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Poliana de Vale Tudo: Como Pedro Paulo Rangel e Matheus Nachtergaele marcaram o papel icônico

Matheus Nachtergaele

A novela Vale Tudo, um marco da teledramaturgia brasileira, voltou às telas em 2025 com um remake que reacende memórias e apresenta novos talentos. Entre os personagens mais queridos está Poliana, o otimista dono de um botequim na Vila Isabel, cuja generosidade e bom humor conquistaram o público na versão original de 1988 e agora ganham nova vida. Interpretado por Pedro Paulo Rangel na primeira exibição, o papel passou às mãos de Matheus Nachtergaele no remake, trazendo uma mistura de nostalgia e frescor para a trama escrita por Gilberto Braga. A história de Poliana, amigo leal de Raquel na novela, reflete não apenas a essência da produção, mas também a evolução da televisão brasileira, conectando gerações de espectadores. Enquanto a nova versão celebra a atualidade, com Taís Araújo como Raquel e Bella Campos como Maria de Fátima, o personagem de Poliana continua sendo um símbolo de esperança e solidariedade, ressoando com o público por sua autenticidade.

Na versão original, Pedro Paulo Rangel transformou Poliana em um ícone, com uma atuação que equilibrou humor e emoção, tornando-o inesquecível. Sua interpretação, marcada por naturalidade, destacou a essência de um homem simples, mas de coração grande, que oferece apoio à protagonista em momentos de dificuldade. A escolha de Matheus Nachtergaele para o remake, um ator consagrado no cinema e na televisão, reforça a importância do personagem, trazendo camadas adicionais à sua personalidade vibrante.

A trajetória de Poliana, tanto na trama quanto na história da televisão, revela o impacto cultural de Vale Tudo. A novela, conhecida por abordar temas como corrupção e ambição, usa personagens como Poliana para contrapor valores humanos à ganância. Seja na Vila Isabel dos anos 1980 ou na recriação contemporânea, o papel segue como um lembrete da força das conexões genuínas, um tema que atravessa décadas.

Um personagem que atravessa gerações

Pedro Paulo Rangel, carinhosamente chamado de Pepê por amigos, já era um nome respeitado quando assumiu Poliana em 1988. Com papéis em novelas como Gabriela e Saramandaia, ele trouxe ao personagem uma energia cativante, capaz de iluminar cenas com seu sorriso e leveza. Sua habilidade em dar profundidade a um papel secundário fez de Poliana um favorito entre os fãs, alguém que representava a bondade em meio ao caos da trama.

Rangel, nascido em 1948, tinha uma carreira consolidada no teatro e na televisão. Formado pela Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo, ele estreou na Globo em 1972, com a novela O Primeiro Amor. Ao longo de três décadas, participou de mais de 20 produções, incluindo sucessos como O Cravo e a Rosa e A Indomada. Sua versatilidade permitiu que transitasse entre comédia e drama, sempre com presença marcante.

A saúde de Rangel, no entanto, foi desafiada por uma doença pulmonar obstrutiva crônica, que o levou à morte em 2002, aos 54 anos. Sua partida deixou um vazio na teledramaturgia, mas o legado de Poliana permanece como um testemunho de seu talento. Fãs ainda relembram suas cenas com carinho, especialmente as interações com Regina Duarte, a Raquel da versão original.

Momentos marcantes de Poliana em 1988

Na Vale Tudo original, Poliana teve papéis-chave que conquistaram o público:

  • Acolhida a Raquel: Ofereceu abrigo à protagonista ao lado da irmã Aldeíde, mostrando solidariedade.
  • Botequim da Vila Isabel: Seu bar era ponto de encontro, refletindo a vida comunitária carioca.
  • Apoio incondicional: Esteve ao lado de Raquel em momentos de traição e dificuldades financeiras.
  • Humor leve: Suas tiradas traziam alívio cômico, equilibrando a tensão da novela.

