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O Desgoverno do Saudosismo: Rio Branco Não É Mais Sua Namorada

#OAcreNaoQuer

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O Problema Não Está no Azul, Mas na Distância de Quem Vê o Acre Pela Janela

Local e Data: Rio Branco, 25 de Setembro de 2025

Tempo de Leitura Estimado: 3 minutos

O que se viu ontem nas redes sociais foi um clássico de quem perdeu o bonde da história e tenta reembarcar no trem da polêmica. Sob o manto de uma poesia saudosista sobre as cores de Rio Branco, o ex-governador Binho Marques tentou, mais uma vez, dar seu “pitaco” na gestão da capital. É preciso olhar para os fatos com a seriedade que a política exige, e o fato aqui é um só: Binho Marques já não mora aqui. Ele já não sente o asfalto, não lida com os problemas reais de quem se levanta e vive na cidade cuja estética ele tanto deplora. Nos bastidores da realidade, o que se comenta é o esforço forçado de quem busca um protagonismo que a urna e a mudança de estado já lhe negaram.

A crítica sobre a “monotonia cromática” de Rio Branco é, no fundo, a pobreza argumentativa de quem não tem mais nada de concreto a oferecer. Chamar de “pobreza estética” a gestão atual é uma afronta, mas maior afronta é querer definir a vida de um povo de outra unidade da federação. A perspectiva é puramente liberal: a legitimidade de opinar com autoridade sobre a vida pública se esvai quando o indivíduo abandona o barco e a responsabilidade fiscal do contribuinte local. É o velho vício da intervenção de quem acredita que a opinião distante vale mais do que o trabalho suado e diário de quem ficou para resolver os problemas. Na última vez, o ex-governador veio com dados equivocados. Agora, volta com uma lírica nostálgica. É a prova de que seu estoque de argumentos válidos e fatos atuais está zerado.

Essa tentativa de se projetar como defensor da “alma colorida” da cidade é um ato de cinismo político que merece ser exposto. Poupem-nos dessa infantilidade autoritária! A verdade é que a “saudade” que Binho Marques tenta vender em suas redes não é recíproca. A cidade, sob sua gestão, também não deixou um rastro de saudades inesquecíveis. É a típica situação daquele namoro que foi legal no passado, mas que, francamente, já não serve para o presente. A vida seguiu, a cidade mudou e a população escolheu outros caminhos. O Acre não precisa e não quer a opinião, muito menos a “poesia” de quem decidiu virar as costas para os desafios e as belezas locais.

A crítica é bem-vinda, desde que venha acompanhada de responsabilidade e residência. De onde ele está, na sua nova morada, a paisagem é outra. E a paisagem política de Rio Branco já está bem colorida sem a tinta desbotada do seu saudosismo. O Acre não quer sua opinião, Binho!

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