Outono chega em 20 de março com clima ameno e estabilidade no Brasil
Previsto para começar nesta quinta-feira, 20 de março, às 6h02 (horário de Brasília), o outono de 2025 promete trazer um cenário climático mais equilibrado ao Hemisfério Sul, sem a influência marcante de fenômenos como El Niño ou La Niña. A estação, que se estende até 20 de junho, marca a transição entre o verão quente e o inverno frio, trazendo dias mais curtos, noites mais longas e temperaturas gradativamente mais amenas. No Brasil, um país de proporções continentais, o outono se manifesta de forma distinta em cada região, com impactos diretos na agricultura, no turismo e na vida cotidiana. A ausência de eventos climáticos extremos neste ano deve garantir chuvas regulares e menos variações térmicas abruptas, segundo meteorologistas. A paisagem também começa a mudar, com árvores caducas exibindo tons de amarelo e laranja, especialmente no Sul e Sudeste, enquanto o Norte mantém seu calor característico.
O Equinócio de Outono, que ocorre no primeiro dia da estação, é o evento astronômico que define esse início. Nesse momento, os raios solares incidem diretamente sobre a linha do Equador, resultando em dias e noites de duração quase idêntica. A partir daí, a inclinação da Terra faz com que a luz solar diminua no Hemisfério Sul, preparando o caminho para o inverno.
A estabilidade climática esperada para 2025 é vista como uma boa notícia após anos de oscilações intensas. Regiões agrícolas podem se beneficiar de condições mais previsíveis, enquanto destinos turísticos de outono, como Gramado e Campos do Jordão, se preparam para receber visitantes atraídos pelo clima fresco e pelas paisagens típicas da estação.
O fenômeno do Equinócio de Outono é o marco oficial que dá largada à nova estação. Ocorrendo anualmente entre 20 e 21 de março no Hemisfério Sul, ele simboliza o equilíbrio entre luz e escuridão, com cerca de 12 horas de dia e 12 horas de noite. Esse evento é resultado da posição da Terra em relação ao Sol, com o eixo inclinado de forma a distribuir a iluminação de maneira uniforme entre os hemisférios.
À medida que os dias avançam, a duração da luz solar diminui gradualmente, um processo que reflete a transição para o inverno. O termo “equinócio” vem do latim “aequus” (igual) e “nox” (noite), evidenciando essa característica única de harmonia temporal que encanta astrônomos e curiosos.
Caracterizado como uma estação de passagem, o outono traz mudanças sutis, mas perceptíveis, no ambiente. As árvores caducas, como cerejeiras e plátanos, perdem suas folhas, que antes adquirem tons vibrantes, criando cenários pitorescos em cidades do Sul e Sudeste do Brasil. A queda das temperaturas e a redução da umidade também favorecem a formação de nevoeiros matinais, especialmente em áreas de relevo elevado.
Devido à vasta extensão territorial, o Brasil experimenta o outono de maneiras distintas em suas regiões. No Sul, o frio chega com mais força, trazendo geadas e até a possibilidade de neve nas serras gaúchas e catarinenses. Já o Sudeste registra uma queda gradual nas temperaturas, com dias amenos e noites frescas, enquanto o Centro-Oeste enfrenta períodos de seca e nevoeiros esparsos. O Nordeste, especialmente no semiárido, vê uma redução nas chuvas, contrastando com o litoral, onde as precipitações ainda ocorrem. No Norte, o calor persiste, mas chuvas intensas podem marcar o extremo da região devido à influência da Zona de Convergência Intertropical.
Essa diversidade climática impacta diretamente a vida nas cidades e no campo. A agricultura, por exemplo, ajusta-se às condições mais secas no Centro-Oeste, ideais para a colheita de grãos, enquanto o turismo no Sul ganha impulso com visitantes em busca de temperaturas agradáveis e eventos sazonais.
A ausência de El Niño e La Niña em 2025 deve trazer um outono mais estável, com chuvas dentro da média e temperaturas ligeiramente acima do esperado em várias regiões. Meteorologistas preveem que abril terá chuvas mais intensas no Sul e no leste de São Paulo, enquanto o Nordeste e o Centro-Oeste enfrentarão temperaturas acima da média. Em maio, o clima seco predomina no Sudeste e Centro-Oeste, com redução nas precipitações, e em junho, massas de ar frio ganham força no Sul, mantendo o tempo seco em grande parte do país.
Essas condições favorecem a agricultura, especialmente para culturas de segunda safra, como milho e algodão, mas exigem atenção ao manejo de água em áreas mais secas. O turismo também se beneficia, com cidades serranas atraindo viajantes para aproveitar o clima fresco.
O outono de 2025 segue um cronograma previsível, com variações regionais que moldam suas características:
Esse calendário reflete a transição gradual que define a estação, influenciando desde a produção agrícola até os padrões de consumo de energia.
Com a estabilidade climática prevista, o outono de 2025 oferece vantagens para o setor agrícola. No Centro-Oeste, o clima seco facilita a colheita de soja e milho, enquanto no Sul, chuvas regulares beneficiam culturas de inverno, como trigo e cevada. No entanto, a umidade reduzida pode exigir irrigação adicional em algumas áreas.
No turismo, cidades como Gramado, na Serra Gaúcha, e Campos do Jordão, em São Paulo, se preparam para a alta temporada. O clima ameno, aliado às paisagens outonais, atrai visitantes para festivais, gastronomia típica e passeios ao ar livre. Hotéis e pousadas já registram aumento nas reservas, aproveitando o charme natural da estação.
Alguns aspectos tornam o outono uma estação única no país:
Esses detalhes destacam a diversidade do outono brasileiro, que varia de acordo com a geografia e o clima local.
Até junho, o outono deve manter seu padrão de estabilidade, com chuvas dentro ou ligeiramente abaixo da média na maior parte do Brasil. O Sul enfrentará incursões de massas de ar frio mais intensas, enquanto o Norte continuará sob calor e umidade. No Sudeste e Centro-Oeste, o clima seco predominará, exigindo atenção ao uso de recursos hídricos.
A estação também influencia a saúde, com o ar mais seco podendo aumentar casos de problemas respiratórios. Medidas como hidratação e umidificação de ambientes são recomendadas em áreas urbanas.