Assessoria
O deputado federal Eduardo Velloso protocolou, nesta terça-feira (10), um requerimento de informações ao Ministério do Meio Ambiente e ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), solicitando esclarecimentos detalhados sobre a Operação Suçuarana, iniciada em 5 de junho na Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre.
A ação, realizada em conjunto pelo ICMBio e forças de segurança pública, tem gerado forte reação dos moradores da reserva, especialmente em relação às apreensões de bens, à segurança de residências e plantações, e ao bem-estar das crianças que vivem na região.
No documento, Eduardo Velloso questiona o Ministério sobre os objetivos específicos da operação, as ações já realizadas e solicita uma avaliação preliminar dos resultados obtidos. O deputado também cobra informações sobre quais bens foram apreendidos, se há previsão de devolução aos legítimos proprietários e quais os critérios adotados para essas apreensões.
“Nosso compromisso é com a proteção do meio ambiente, mas também com a defesa dos direitos dos moradores da Reserva Chico Mendes, que são extrativistas, trabalhadores, gente que vive da floresta e precisa ter suas garantias preservadas. As ações de fiscalização devem estar alinhadas à legalidade, à dignidade e à justiça social”, afirmou o parlamentar.
Velloso também quer saber quais medidas estão sendo adotadas para garantir a proteção das residências, plantações e das crianças que residem na área da reserva.
“É fundamental garantir o bem-estar das famílias, especialmente das crianças. Vamos acompanhar de perto para assegurar que nenhuma medida desproporcional esteja sendo tomada”, completou.
Além do requerimento, o deputado anunciou que promoverá, em breve, uma audiência pública na Câmara dos Deputados para debater as ações dos órgãos ambientais no Acre. A reunião deverá contar com representantes do ICMBio, do Ministério do Meio Ambiente, do Ibama e de lideranças de agricultores e extrativistas do estado.
“Queremos diálogo, transparência e respeito com as comunidades. A audiência será um espaço importante para ouvir todos os lados e buscar caminhos que aliem preservação ambiental com justiça social”, concluiu Eduardo Velloso.
