Ministério Público Federal no Acre investiga falhas no certame de 2023 para professores do Instituto Federal do Acre; portaria foi publicada em 18 de agosto e abre prazo de um ano para apuração
O Ministério Público Federal no Acre (MPF/AC) decretou nesta segunda-feira (18 de agosto de 2025) a instauração de um inquérito civil para apurar possíveis falhas no concurso público para professores do Instituto Federal do Acre (IFAC), realizado em 2023. A iniciativa foi formalizada por meio da Portaria nº 15, assinada pela Procuradoria da República no Estado.
A investigação surgiu a partir de uma representação feita por um candidato, que alegou dificuldades para obter a cópia da gravação da aula na fase didática do certame.
O foco é verificar se o edital — Edital nº 02/2023 — foi cumprido à risca durante a seleção.
Como primeira medida prática, o MPF determinou o envio de ofício ao IFAC, que agora tem 10 dias para encaminhar cópia integral do procedimento administrativo vinculado ao concurso.
O prazo inicial do inquérito é de um ano, e pode gerar consequências administrativas ou judiciais, caso as irregularidades sejam confirmadas.
Visão crítica
Olha só: concurso público não é padaria. Transparência, equidade e clareza são obrigação, não diferencial. E aqui a bronca é justamente essa: o direito básico de um candidato — ter acesso à sua própria performance na fase prática — virou pedra no sapato.
Se a entidade pública não entrega o que é previsto em edital, é má gestão. Se omite, é possível prevaricação. E o MPF tá entrando na cola pra descobrir qual é a cara desse problema: falha técnica ou intenção?
O que acompanhar de perto
- IFAC responde ou joga campeã do silêncio? Em 10 dias, precisa entregar os autos.
- Quais nomes estão na cadeia investigativa? Da coordenação do concurso à banca avaliadora.
- Consequências práticas? Se confirmado vazamento, exclusão de candidatos ou nulidade de fase não são improváveis.
Conclusão
Não é só mais um inquérito. É o MPF dizendo que concursos públicos são sagrados, e descumprimento disso é coisa séria, que rende responsabilização. O IFAC precisa tomar nota: trapaça acadêmica ou burocrática custa caro — em reputação e confiança.
Por Eliton Lobato Muniz — Cidade AC News
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