Ayrton Carvalho, morador do 2º Distrito de Sena Madureira, enfrentou uma jornada angustiante em busca de atendimento médico adequado. Na última sexta-feira (21), ele sofreu uma crise renal e foi encaminhado ao hospital da cidade, onde recebeu o diagnóstico de que precisava de tratamento especializado em Rio Branco.
O primeiro obstáculo surgiu com a falta de transporte adequado. Segundo Ayrton, a ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) não foi disponibilizada durante a noite, forçando-o a custear a viagem por conta própria.
Ao chegar ao Pronto-Socorro da capital, por volta das 5h da manhã, a espera se tornou outro desafio. Mesmo com encaminhamento médico de urgência, o paciente não recebeu atendimento especializado até o meio-dia. Além da demora, Ayrton relata que não teve acesso imediato à medicação para aliviar as dores intensas.
Sem alternativa, ele decidiu buscar ajuda fora da rede pública. Desesperado, entrou em contato com o ex-prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim, que garantiu atendimento particular no Hospital do Rim.
O caso evidencia a precariedade no acesso à saúde pública para moradores do interior, que frequentemente enfrentam falta de transporte e demora no atendimento especializado. “Sou pagador de impostos e mereço atendimento digno”, desabafou Ayrton. Ele também agradeceu ao ex-prefeito e à deputada Meire Serafim pela assistência, lamentando o fechamento da Santa Casa.
A situação reforça um problema recorrente: a necessidade de soluções eficazes para garantir que pacientes em estado crítico não fiquem à mercê da própria sorte.