sexta-feira, 5 dezembro, 2025

O Dia da Vergonha: 2 de setembro marca Senado contra STF no julgamento de Bolsonaro

Eliton Muniz - Free Lancer - Cidade AC News

Tagliaferro denuncia fraude e manipulação; oposição fala em “Contraponto Democrático” diante da blindagem quebrada

O Dia da Vergonha - Eduardo Tagliaferro em audiência na TV Senado denuncia fraudes processuais e abala julgamento de Bolsonaro no STF — Cidade AC News
O Dia da Vergonha – Eduardo Tagliaferro fala de Roma por videoconferência e entrega documentos à comissão.

Brasília — 02/09/2025 – O Brasil assistiu hoje a um choque institucional em duas frentes. De um lado, o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023. Do outro, a Comissão de Segurança Pública do Senado ouviu, em audiência transmitida pela TV Senado, o ex-assessor de Alexandre de Moraes no TSE, Eduardo Tagliaferro, que apresentou acusações de fraude processual, manipulação de provas e conluio entre Judiciário e Procuradoria-Geral da República.

O Dia da Vergonha: 2 de setembro marca Senado contra STF no julgamento de Bolsonaro | Cidade AC News – Notícias do Acre

A oposição classificou o 2 de setembro como O Dia da Vergonha, expressão cunhada pelo senador Magno Malta, e defendeu que as denúncias expõem a fragilidade do processo que julga Bolsonaro.


O que aconteceu no Senado

  • Relatórios retroativos: segundo Tagliaferro, foram criados para justificar operações da Polícia Federal contra empresários ligados à direita, baseados apenas em reportagem do portal Metrópoles.
  • Conluio com a PGR: afirmou que trocou mensagens com Paulo Gonet a mando de Moraes, montando “pacotinhos” de investigados fora do rito processual.
  • Uso irregular do TSE: disse que a Assessoria de Enfrentamento à Desinformação foi acionada diretamente por Moraes, sem autorização formal.
  • Constrangimento ao vivo: durante a sessão, vazou o número pessoal do procurador-geral, arrancando risadas e reação imediata.

A comissão aprovou por votação simbólica:

  1. Liberação dos documentos de Tagliaferro às defesas.
  2. Encaminhamento para STF, TSE, CNJ, CNMP, OAB e até órgãos internacionais.
  3. Pedido de proteção oficial para Tagliaferro e familiares.

📌 Leia também: Tagliaferro desafia Moraes: 5 revelações que o Senado cobrará em 2 de setembro


O que aconteceu no STF

Enquanto o Senado exibia provas, o STF seguia em plenário:

  • Alexandre de Moraes leu o relatório com versões da acusação e defesa.
  • A PGR reforçou a acusação de tentativa real de golpe por Bolsonaro.
  • Sessão suspensa no fim da tarde, defesa fala nesta quarta.

O contraste foi imediato: no mesmo dia em que o STF endurecia contra Bolsonaro, o Senado exibia elementos que colocam em xeque a legitimidade do processo.


Por que O Dia da Vergonha importa para o Brasil

Este 2 de setembro expôs um “Contraponto Democrático”:

  • No Senado: oposição conseguiu, ao vivo, abrir espaço ao contraditório.
  • Na Justiça: surgem fundamentos para contestar provas do processo.
  • Na política: União Brasil e Progressistas se afastaram do governo, reforçando a oposição.
  • Na opinião pública: julgamento passou de Bolsonaro para a credibilidade das instituições.

Como votaram e se posicionaram os senadores do Acre

A participação da bancada acreana no episódio reforçou a relevância regional da crise.

  • Sérgio Petecão (PSD): apoiou a liberação dos documentos de Tagliaferro às defesas e defendeu que “a transparência é a única forma de devolver confiança às instituições”. O senador já vinha cobrando cautela do STF em julgamentos envolvendo Bolsonaro.
  • Alan Rick (União Brasil): alinhado à oposição, destacou que as denúncias são graves e precisam ser apuradas. Para ele, “não é admissível que relatórios retroativos e provas frágeis sustentem processos que podem mudar a história do país”. Rick defendeu a suspensão imediata do julgamento de Bolsonaro.
  • Mailza Gomes (Progressistas): foi a mais cautelosa da bancada, mas apoiou o encaminhamento do material para órgãos internacionais, afirmando que “o Brasil não pode dar sinais de parcialidade institucional”. A senadora reforçou que seguirá avaliando os desdobramentos, mas não descartou apoiar pedidos de anistia para réus do 8 de janeiro.

Na prática, a posição dos três senadores acreanos mostrou unidade em favor da transparência e abriu espaço para que o Acre aparecesse no centro da disputa institucional.

📌 Leia também: Eleições Acre 2026: Alan Rick lidera pesquisa, mas segundo turno é inevitável


Repercussão imediata

  • Magno Malta e aliados cobraram suspensão do julgamento e chamaram o dia de “Vergonha Nacional”.
  • Governistas minimizaram, chamando o depoimento de “vingança política”.
  • CNJ e OAB não se pronunciaram hoje, mas a OAB já alertara em agosto sobre “precedentes perigosos”.

Contexto histórico

Desde 2022, Moraes concentrou inquéritos e decisões envolvendo Bolsonaro e aliados: bloqueios de perfis, restrições a advogados, sanções a veículos e ampliação do poder do TSE.
A audiência de hoje se torna o capítulo inaugural de O Dia da Vergonha, quando o Senado rompeu o silêncio e apresentou documentos que podem alterar a linha do processo.


Próximos passos

  • Defesa de Bolsonaro: deve pedir nulidade das provas.
  • Senado: articula anistia para réus do 8 de janeiro e estuda pedidos de impeachment de ministros.
  • STF: terá de lidar com uma crise de legitimidade inédita.

📌 Leia também: Política no Acre: ALEAC debate orçamento de 2025 em Rio Branco


Conclusão crítica

O 2 de setembro entra para a história como O Dia da Vergonha e como o momento em que a blindagem de Moraes começou a trincar diante das câmeras.
O que está em julgamento já não é Bolsonaro, mas a credibilidade das instituições brasileiras.
Se o STF insistir em ignorar, a condenada será a própria democracia.

As decisões que virão ainda estão sob a sombra de O Dia da Vergonha e do embate entre Senado e STF.


 3 coisas que você precisa levar desta notícia

  • Senado abriu espaço ao contraditório com documentos inéditos.
  • STF endureceu contra Bolsonaro no mesmo dia.
  • Senadores do Acre reforçaram a defesa da transparência.

 O que isso significa para o Acre

A postura dos senadores acreanos projeta o estado no centro da crise institucional. A pressão sobre Petecão, Alan Rick e Mailza deve crescer nas bases eleitorais, especialmente em Rio Branco, onde a polarização política se intensifica. Para a população, o episódio mostra que o Acre não está distante das grandes decisões nacionais — e que seus representantes terão de escolher entre defender a continuidade do julgamento ou reforçar a oposição à condução de Moraes.


✍️ Eliton Muniz – Editor do Cidade AC News
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