Plano projeta 2025 como marco da reindustrialização com foco em energia limpa, cadeias sustentáveis e inovação tecnológica
O governo federal deu início à execução das metas do programa Nova Indústria Brasil (NIB), que pretende injetar mais de R$ 300 bilhões nos próximos anos para recuperar a capacidade produtiva nacional e transformar o país em potência verde e tecnológica. O plano, lançado ainda em janeiro, entra em fase de implantação com aportes em setores estratégicos como mobilidade elétrica, biotecnologia, semicondutores e transição energética.
Reindustrialização com foco em sustentabilidade
A prioridade do NIB é resgatar o protagonismo industrial brasileiro com foco em cadeias sustentáveis. O programa reúne ações articuladas entre bancos públicos, agências de fomento, universidades e empresas privadas. A meta é clara: ampliar a participação da indústria no PIB e reduzir a dependência externa de tecnologias críticas.
Com o avanço das diretrizes do Plano Mais Produção e os primeiros editais de financiamento via BNDES e Finep já liberados, as empresas começam a ajustar seus investimentos. Montadoras como BYD, Volkswagen e Nissan anunciaram novas unidades industriais voltadas à produção de veículos elétricos, com linhas de montagem 100% robotizadas e integradas à indústria 4.0.
Indústria do Acre mira acesso à cadeia verde nacional
No Acre, empresários da cadeia madeireira, da bioeconomia e do setor alimentício se articulam para acessar recursos do programa. A Federação das Indústrias do Estado (FIEAC) já iniciou rodadas com o Sebrae e o Ministério do Desenvolvimento para viabilizar a participação local em editais voltados à inovação e transformação digital.
As cadeias de produtos florestais não madeireiros (PFNMs), cosméticos naturais, açaí e castanha são vistas como nichos com alto potencial para acesso ao Plano Nova Indústria, especialmente com viés exportador. Rio Branco, Brasileia e Cruzeiro do Sul estão entre os municípios com maior densidade industrial compatível com a proposta do NIB.
Meta é geração de empregos de qualidade e soberania tecnológica
O Nova Indústria Brasil pretende, até 2033, elevar a produtividade da indústria em 30%, reduzir as emissões industriais em 20% e gerar ao menos 5 milhões de novos empregos diretos e indiretos. A diretriz é transformar a reindustrialização em vetor de soberania tecnológica — com capacidade interna de produzir chips, fertilizantes, equipamentos de saúde e máquinas inteligentes.
A execução ocorre em parceria com o CNDI (Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial), que integra 20 ministérios e mais de 40 entidades do setor produtivo. Entre os eixos prioritários estão: bioeconomia, transição energética, defesa, saúde, agroindústria, bens de capital e infraestrutura crítica.
Aportes bilionários e expectativa do setor privado
Os aportes iniciais do BNDES somam R$ 66 bilhões em crédito orientado. A Finep e o FNDCT devem somar mais R$ 41 bilhões em inovação tecnológica. Empresas de médio porte já se movimentam para acessar linhas com juros subsidiados. O Banco da Amazônia, por sua vez, anunciou a criação de uma carteira específica voltada à bioindústria nos estados da região Norte.
A expectativa do setor produtivo é que, com a execução do NIB em ritmo acelerado, o Brasil recupere sua capacidade industrial com responsabilidade ambiental, inclusão regional e foco em inovação tecnológica.
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Eliton Lobato Muniz
Cidade AC News – Rio Branco – Acre
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