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Novas regras do 13º salário em 2025 mudam prazos e impulsionam comércio

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A expectativa pelo décimo terceiro salário em 2025 já mobiliza milhões de trabalhadores brasileiros. Com datas ajustadas para 28 de novembro e 19 de dezembro, o benefício promete injetar bilhões na economia, aquecendo o comércio no fim de ano. As mudanças, motivadas por fins de semana nos prazos tradicionais, exigem atenção de empresas e beneficiários. Planejamento financeiro será essencial para evitar surpresas com descontos ou atrasos.

O pagamento, garantido desde 1962 pela Lei 4.090, abrange trabalhadores formais, servidores públicos e beneficiários do INSS. Cálculos proporcionais e descontos como INSS e Imposto de Renda seguem gerando dúvidas. Para esclarecer, os principais pontos do benefício em 2025 incluem:

  • Prazos antecipados para 28 de novembro (primeira parcela ou total) e 19 de dezembro (segunda parcela).
  • Cálculo de 1/12 do salário por mês trabalhado, com frações acima de 15 dias.
  • Descontos obrigatórios de INSS e, para alguns, Imposto de Renda na segunda parcela.
  • Multas para empresas que descumprirem os prazos.

Essas alterações, embora pequenas, impactam o planejamento de trabalhadores e empregadores. O comércio, por sua vez, já se organiza para um fim de ano mais aquecido, com projeções de crescimento nas vendas.

Dinheiro
Dinheiro – Foto: Leonidas Santana/ shutterstock.com

Prazos ajustados exigem planejamento

As datas do décimo terceiro em 2025 foram modificadas para atender exigências legais. O prazo de 30 de novembro, que cai em um domingo, foi antecipado para 28 de novembro, uma sexta-feira, garantindo depósitos bancários em dia útil. A segunda parcela, originalmente prevista para 20 de dezembro, um sábado, será paga até 19 de dezembro, também uma sexta-feira. Pagamentos em espécie, no entanto, podem ser feitos no sábado, 20 de dezembro, se houver acordo entre empregado e empregador.

Empresas que não seguirem os prazos enfrentarão penalidades. Multas de até R$ 170,25 por trabalhador podem ser aplicadas, além de possíveis ações judiciais. Em 2024, fiscalizações do Ministério do Trabalho autuaram mais de 2.000 empresas por irregularidades, e a expectativa para 2025 é de maior rigor. Pequenos negócios, com margens financeiras apertadas, precisam planejar com antecedência para evitar problemas.

O Tribunal Superior do Trabalho reforça que depósitos devem ocorrer em dias úteis, assegurando acesso imediato aos valores. Essa regra, embora simples, exige que empregadores ajustem seus cronogramas financeiros, especialmente em um ano com inflação projetada para impactar custos operacionais.

Elegibilidade e abrangência do benefício

O décimo terceiro é um direito amplo, mas com critérios claros. Trabalhadores com carteira assinada, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho, formam o maior grupo de beneficiários. Empregados domésticos, rurais e avulsos, que atuam sem vínculo fixo, também estão incluídos, desde que atendam às condições legais. Servidores públicos, aposentados e pensionistas do INSS completam a lista.

Beneficiários do INSS, como aqueles que recebem auxílio por incapacidade temporária ou auxílio-reclusão, têm direito à gratificação, desde que cumpram os requisitos. Em 2024, cerca de 30 milhões de aposentados e pensionistas receberam o pagamento, e números semelhantes são esperados para 2025. Exceções incluem:

  • Trabalhadores demitidos por justa causa, que perdem o direito.
  • Estagiários e autônomos sem vínculo empregatício.
  • Contratos suspensos, como em licenças sem remuneração.

O valor é proporcional ao tempo trabalhado no ano, com frações de mês acima de 15 dias contadas como um mês completo. Essa regra garante que trabalhadores com poucos meses de contrato recebam ao menos uma parte do benefício.

Cálculo detalhado para evitar surpresas

Calcular o décimo terceiro exige atenção aos detalhes. O valor é obtido dividindo o salário mensal por 12 e multiplicando pelo número de meses trabalhados. Um trabalhador com salário de R$ 2.500 que atuou o ano inteiro recebe R$ 2.500, pagos em uma ou duas parcelas. Quem começou em abril, por exemplo, terá direito a 9/12 do salário, ou R$ 1.875.

Descontos obrigatórios impactam o valor final:

  • INSS: Alíquotas de 7,5% a 14%, aplicadas sobre o total do benefício e do salário mensal.
  • Imposto de Renda: Incide na segunda parcela, para salários acima de R$ 2.824, com alíquotas de 7,5% a 27,5%.
  • Adiantamentos: A primeira parcela, se paga sem descontos, aumenta as retenções na segunda.

Em 2025, possíveis ajustes no salário mínimo ou na tabela do Imposto de Renda podem alterar os cálculos. Empresas devem detalhar os descontos no contracheque, promovendo transparência. Trabalhadores com salários mais altos enfrentam alíquotas maiores, o que reduz o valor líquido, especialmente na segunda parcela.

Impacto dos descontos no orçamento

Os descontos do décimo terceiro seguem as mesmas regras do salário regular, mas com particularidades. O INSS considera a soma do salário e do benefício, o que pode elevar a alíquota. Um trabalhador com salário de R$ 3.500, por exemplo, terá uma alíquota de 11% aplicada sobre R$ 7.000 (salário mais gratificação), resultando em um desconto de R$ 770 ao longo do ano.

