amplia a pressão sobre sua gestão, enquanto a oposição capitaliza as denúncias para questionar sua legitimidade. Os aliados reforçam seu apoio, destacando conquistas e harmonia com outros poderes. O desdobramento das investigações no STJ será crucial para o futuro político de Cameli no Acre.

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