Os peritos médicos da PF (Polícia Federal) realizaram na tarde desta quarta-feira (17) exames do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), dentro da Superintendência da PF, no Distrito Federal, onde ele está preso desde 22 de novembro.
Na PF, há uma área de perícia dedicada à medicina legal. Nesses casos, os médicos já fazem a análise documental de laudos apresentados pela equipe médica de Bolsonaro. O trabalho é do INC (Instituto Nacional de Criminalística), da PF.
Os profissionais analisam o diagnóstico do ex-presidente com toda a documentação de exames, prontuários médicos e afins; realizam um aprofundamento e concluem se, baseado naqueles documentos, há a necessidade de urgência em cirurgia, como é solicitada pela defesa de Bolsonaro.
No exame presencial desta quarta-feira, Bolsonaro foi ouvido pelos peritos. Os profissionais explicam que o paciente é submetido à verificação de sintomas e exame clínico. Por fim, fazem um laudo técnico.
Após realizada essa etapa, o documento é enviado ao STF, para o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Com o laudo em mãos, o magistrado deve decidir se autoriza ou não a cirurgia do ex-presidente, em um hospital privado de Brasília.
Entenda
Em 11 de dezembro, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou que a PF fizesse perícia médica no ex-presidente Jair Bolsonaro em até 15 dias.
Moraes alega que os exames apresentados pela defesa do ex-presidente não são atuais e quer uma avaliação isenta sobre a necessidade da intervenção cirúrgica no dirigente da direita.
Dias antes, os advogados de Bolsonaro pediram que o ex-presidente fosse transferido para prisão domiciliar. A defesa aponta que ele enfrenta uma piora no quadro de soluços e precisa de avaliação médica.
Atualmente, o ex-presidente está preso em uma sala da Polícia Federal de doze metros quadrados. Bolsonaro tem reclamado que o ambiente é pequeno e não permite uma assistência necessária. Além de reclamar do barulho de uma estação de geradores, ao lado de sua cela.
Segundo relatos feitos à CNN, Moraes avalia ainda transferir Bolsonaro para um espaço maior, mas ainda em regime fechado.
Uma das ideias cogitadas seria a Papudinha, dentro do Complexo da Papuda, onde está preso o ex-ministro Anderson Torre que, assim como Bolsonaro, foi condenado por tentativa de golpe de Estado.