Matheus Nachtergaele assume o desafio

Escalado para o remake, Matheus Nachtergaele traz uma bagagem impressionante ao papel de Poliana. Nascido em 1969, em São Paulo, ele é conhecido por atuações memoráveis, como João Grilo em O Auto da Compadecida, que lhe rendeu prêmios e reconhecimento no cinema. Na televisão, marcou presença em produções como Hilda Furacão, Da Cor do Pecado e, mais recentemente, Renascer, onde viveu Norberto.

Nachtergaele, filho da atriz Regina Cazé, cresceu imerso no meio artístico. Estudou na Escola de Comunicações e Artes da USP e começou no teatro, dirigindo e atuando em peças antes de migrar para a tela. Sua capacidade de mesclar intensidade dramática com carisma faz dele uma escolha natural para Poliana, um personagem que exige coração e autenticidade.

No remake, a interpretação de Nachtergaele mantém a essência do Poliana original, mas adiciona nuances contemporâneas. A Vila Isabel de 2025 ganha cores vibrantes, e o botequim se torna um espaço de resistência cultural, refletindo os desafios atuais do Rio de Janeiro. A química com Taís Araújo, como Raquel, promete recriar a conexão emotiva que marcou a novela há quase quatro décadas.

O que torna Poliana especial

Poliana, em ambas as versões, destaca-se por características únicas:

  • Otimismo incorrigível: Enxerga o lado positivo, mesmo em tempos difíceis.
  • Generosidade: Abre as portas de casa e do coração para quem precisa.
  • Simplicidade: Representa a força das relações humanas sem pretensões.
  • Carisma: Conquista com humor e empatia, seja em 1988 ou 2025.

Vale Tudo e seu impacto cultural

Exibida entre 1988 e 1989, Vale Tudo revolucionou a teledramaturgia ao abordar temas ousados para a época, como corrupção, traição e a busca desenfreada pelo sucesso. Escrita por Gilberto Braga, com colaboração de Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, a novela atingiu picos de 80 pontos de audiência, um feito raro. Sua história, centrada na rivalidade entre Raquel e sua filha Maria de Fátima, expôs as desigualdades sociais e a moralidade ambígua do Brasil pós-ditadura.

O remake, lançado em 2025, atualiza a trama para refletir o mundo contemporâneo. A nova produção, dirigida por Daniela Braga, mantém o núcleo central, mas incorpora questões como redes sociais, gentrificação e diversidade. Poliana, agora vivido por Nachtergaele, continua sendo o contraponto à ambição de personagens como Maria de Fátima, interpretada por Bella Campos, que herda o papel icônico de Glória Pires.

A escolha de um elenco estelar, com nomes como Karine Teles (Aldeíde) e Adriana Esteves (Helena), reforça a ambição do remake. A novela, exibida no horário das 21h na Globo, busca repetir o sucesso do original, que foi exportado para mais de 30 países e inspirou adaptações internacionais.

Elenco em transformação

O remake de Vale Tudo traz mudanças significativas no elenco:

  • Raquel: Regina Duarte (1988) dá lugar a Taís Araújo (2025).
  • Maria de Fátima: Glória Pires passa o bastão para Bella Campos.
  • Poliana: Pedro Paulo Rangel é sucedido por Matheus Nachtergaele.
  • Aldeíde: Cláudia Magno é substituída por Karine Teles.

O botequim como coração da trama

Na novela, o botequim de Poliana é mais do que um cenário. Em 1988, ele representava a alma da Vila Isabel, um bairro carioca conhecido pela boemia e pela música. O bar era palco de conversas, risadas e conflitos, servindo como ponto de união para os personagens. Pedro Paulo Rangel dava vida ao espaço com gestos acolhedores, como servir um chope gelado ou ouvir as dores de Raquel.

No remake, o botequim ganha um toque moderno, com referências à cultura atual, como samba ao vivo e grafites nas paredes. Matheus Nachtergaele, com sua energia magnética, transforma o local em um refúgio para os moradores, que enfrentam pressões como aumento de alugueis e especulação imobiliária. A direção de arte investiu em detalhes que evocam nostalgia, mas com um pé no presente, conectando o público de diferentes idades.

