Entre taças de vinho, figos e frases de autoajuda, Paulo Coelho confunde o Evangelho com marketing espiritual.
📍 Rio Branco (AC) | Atualizado em 05/10/2025 – 23h35

Paulo Coelho confunde sabedoria divina com autoajuda de aeroporto.
Na entrevista “No fio da navalha”, da BBC News Brasil , o escritor reduz o Evangelho a slogan de copo térmico — porque citar Jesus ainda rende engajamento fácil no feed.
A BBC News Brasil é um dos veículos mais respeitados do mundo, e o espaço dado à reflexão é legítimo.
Mas quando uma frase como “Cristo transformou água em vinho, não vinho em água” vira manchete espiritual, é preciso mais cuidado.
Nem todo carisma é conhecimento. Nem toda frase de efeito é fé.
E aqui, de forma respeitosa e colegial, fica o convite: BBC, revisitem esse diálogo com o Evangelho em mãos — porque Cristo é mais do que um símbolo cultural; é uma revolução viva.
Paulo Coelho gosta de vestir o Cristo com a roupa da conveniência. Solta frases e acha que tocou o sagrado.
Mas quem lê Bíblia com pressa termina escrevendo teologia de aeroporto — bonita, superficial e vendável.
Cristo não foi manso no sentido de passivo.
Foi o homem que virou mesas, confrontou impérios, abraçou leprosos e provocou a elite religiosa sem pedir licença.
Ele não vendia sabedoria — oferecia renúncia.
Não distribuía promessas — entregava cruz.
Paulo Coelho, ao contrário, transforma parábolas em slogans e milagres em metáforas de salão.
Não há problema em beber vinho; o problema é esquecer que o milagre nunca foi sobre taça cheia, mas sobre vida transformada.
E é aqui que mora a diferença: enquanto o Evangelho continua vivo, desafiando e exigindo transformação, muitos preferem o conforto da frase feita à dor da fé genuína.
O Cristo de Coelho é confortável, decorativo e comercial.
O Cristo real é desconcertante, humano e exigente.
O que se sabe
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Paulo Coelho romantiza o Cristo e ignora as Escrituras.
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A BBC News Brasil deu espaço legítimo à entrevista, mas sem aprofundar a leitura.
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O Cristo real continua desafiando, libertando e dividindo — sem hashtags nem holofotes.
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O Evangelho segue sendo a única fonte que dispensa interpretações de marketing.
Reflexão
“Quem busca em Paulo Coelho a essência de Cristo está bebendo vinho sem videira —
e quem ainda espera salvação em frases prontas já trocou o Evangelho por slogans.
A fé não se compra, se vive; e Cristo, diferente deles, não sumiu — só não cabe nas prateleiras.”
Editorial

O verdadeiro Cristo nunca pediu aplausos.
Foi seguido por pescadores, questionado por doutores e crucificado por hipócritas.
Sua mensagem continua a mesma: fé não é espetáculo, é entrega.
Toda vez que a fé vira vitrine, o Evangelho é profanado.
E toda vez que alguém tenta domesticar Cristo, Ele volta a desafiar — com a mesma firmeza de quem olhou para a figueira e exigiu fruto.
A BBC News Brasil faz jornalismo, Paulo Coelho faz literatura.
Cristo, porém, faz transformação — e essa continua sendo a pauta mais urgente do mundo.
“No fim, o Cristo que Paulo Coelho tenta decifrar é o mesmo que o convida ao espelho — não para ver o que o mundo aplaude, mas para reconhecer o que o espírito ainda resiste em transformar.”
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Por Eliton Muniz — Cidade AC News
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