Onda de calor atinge 39,5°C e coloca quatro regiões do Brasil sob alerta até março
Uma nova e intensa onda de calor já afeta boa parte do território brasileiro, com temperaturas próximas aos 40°C sendo registradas desde o final de fevereiro. Neste último fim de semana, diversas cidades do Centro-Oeste, Sul, Sudeste e Nordeste tiveram temperaturas extremas, com destaque para Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, que registrou a máxima nacional de 39,5°C. Os estados da Região Sul, especialmente o Rio Grande do Sul, já enfrentam o pico do calor extremo desde o início desta semana, mas a previsão é de expansão significativa do fenômeno para outras regiões até a primeira semana de março.
A massa de ar quente, que inicialmente atingiu a Argentina e o Paraguai, agora ganha força sobre o Brasil, ampliando a onda de calor e colocando em alerta as autoridades meteorológicas. No Rio Grande do Sul, a previsão é que as temperaturas possam superar os 40°C já nos próximos dias, especialmente nas regiões das Missões e Campanha.
Outras regiões, como o oeste catarinense e paranaense, também devem enfrentar temperaturas elevadas, que podem alcançar até 36°C ao longo desta semana.
O Brasil vem enfrentando um aumento significativo no número e na intensidade de ondas de calor nos últimos anos. Dados coletados desde 2020 revelam uma frequência maior desses eventos, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Somente no verão de 2024, várias cidades dessas regiões bateram recordes históricos, com temperaturas frequentemente ultrapassando os 40°C.
Entre 2020 e 2024, a ocorrência de ondas de calor aumentou em média 30%, comparado ao período de 2015 a 2019. Especialistas associam essa intensificação ao fenômeno climático El Niño, além das mudanças climáticas globais, que alteram padrões atmosféricos tradicionais, resultando em verões cada vez mais extremos.
Dados recentes também indicam que as capitais têm sofrido mais com o fenômeno conhecido como ilha de calor urbana, onde as construções, pavimentações e falta de vegetação natural contribuem para que a sensação térmica ultrapasse frequentemente a temperatura real.
Entre as cidades mais atingidas pelas altas temperaturas neste final de fevereiro, destacaram-se:
Esses valores colocam em alerta as autoridades locais, especialmente em regiões com infraestrutura menos preparada para lidar com temperaturas extremas prolongadas.
A expansão do fenômeno climático extremo deve afetar especialmente as seguintes áreas:
Com o aumento das temperaturas, hospitais e unidades básicas de saúde tendem a registrar um aumento nos atendimentos relacionados a doenças causadas pelo calor, como exaustão térmica, insolação e desidratação. Crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas são os grupos mais vulneráveis.
Além disso, o meio ambiente também sofre significativamente. Com chuvas escassas previstas para o início de março, há risco elevado de incêndios florestais, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, onde já é comum a ocorrência desses eventos durante períodos prolongados de seca e calor.
Diante do avanço dessa onda de calor, autoridades de saúde recomendam as seguintes medidas de proteção:
Essas recomendações são essenciais para minimizar os riscos imediatos à saúde pública.
Desde 2020, pelo menos cinco ondas de calor intensas foram registradas no país, mostrando um aumento significativo desse fenômeno climático em relação à década anterior. Dados coletados por órgãos de meteorologia apontam que essas ondas duraram, em média, entre cinco e dez dias cada, com temperaturas frequentemente acima de 38°C.
Além disso, o ano de 2024 foi considerado um dos mais quentes da história recente do Brasil, com registros constantes de temperaturas acima dos 40°C em diversas cidades, especialmente em estados como Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais.
O calor extremo também traz impactos econômicos importantes, especialmente para o setor agrícola. Culturas sensíveis ao calor, como soja e milho, enfrentam reduções significativas de produtividade em períodos prolongados de temperaturas extremas.
A falta de chuvas, que tende a acompanhar ondas de calor, afeta diretamente o abastecimento hídrico, reduzindo a disponibilidade de água para irrigação e consumo humano, comprometendo também o desempenho do setor energético, especialmente a geração hidroelétrica.
Durante esta nova onda de calor, algumas capitais brasileiras enfrentarão temperaturas máximas próximas ou superiores aos 35°C. Entre as principais estão:
Esses valores mostram um cenário preocupante, especialmente considerando a densidade populacional e a dificuldade de adaptação imediata dessas regiões às temperaturas extremas.
Pesquisas recentes têm destacado que eventos como ondas de calor, tempestades e secas extremas se tornarão cada vez mais frequentes devido às mudanças climáticas globais. No Brasil, o fenômeno El Niño já mostra seu potencial para aumentar a intensidade e frequência desses eventos extremos.
Relatórios climáticos internacionais apontam que até 2030, eventos extremos, como ondas de calor prolongadas, podem se tornar ainda mais comuns, exigindo uma preparação maior tanto da população quanto dos governos locais.
Para enfrentar eventos prolongados de altas temperaturas, recomenda-se atenção especial com:
Essas medidas são fundamentais para reduzir o impacto negativo na saúde individual e coletiva.