A relação de Poliana com o botequim também reflete sua personalidade. Ele não busca lucro, mas sim convivência. Seja oferecendo um prato de comida a quem tem fome ou mediando brigas, o personagem encarna o espírito comunitário que resiste às transformações urbanas.

A evolução da Vila Isabel

A Vila Isabel de Vale Tudo mudou entre as duas versões:

  • 1988: Um bairro operário, com casas simples e forte identidade cultural.
  • 2025: Uma área em transição, com bares modernos e desafios de gentrificação.
  • Constante: O samba e a fraternidade, que seguem vivos no botequim de Poliana.

Legado de Pedro Paulo Rangel

A carreira de Pedro Paulo Rangel é um capítulo à parte na história da TV brasileira. Após Vale Tudo, ele brilhou em papéis cômicos, como o Cosme de O Cravo e a Rosa, e dramáticos, como em Belíssima. Sua presença em minisséries, como Anos Dourados, e no cinema, em filmes como O Coronel e o Lobisomem, mostrou sua versatilidade. Rangel também foi um mestre do teatro, com atuações em peças de Nelson Rodrigues e Ariano Suassuna.

O diagnóstico de enfisema pulmonar, agravado pelo tabagismo, limitou seus últimos anos. Internado em 2002 no Rio de Janeiro, ele faleceu em 21 de dezembro, deixando uma legião de admiradores. Sua interpretação de Poliana, porém, continua viva, reprisada em plataformas como o Globoplay e celebrada por novas gerações.

A influência de Rangel vai além do personagem. Ele inspirou atores como Matheus Nachtergaele, que, em entrevistas, destacou a responsabilidade de suceder um ícone. A entrega de Rangel à arte, com um misto de disciplina e espontaneidade, segue como referência para quem pisa nos estúdios da Globo.

Marcos da carreira de Rangel

Pedro Paulo Rangel deixou um currículo invejável:

  • 1972: Estreia na TV com O Primeiro Amor.
  • 1988: Consagra-se como Poliana em Vale Tudo.
  • 2000: Brilha em O Cravo e a Rosa como Cosme.
  • 2002: Falece, deixando mais de 30 produções na TV e no teatro.

Matheus Nachtergaele no remake

A escolha de Nachtergaele para Poliana reflete a aposta da Globo em um ator capaz de honrar o passado e inovar. Com mais de 20 anos de carreira, ele acumula prêmios como o Grande Otelo pelo filme Cidade dos Homens e elogios por papéis em séries como Sob Pressão. Sua formação teatral, com passagens pelo grupo P personnel, agrega densidade ao personagem, mesmo em momentos leves.

No remake, Nachtergaele explora o lado empreendedor de Poliana, que sonha em expandir o botequim sem perder sua essência. A parceria com Raquel, vivida por Taís Araújo, ganha destaque, com cenas que misturam afeto e tensão, ecoando a dinâmica de 1988. A relação com Aldeíde, interpretada por Karine Teles, também traz emoção, mostrando o laço fraterno que sustenta o personagem.

A preparação de Nachtergaele incluiu visitas à Vila Isabel e conversas com donos de bares locais. Ele buscou captar o espírito do bairro, que, apesar das mudanças, preserva a hospitalidade. Sua atuação, exibida desde janeiro de 2025, já rende elogios nas redes sociais, com fãs destacando a química com o elenco.

Conquistas de Nachtergaele

Matheus Nachtergaele coleciona feitos notáveis:

  • 2000: Ganha prêmios por O Auto da Compadecida.
  • 2011: Marca época em Cordel Encantado como Timóteo.
  • 2024: Brilha em Renascer como Norberto.
  • 2025: Assume Poliana, um dos papéis mais esperados do ano.

