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Novo calendário do décimo terceiro de 2025 aquece economia com R$ 320 bi

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Em 2025, o décimo terceiro salário chega com mudanças que prometem alterar a dinâmica financeira de trabalhadores, empresas e do comércio brasileiro. Os prazos de pagamento, tradicionalmente fixados em 30 de novembro para a primeira parcela e 20 de dezembro para a segunda, foram ajustados para 28 de novembro e 19 de dezembro, respectivamente, por caírem em fins de semana. A antecipação, exigida pelo Tribunal Superior do Trabalho, reflete a necessidade de adequação ao calendário bancário. Estima-se que o benefício injete R$ 320 bilhões na economia, superando os R$ 300 bilhões de 2024, impulsionado pelo aumento do salário mínimo e pela formalização de novos empregos.

A movimentação financeira gerada pelo décimo terceiro é um dos principais motores do último trimestre. Cerca de 83 milhões de brasileiros, entre trabalhadores formais, servidores públicos e beneficiários do INSS, receberam o benefício em 2024. Para 2025, a expectativa é de um número ainda maior de contemplados, com reflexos diretos no varejo, alimentação e serviços. Pequenas e médias empresas, no entanto, enfrentam o desafio de organizar o fluxo de caixa para cumprir os novos prazos, sob pena de multas que podem chegar a R$ 170,25 por empregado.

O impacto do benefício vai além do alívio financeiro imediato:

  • Consumo aquecido: Lojas de roupas, eletrônicos e supermercados esperam crescimento de até 5% nas vendas de fim de ano.
  • Planejamento financeiro: Muitos trabalhadores destinam o valor para quitar dívidas ou cobrir despesas de início de ano, como IPVA e material escolar.
  • Formalização trabalhista: O aumento de empregos com carteira assinada eleva o número de beneficiados.

Com a antecipação, o comércio já se prepara para um pico de vendas antes do Natal, enquanto trabalhadores ganham mais tempo para organizar suas finanças.

Salário Pagamento Dinheiro
Salário Pagamento Dinheiro – Foto: Andrzej Rostek/shutterstock.com

Mudanças nos prazos alteram rotinas

A alteração no calendário do décimo terceiro salário para 2025 reflete uma adaptação necessária ao funcionamento do sistema bancário. Como 30 de novembro será um domingo, a primeira parcela deve ser paga até 28 de novembro, uma sexta-feira. Da mesma forma, a segunda parcela, originalmente prevista para 20 de dezembro, um sábado, foi antecipada para 19 de dezembro, também uma sexta-feira. Essa mudança, embora sutil, exige planejamento redobrado de empresas, especialmente as de pequeno porte, que muitas vezes dependem de empréstimos para honrar os pagamentos.

Para os trabalhadores, a antecipação representa uma oportunidade de organizar gastos com antecedência. Em 2024, cerca de 40% dos beneficiados usaram o décimo terceiro para consumo imediato, como compras natalinas, enquanto 25% direcionaram o valor para poupança ou investimentos de curto prazo. A expectativa para 2025 é que esses números se mantenham, com um leve aumento no consumo devido ao maior volume injetado na economia. Setores como turismo e eventos também aguardam um incremento, já que muitos brasileiros aproveitam o período para viajar ou participar de celebrações de fim de ano.

As multas por atraso no pagamento reforçam a importância do cumprimento dos prazos. Empresas que descumprirem as datas podem enfrentar penalidades de R$ 170,25 por empregado, valor que, em organizações com muitos funcionários, pode comprometer significativamente o orçamento. Assim, a antecipação, embora benéfica para o trabalhador, impõe desafios logísticos e financeiros para empregadores.

Quem tem direito ao benefício

O décimo terceiro salário é um direito garantido a uma ampla gama de trabalhadores e beneficiários no Brasil. Podem recebê-lo trabalhadores com carteira assinada, servidores públicos, empregados domésticos, rurais, avulsos e beneficiários do INSS, como aposentados e pensionistas. Para ser elegível em 2025, é necessário ter trabalhado ao menos 15 dias com registro formal no ano, uma regra que garante a inclusão de trabalhadores sazonais ou recém-contratados.

O cálculo do benefício é simples, mas exige atenção aos detalhes:

  • Divide-se o salário mensal por 12.
  • Multiplica-se o resultado pelo número de meses trabalhados no ano.
  • Descontos como INSS e Imposto de Renda são aplicados, geralmente na segunda parcela.
  • Em casos de pagamento único, todas as deduções ocorrem de uma vez.