O Imposto de Renda, aplicado apenas na segunda parcela, também pesa. Para um salário de R$ 4.500, a alíquota de 15% pode reduzir a parcela em cerca de R$ 337,50, dependendo de deduções. Trabalhadores com renda abaixo de R$ 2.824 estão isentos do IR, mas o INSS é inevitável.

Esses descontos, concentrados no fim do ano, exigem planejamento. Em 2024, propostas para isentar o décimo terceiro do Imposto de Renda foram discutidas no Congresso, mas não avançaram. Para 2025, o tema pode retornar, embora sem confirmação oficial.

Setores aquecidos pelo benefício

O décimo terceiro é um motor econômico, especialmente no último trimestre. Em 2024, o benefício movimentou R$ 300 bilhões, beneficiando 83 milhões de trabalhadores e aposentados. Para 2025, projeções indicam um valor maior, ajustado pela inflação e pelo crescimento do mercado formal. O varejo, principal beneficiado, espera um aumento de 7% nas vendas de fim de ano, semelhante ao registrado em 2024.

Lojas de eletrodomésticos, roupas e brinquedos já planejam promoções para novembro, quando a primeira parcela será paga. A Black Friday, que em 2024 coincidiu com os depósitos iniciais, elevou as vendas online em 12%, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. Pequenos comércios, especialmente em cidades menores, também relatam crescimento, com o benefício impulsionando economias locais.

Outros setores, como turismo e serviços, sentem o impacto. Restaurantes e salões de beleza registram maior procura em dezembro, enquanto agências de viagem reportam aumento na venda de pacotes turísticos. Em 2024, o setor de turismo cresceu 8% em dezembro, e a antecipação dos pagamentos em 2025 pode ampliar esse movimento.

Planejamento financeiro dos trabalhadores

Receber o décimo terceiro traz alívio, mas exige cuidado. Muitos trabalhadores destinam o valor para compras natalinas, mas priorizar dívidas com juros altos, como cartão de crédito, é uma estratégia comum. Em 2024, 35% dos beneficiários usaram o benefício para quitar dívidas, enquanto 25% gastaram em presentes, segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas.

Para 2025, a tendência é de maior cautela, com mais trabalhadores planejando poupar. Janeiro, marcado por despesas como IPTU e material escolar, exige reserva financeira. Famílias com crianças, por exemplo, enfrentam aumentos de até 10% nos preços de itens escolares, o que reforça a importância de planejar o uso do benefício.

Os prazos antecipados em 2025 facilitam o planejamento. A primeira parcela, paga em 28 de novembro, pode ser usada para adiantar compras ou quitar dívidas, enquanto a segunda, em 19 de dezembro, ajuda nas despesas de fim de ano.

Antecipação para aposentados e pensionistas

O décimo terceiro de aposentados e pensionistas do INSS tem impacto significativo. Em 2024, cerca de 30 milhões de beneficiários receberam o pagamento em duas parcelas, entre maio e junho, como parte de uma estratégia governamental para estimular a economia. Para 2025, o calendário oficial ainda não foi divulgado, mas a antecipação é provável, seguindo o padrão de anos anteriores.

Quando antecipado, o pagamento segue o número final do benefício, com datas escalonadas. Beneficiários com renda de até um salário mínimo recebem primeiro, seguidos por aqueles com valores maiores. Em 2024, a medida beneficiou especialmente cidades menores, onde os pagamentos do INSS impulsionam o comércio local, como farmácias e supermercados.

Fiscalização e multas para empresas

Cumprir os prazos do décimo terceiro é uma obrigação legal. Empresas que atrasarem os depósitos enfrentam multas de até R$ 170,25 por empregado, além de possíveis ações trabalhistas. Em 2024, o Ministério do Trabalho intensificou fiscalizações, autuando empresas em setores como construção civil e serviços.

Para evitar penalidades, muitas empresas reservam recursos ao longo do ano. Pequenos negócios, com menos margem financeira, enfrentam desafios, mas a antecipação das datas em 2025 pode facilitar a organização. Sindicatos também monitoram o cumprimento das regras, orientando trabalhadores e denunciando irregularidades.

Estratégias do comércio para o fim de ano

O comércio se prepara para aproveitar o décimo terceiro. Shoppings planejam campanhas promocionais para novembro e dezembro, com foco em produtos de alto giro, como eletrônicos e roupas. Em 2024, shoppings registraram um aumento de 7% nas vendas de Natal, e a expectativa para 2025 é de crescimento semelhante.

A Black Friday, que em 2025 cairá próximo ao pagamento da primeira parcela, deve impulsionar o e-commerce. Lojistas online já investem em estratégias de marketing, como descontos antecipados. Pequenos comércios, por sua vez, apostam em atendimento personalizado para atrair consumidores locais.

Setores como alimentação e bebidas também se beneficiam. Supermercados relatam maior procura por itens para ceias natalinas, enquanto restaurantes investem em cardápios especiais para atrair clientes em dezembro. A antecipação dos pagamentos pode acelerar essas tendências, com o dinheiro circulando mais cedo no mercado.

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