A força de Vale Tudo em 2025

O remake de Vale Tudo estreou em 6 de janeiro de 2025, ocupando o horário nobre da Globo. Com 179 capítulos previstos, a novela mantém a estrutura do original, mas adapta diálogos e cenários ao público atual. A direção aposta em tecnologia, com gravações em 4K e efeitos visuais que recriam o Rio de Janeiro, de Copacabana à Zona Norte.

A trama segue a jornada de Raquel, uma mãe traída pela filha Maria de Fátima, que abandona a família por ambição. Poliana, como aliado de Raquel, reforça o tema central da novela: até onde vale ir por dinheiro? Sua presença, seja servindo no bar ou aconselhando a protagonista, traz leveza a uma história densa, repleta de reviravoltas.

A audiência inicial do remake registrou médias de 25 pontos, um número sólido para os padrões atuais. A Globo investiu pesado na divulgação, com campanhas nas redes sociais e participações do elenco em programas como Encontro e Altas Horas. O sucesso da novela também impulsiona o streaming, com capítulos disponíveis no Globoplay horas após a exibição.

Números do remake

A nova Vale Tudo impressiona pelos dados:

  • Investimento: Cerca de R$200 mil por capítulo, um dos maiores da Globo.
  • Elenco: Mais de 50 atores, com nomes como Taís Araújo e Adriana Esteves.
  • Cenários: 30 locações no Rio, incluindo estúdios em Curicica.
  • Audiência: Média de 25 pontos na estreia, com pico de 28.

Desafios do remake

Recriar um clássico como Vale Tudo exige equilíbrio entre respeito ao original e inovação. A produção enfrenta expectativas altas, já que a novela de 1988 é considerada uma das melhores da história. Fãs nas redes sociais acompanham cada detalhe, comparando atuações e escolhas criativas, o que aumenta a pressão sobre o elenco e a equipe.

Outro desafio é atrair o público jovem, menos habituado ao formato das novelas. A Globo aposta em temas atuais, como influencers e startups, para dialogar com a geração Z, enquanto preserva a essência dramática que conquistou os mais velhos. Poliana, com seu jeito acolhedor, serve como ponte entre essas audiências, conectando o passado ao presente.

A concorrência com streaming e redes sociais também pesa. Diferentemente de 1988, quando a TV dominava, o remake disputa atenção com séries internacionais e vídeos curtos. A resposta da Globo inclui interação online, com perfis oficiais da novela que compartilham bastidores e memes, aproximando o público.

Etapas da produção

A criação do remake seguiu um cronograma rigoroso:

  • 2023: Anúncio do projeto, com escolha de Daniela Braga como diretora.
  • 2024: Escolha do elenco e início das gravações no Rio de Janeiro.
  • Janeiro de 2025: Estreia na Globo, com exibição de segunda a sábado.
  • Julho de 2025: Previsão de término, com 179 capítulos exibidos.

Poliana como símbolo de humanidade

Na essência, Poliana representa o que há de melhor em Vale Tudo. Sua simplicidade contrasta com a ganância de outros personagens, como Maria de Fátima, que sacrifica tudo por poder. Em 1988, Pedro Paulo Rangel usou o papel para mostrar que a felicidade está nas coisas pequenas, como uma conversa no bar ou um gesto de apoio. A interpretação de Rangel, cheia de calor humano, tornou Poliana um espelho do brasileiro comum.

Matheus Nachtergaele, em 2025, honra essa visão, mas adiciona camadas de resiliência. Seu Poliana enfrenta os desafios de um Rio mais caro e desigual, mas mantém o sorriso e a porta aberta. A parceria com Raquel, agora vivida por Taís Araújo, reforça a mensagem de solidariedade, com momentos que já emocionam o público nos primeiros capítulos.

A dualidade entre as duas interpretações mostra a atemporalidade do personagem. Poliana, seja na voz de Rangel ou Nachtergaele, é um convite à reflexão sobre valores. Em um mundo obcecado por sucesso, ele lembra que a verdadeira riqueza está nas relações humanas, uma lição que Vale Tudo carrega há quase 40 anos.

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