Por exemplo, um trabalhador com salário de R$ 3.000 que atuou durante todo o ano receberá R$ 3.000 brutos. Após descontos, o valor líquido pode cair para cerca de R$ 2.760, dependendo da faixa salarial e das alíquotas aplicadas. Essa redução no montante final reforça a importância de planejar o uso do benefício com antecedência.

Descontos que pesam no bolso

Os descontos aplicados ao décimo terceiro salário são um ponto de atenção para os trabalhadores. A primeira parcela, paga até 28 de novembro, é depositada sem retenções, representando 50% do valor bruto. Já a segunda parcela, quitada até 19 de dezembro, sofre deduções do INSS, com alíquotas que variam de 7,5% a 14%, e do Imposto de Renda, que incide sobre salários acima de R$ 2.824. Em alguns casos, descontos sindicais ou adiantamentos acordados também podem reduzir o montante.

Para ilustrar, um trabalhador com salário de R$ 4.000 pode receber cerca de R$ 2.570 líquidos na segunda parcela, após as retenções. Essa diferença entre o valor bruto e o líquido surpreende muitos beneficiados, especialmente aqueles que não planejam os gastos com antecedência. A orientação de especialistas é reservar parte do valor para despesas obrigatórias, como impostos e contas de início de ano, antes de destiná-lo a compras ou investimentos.

Empresas, por sua vez, precisam calcular com precisão os descontos a serem aplicados. Erros no cálculo podem gerar passivos trabalhistas ou insatisfação dos funcionários, especialmente em organizações com grande número de empregados.

Antecipação para aposentados e pensionistas

Aposentados e pensionistas do INSS têm um histórico recente de antecipação do décimo terceiro salário. Em 2024, os pagamentos foram realizados entre maio e junho, beneficiando cerca de 30 milhões de pessoas e injetando bilhões de reais na economia antes do período tradicional. Essa prática, adotada nos últimos anos, visa aliviar as finanças de beneficiários que dependem do valor para despesas essenciais, como medicamentos e moradia.

Para 2025, a decisão sobre a antecipação ainda não foi confirmada pelo governo. No entanto, a repetição da medida é considerada provável, dado seu impacto positivo no consumo e na aprovação popular. Caso ocorra, os pagamentos devem seguir o calendário do INSS, com depósitos escalonados de acordo com o número final do benefício. Essa antecipação beneficia especialmente o comércio local, já que muitos aposentados utilizam o valor em compras imediatas ou no pagamento de dívidas.

Origem histórica do benefício

O décimo terceiro salário foi instituído no Brasil em 1962, por meio da Lei 4.090, sancionada pelo presidente João Goulart. Antes disso, gratificações de fim de ano eram uma prática esporádica, oferecida por algumas empresas como cortesia, sem obrigatoriedade legal. A formalização do benefício marcou um avanço nos direitos trabalhistas, garantindo um salário extra a milhões de trabalhadores.

A Constituição de 1988 consolidou o décimo terceiro como um direito inalienável, ampliando sua abrangência para servidores públicos, empregados domésticos e outras categorias. Hoje, o benefício é visto como um pilar da legislação trabalhista brasileira, com impacto significativo na economia. Países como Argentina e México possuem benefícios similares, mas com regras distintas, como prazos de pagamento e cálculos baseados em outros critérios.

Curiosidades sobre o décimo terceiro incluem sua relevância cultural:

  • Cerca de 20% dos brasileiros usam o valor para compras natalinas, reforçando a tradição de presentes.
  • Outros 30% priorizam o pagamento de dívidas, refletindo a pressão financeira de muitas famílias.
  • O benefício representa cerca de 2,5% do PIB anual, com efeitos diretos no último trimestre.

Impacto no varejo e serviços

O décimo terceiro salário é um dos principais impulsionadores do comércio no fim de ano. Em 2024, o varejo registrou crescimento de 3% nas vendas do último trimestre, puxado pelo benefício. Para 2025, a projeção é de um aumento de 5%, com destaque para setores como supermercados, lojas de eletrônicos e vestuário. O comércio eletrônico também espera um salto, com crescimento estimado em 10% em dezembro.

Serviços como turismo e eventos sazonais também se beneficiam. Em 2024, agências de viagem relataram alta de 15% nas reservas de fim de ano, e a tendência deve se intensificar com os novos prazos de pagamento. Hotéis e restaurantes já preparam pacotes especiais, aproveitando o aquecimento do consumo. Regiões como o Nordeste, conhecidas por destinos turísticos, planejam ações para atrair visitantes, enquanto o Sul aposta em eventos natalinos para movimentar a economia local.

A antecipação dos prazos favorece especialmente as vendas presenciais, já que muitos consumidores preferem comprar diretamente nas lojas após receberem a primeira parcela. Shoppings e centros comerciais esperam um aumento no fluxo de clientes a partir do final de novembro, com promoções voltadas para o período.

