Quem cala, consente? O presidente da ALEAC, deputado Nicolau Júnior (PP), segue sem emitir posicionamento público sobre os rumos eleitorais de 2026, mesmo sendo peça-chave na engrenagem governista. Enquanto o Acre ferve politicamente, ele adota o silêncio como estratégia – ou covardia.
A postura do presidente da Assembleia Legislativa do Acre contrasta com o comportamento de outros líderes do PP e da base de Gladson Cameli. Enquanto deputados já se movimentam nos bastidores e nos palanques, Nicolau evita declarações, foge de entrevistas e limita-se ao regimento interno da Casa. A neutralidade, nesse caso, não é virtude: é omissão.
Comandando a ALEAC pela terceira vez, Nicolau conhece a força simbólica da cadeira que ocupa. Seu silêncio não é apatia, é cálculo. Ao não tomar posição, ele tenta se preservar politicamente para o que der e vier — seja uma possível candidatura ao Senado, uma indicação ao governo ou simplesmente um acordo de bastidor que garanta sobrevida política sem exposição.
O problema é que o silêncio de Nicolau ecoa como um ruído grave entre os aliados. Setores do próprio PP já demonstram incômodo com a falta de liderança pública e com o distanciamento do presidente em decisões estratégicas, como a defesa do governo na crise com o Ministério Público, ou mesmo no apoio a nomes majoritários da base.
“Quem não fala, permite que outros falem por ele”, já dizia um velho líder político. Nicolau, ao manter-se calado, deixa margens para suposições, inseguranças e perdas de espaço dentro da coalizão que ajudou a construir. E pior: transmite à sociedade acreana a imagem de um Parlamento sem voz, comandado por quem prefere a sombra da conveniência à luz da coragem.
Silêncio em política é escolha — mas também é risco. E às vezes, é traição à confiança pública.
✍️ Eliton Muniz – Caboco das Manchetes
📰 Free Lancer | do Cidade AC News
🌐 https://cartao.lton.com.br/elitonmuniz
📍 Rio Branco – Acre
🔗 https://www.instagram.com/cidadeacnews/






