“Meu pensamento suicida é menor que meus sonhos. E maior que minha ansiedade.”
Não é uma frase de efeito. É uma realidade que já me visitou mais de uma vez. Às vezes silenciosa, às vezes gritando dentro da minha cabeça. Tenho aprendido, com dor, que viver com ansiedade é travar uma batalha diária — invisível para os outros, mas gigantesca por dentro.
E no meio disso tudo, eu reconheço: Deus tem sido o meu refúgio. Nos momentos mais escuros, quando ninguém entende, Ele entende. Quando nem eu me aguento, Ele me segura. Quando penso que não tenho mais forças, é Ele quem me levanta. Se eu ainda estou aqui, é por fé. Porque sozinho, eu não teria suportado.
Também preciso admitir: errei ao dar ouvidos algumas pessoas, que com rostos de verdade carregavam na boca mentiras, calúnias, ataques covardes. Gente que falou da minha vida sem conhecer o que se passa comigo, que me julga sem saber o que eu carrego no peito. Ameaçaram minha honra, tentaram sujar meu nome, criaram narrativas absurdas — algumas que, por mais loucas que pareçam, chegaram a gerar até medidas protetivas.
Julgaram até o jeito que vivo, como se tivessem o direito — um carro que exala cheiro de gasolina, como se isso fosse motivo pra me envergonhar. Apontaram até para a comida.
É cobrança demais. Pressão demais. Expectativas irreais sobre os meus ombros. Gritam que eu tenho que ser forte, coerente, firme, irrepreensível — mas esquecem que por trás do que pareço existe um ser humano esgotado, que só queria um pouco de paz.
Mesmo assim, meus sonhos ainda falam. Ainda cochicham no meio do caos. Ainda me lembram de quem eu sou e pra onde eu quero ir. E mesmo quando minha mente desaba, quando a ansiedade me sufoca, quando penso em sumir, esses sonhos me agarram pelo braço e dizem: “fica mais um pouco”. Às vezes é só isso que me faz continuar.
Eu sei que não sou definido pelos meus piores pensamentos. Sei que sou mais do que os erros que cometi ou as críticas que recebo. Sou alguém que está lutando, que reconhece os tropeços, mas que também reconhece o quanto tem tentado se reerguer.
As vezes rotúlado de doido, por procurar ajuda de especialistas e de fazer uso de remedios para melhorar o estado fisico e da alma que grita!
E sigo. Nem sempre confiante. Nem sempre inteiro. Mas sigo. Porque Deus é maior que a minha dor, e porque, mesmo em silêncio, meus sonhos ainda são maiores que os meus medos.
E isso — só isso — já é razão suficiente pra não desistir.