Desafios para pequenas empresas

Pequenas e médias empresas, responsáveis por cerca de 60% dos empregos formais no Brasil, enfrentam dificuldades para arcar com o décimo terceiro salário. O pagamento do benefício exige um planejamento financeiro rigoroso, especialmente em setores como construção civil e varejo, que empregam muitos trabalhadores sazonais. Em 2024, o custo médio de empréstimos para cobrir o décimo terceiro subiu 2%, pressionando o fluxo de caixa dessas organizações.

A antecipação dos prazos em 2025 aumenta a pressão sobre os empregadores. Empresas que não se organizarem com antecedência correm o risco de atrasar os pagamentos, enfrentando multas e possíveis ações trabalhistas. Para mitigar esses desafios, muitas recorrem a linhas de crédito específicas, embora os juros elevados possam comprometer a lucratividade no longo prazo.

Por outro lado, as pequenas empresas também se beneficiam do aumento do consumo gerado pelo décimo terceiro. Lojas locais e prestadores de serviços, como salões de beleza e restaurantes, registram crescimento sazonal, o que ajuda a equilibrar o impacto financeiro do pagamento do benefício.

Planejamento financeiro dos trabalhadores

Para os trabalhadores, o décimo terceiro salário é uma oportunidade de aliviar as finanças, mas exige planejamento cuidadoso. Em 2024, pesquisas indicaram que 30% dos beneficiados usaram o valor para quitar dívidas, enquanto 20% destinaram o montante a compras natalinas. Outros 25% optaram por poupar ou investir, especialmente em despesas de início de ano, como IPVA, IPTU e material escolar.

Os descontos aplicados ao benefício, no entanto, reduzem o valor disponível. Um trabalhador com salário de R$ 5.000, por exemplo, pode receber cerca de R$ 3.200 líquidos após as retenções de INSS e Imposto de Renda. Essa diferença reforça a necessidade de calcular os gastos com antecedência, priorizando despesas essenciais antes de compras impulsivas.

Dicas para gerenciar o décimo terceiro incluem:

  • Listar todas as dívidas pendentes e priorizar as de juros mais altos.
  • Reservar uma quantia para despesas de janeiro, como impostos e contas fixas.
  • Evitar gastos desnecessários antes de quitar obrigações financeiras.
  • Considerar investimentos de curto prazo, como CDBs com liquidez diária.

Crescimento econômico no último trimestre

O décimo terceiro salário tem um impacto direto no crescimento econômico do último trimestre. Em 2024, o benefício foi responsável por cerca de 2,5% do PIB anual, com efeitos multiplicadores em diversos setores. O comércio, principal beneficiado, registrou aumento nas vendas de alimentos, bebidas, roupas e eletrônicos, enquanto o setor de serviços, como turismo e eventos, também ganhou fôlego.

Para 2025, a injeção de R$ 320 bilhões na economia deve ampliar esses efeitos. O aumento do salário mínimo, previsto em cerca de about 6%, elevará o valor médio do benefício, especialmente para trabalhadores de baixa renda, que representam a maioria dos recebedores. Esse incremento beneficia diretamente o consumo local, já que muitas famílias utilizam o valor em compras imediatas.

Regiões com forte vocação turística, como o Nordeste, esperam um aumento no fluxo de visitantes, enquanto cidades industriais, como as do Sudeste, projetam maior movimentação no comércio. A antecipação dos prazos também favorece o planejamento de promoções sazonais, com lojas e shoppings lançando campanhas a partir de novembro.

Adaptação ao novo cenário

A mudança nos prazos do décimo terceiro salário exige adaptação tanto de empresas quanto de trabalhadores. Para os empregadores, a organização antecipada é essencial para evitar atrasos e multas. Setores com alta rotatividade, como varejo e construção civil, enfrentam desafios adicionais, já que muitos trabalhadores sazonais têm direito ao benefício proporcional.

Para os beneficiados, a antecipação oferece maior flexibilidade para planejar gastos. Compras de Natal, pagamento de dívidas e reservas para despesas de início de ano tornam-se mais viáveis com o dinheiro disponível antes do esperado. No entanto, a redução do valor líquido devido aos descontos exige cautela para evitar gastos impulsivos.

A formalização crescente do mercado de trabalho também eleva o número de beneficiados. Em 2024, cerca de 83 milhões de pessoas receberam o décimo terceiro, e a expectativa para 2025 é de um aumento devido à criação de novos empregos formais. Esse cenário reforça a importância do benefício como um instrumento de estímulo econômico.

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